Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Avisos Aos Católicos Que Irão Votar.




Antagonismo entre Comunismo e Catolicismo

Eis o que se lê na História do Partido Comunista da URSS, publicação oficial dos soviets: “Para não se enganar em política, é preciso ser revolucionário e não reformista […]. É preciso seguir uma intransigente política proletária de classe, e não uma política reformista de harmonia de interesses do proletariado e da burguesia, não uma política conciliadora de INTEGRAÇÃO do capitalismo no socialismo” (apud “Itinéraires”, de Paris, nº 52, p. 99; cfr. D. Antônio de Castro Mayer, “Por um Cristianismo Autêntico”, p. 126; Editora Vera Cruz, São Paulo, 1971).

Não há apenas uma divergência ideológica entre Cristianismo e Comunismo. Há um antagonismo de morte. Proclamou-o Lenine: “O marxismo não é um materialismo que se limita ao ABC. O marxismo vai mais longe. Ele diz que é preciso saber lutar contra a religião […], que é preciso fazer desaparecer as raízes sociais da religião” (“De la Religion”, 1933, p. 15 – apud “Itinéraires”, de Paris, nº 52, p. 99; cfr. D. Antônio de Castro Mayer, “Por um Cristianismo Autêntico”, p. 150; Editora Vera Cruz, São Paulo, 1971).


A Igreja Católica condena o Comunismo

É o que estamos contemplando: pela primeira vez na história, assistimos a uma luta friamente desejada e cuidadosamente preparada pelo homem contra 'tudo que é divino' (2 Tes. 2, 4). O Comunismo é por essência anti-religioso e considera a religião como 'o ópio do povo', porque os princípios religiosos, que falam da vida de além-túmulo, impedem o operário de ter em mira a consecução do paraíso soviético, que é desta terra.

Ante tal ameaça a Igreja Católica não podia calar e não calou. Não calou, especialmente, esta Sé Apostólica, que sabe que sua especialíssima missão é a defesa da verdade e da justiça e de todos aqueles bens eternos que o Comunismo desconhece e combate. Já desde os tempos, nos quais círculos cultos pretenderam libertar a civilização humana dos vínculos da moral e da religião, Nossos Predecessores chamaram aberta e explicitamente a atenção do mundo sobre as consequências da descristianização da sociedade humana.

E quanto ao Comunismo, já desde 1846 Nosso Venerado Predecessor Pio IX, de santa memória, pronunciou sua solene condenação, confirmada logo no Syllabus, contra “aquela nefanda doutrina do assim chamado Comunismo, sumamente contrária ao mesmo direito natural, a qual, uma vez admitida, produziria a mais radical subversão dos direitos, das coisas, de todas as propriedades e da mesma sociedade humana” (Let. “Qui pluribus”, 9 de Nov. 1846 – Acta Pii IX, vol. I, p. 13. Cfr. Syllabus, paragr. IV, A.S.S., vol. III, p. 170). Mais tarde, outro Predecessor Nosso, de imortal memória, Leão XIII, na Encíclica “Quod Apostolici muneris”, o definia como “uma peste destruidora, a qual, atacando a medula da sociedade humana, haveria de conduzi-la à ruína” (Enc. “Quod Apostolici muneris”, 28 de Dez. De 1878. Acta Leonis XIII, vol. I, p. 46); e com clara visão indicava que os movimentos ateus das massas na época do technicismo se originavam naquela filosofia, que desde há vários séculos buscava separar a ciência e a vida, da fé e da Igreja” (S.S. Pio XI, Carta Encíclica “Divini Redemptoris”, de 19 de Março de 1937).

Decreto contra o Comunismo

O Decreto contra o Comunismo é uma designação popular de um documento da Igreja Católica, publicado pelo Santo Ofício no dia 1 de Julho de 1949, durante o pontificado do Papa Pio XII. Este documento confirmou a excomunhão automática ipso facto (ou latae sententiae) de todos os católicos que, em obstinação consciente, defendiam abertamente o comunismo e colaboravam com organizações comunistas e afins. Além deste célebre documento de 1949, outros decretos contra o comunismo também foram publicados pelo Santo Ofício entre as décadas de 1940 e 1950.

Contexto histórico


Em 1948, no contexto das eleições gerais italianas, comunistas e socialistas coligaram-se contra a Democracia Cristã liderada por Alcide De Gasperi. Para evitar uma vitória comunista, Pio XII se empenhara naquela eleição e com ele toda a Igreja Católica para garantir a vitória da Democracia Cristã, que de facto aconteceu, e evitar que sucedesse na nascente democracia italiana o que vinha ocorrendo então, na denominada Cortina de Ferro, onde os comunistas suprimiram as liberdades individuais e perseguiram fortemente a Igreja.

Esta postura severa da Santa Sé entrava em continuidade com uma longa tradição de documentos pontifícios que condenavam o comunismo, tais como o Divini Redemptoris (1937), que foi uma forte crítica ao comunismo e suas variantes cristãs.

Por isso, no período pós-guerra, o Santo Ofício (actual Congregação para a Doutrina da Fé) voltou a emitir vários decretos contra o comunismo sobre as seguintes categorias:

  • A defesa dos direitos da Igreja sobre a ordenação de bispos e atividades da Igreja e,
  • A condenação de participação em partidos comunistas e organizações comunistas.

Os Decretos


Em 15 de julho de 1948, L'Osservatore Romano publicou um decreto contra o comunismo do Santo Ofício, que excomungou os que propagam "os ensinamentos materialistas e anti-cristãos do comunismo", que foi amplamente interpretado como uma excomunhão do Partido Comunista da Itália (em italiano: Partito Communista D'Italia), que, no entanto, não foi mencionado no decreto.1

Em 1 de julho de 1949, o Santo Ofício publicou mais um decreto condenatório, aquele que passou a ser popularmente conhecido como o Decreto contra o comunismo. Neste documento, o Santo Ofício proibiu os católicos de favorecerem, votarem ou se filiarem em partidos comunistas; e de ler, publicar ou escrever qualquer material que defendesse o comunismo (citando o cânone 1399 do Código de Direito Canónico de 1917, actualmente revogado). Este decreto voltou também a confirmar a excomunhão automática ipso facto (ou latae sententiae) de todos os católicos que, em obstinação consciente, defendiam abertamente o comunismo, porque eram considerados apóstatas.2 3

O texto completo do decreto de 1949, escrito em latim, pode ser livremente traduzido da seguinte maneira:nota 1

Foi perguntado à Suprema Sagrada Congregação:

1. Se é permitido aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira?

2. Se é lícito publicar, divulgar ou ler livros, revistas, jornais ou tratados que sustentam a doutrina e a ação dos comunistas, ou escrever neles?

3. Se fiéis cristãos que consciente e livremente fizeram o que está em 1 e 2, podem ser admitidos aos sacramentos?

4. Se fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e sobretudo os que defendem ou propagam, incorrem pelo próprio facto, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica?

Os Eminentíssimos e Reverendíssimos Padres, responsáveis pela proteção da fé e da moral, tiveram o voto dos Consultores, na reunião plenária de 28 de junho de 1949, e responderam decretando:

Quanto a 1.: Não; o comunismo é de facto materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de facto, quer pela doutrina, quer pelas acções, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo.

Quanto a 2. Não, pois são proibidos pelo próprio direito (cf, CIC, cân. 1399);

Quanto a 3.: Não, segundo os princípios ordinários determinando a recusa dos sacramentos àquele que não tem a disposição requerida.

Quanto a 4.: Sim.

No dia 30 do mesmo mês e ano, o Papa Pio XII, na audiência habitual ao assessor do Santo Ofício, aprovou a decisão dos Padres e ordenou a sua promulgação no comentário oficial da Acta Apostolicae Sedis. De Roma, dia 1 de Julho de 1949.4

Nos anos seguintes, o Santo Ofício continuou a emitir condenações:

  • Excomunhão do padre Jan Dechet, que foi nomeado bispo pelo governo comunista checoslovaco, a 18 de fevereiro de 1950.5
  • Filiação a organizações da juventude comunista, a 28 de setembro de 19506
  • A usurpação de funções da Igreja pelo Estado, a 29 de junho de 19507
  • Ilegitimação de bispos ordenados pelo Estado, a 09 de abril de 19518
  • Publicações favorecendo o comunismo totalitário, a 28 de junho e 22 julho de 19559

Evolução, alterações e situação atual


Aos 4 de Abril de 1959, o Papa João XXIII autorizou a publicação do Dubium, um documento do Santo Ofício de 25 de Março, que confirmava o decreto contra o Comunismo de 1949. Neste documento de 1959, reafirmou-se que não era permitido aos católicos darem o seu voto a partidos ou candidatos que sejam comunistas ou aliados dos comunistas.10 O texto do Dubium, escrito em latim, pode ser livremente traduzido da seguinte maneira:nota 2 4

Foi perguntado à Suprema Sagrada Congregação se é permitido aos cidadãos católicos ao elegerem os representante do povo, darem o seu voto a partidos ou a candidatos que, mesmo se não proclamam princípios contrários à doutrina católica e até reivindicam o nome de cristãos, apesar disto se unem de facto aos comunistas e os apoiam por sua ação.

Dia 25 de Março de 1959

Os Eminentíssimos e Reverendíssimos Padres, responsáveis pela proteção da fé e da moral, responderam decretando:

Não, segundo a diretiva do decreto do S. Ofício de 1º de julho de 1949, n. 1 (A.A.S., vol. XLI, 1949, p. 334).

No dia 2 de abril do mesmo ano, o Papa João XXIII, na audiência ao Cardeal Pró-secretário do Santo Ofício, aprovou a decisão dos Padres e ordenou a sua publicação. De Roma, dia 4 de Abril de 1959.

Segundo fontes tradicionalistas, o decreto de 1949 teria sido confirmado mais uma vez pelo Papa João XXIII no dia 3 de janeiro de 1962, quando foi anunciado que Fidel Castro fora excomungado por liderar a revolução comunista em Cuba. A excomunhão de Fidel Castro, no entanto, ainda é motivo de controvérsias, havendo quem afirme (o que seria corroborado por relatos do secretário particular de João XXIII, o bispo Loris Capovilla) que ela de fato nunca existiu.3 11

Em 1966, o Papa Paulo VI aboliu o Index Librorum Prohibitorum, bem como os cânones 1399 e 2318 do Código de Direito Canónico de 1917, que respectivamente proibia ipso iure certos livros e impunha penas aos infratores das leis de censura e de proibição de livros. Com isto, o ponto 2 do decreto de 1949 deixou de ter efeito. Mas, apesar da abrogação do cânon 1399 e da absolvição das penas impostas pelo cânon 2318 (também abrogado), o Santo Ofício relembrou o valor da eterna lei moral que proíbe absolutamente os católicos de pôr em perigo a fé e a moral.12

Por fim, em 1983, o Código de Direito Canónico de 1917, no qual se baseou os decretos contra o comunismo, foi abrogado pelo novo Código de Direito Canónico, publicado pelo Papa João Paulo II em 1983. No cânon 6 do novo Código, está explicitado que, "com a entrada em vigor deste Código, são ab-rogados: o Código de Direito Canónico promulgado no ano de 1917; as outras leis, quer universais quer particulares, contrárias às prescrições deste Código, a não ser que acerca das particulares se determine outra coisa; quaisquer leis penais, quer universais quer particulares, dimanadas da Sé Apostólica, a não ser que sejam recebidas neste Código; as outras leis disciplinares universais respeitantes a matéria integralmente ordenada neste Código. Os cânones deste Código, na medida em que reproduzem o direito antigo, devem entender-se tendo em consideração também a tradição canónica."13 Por isso, os decretos contra o comunismo, e as suas penas eclesiásticas, foram anulados com o novo Código de Direito Canónico.11

O novo Código reserva apenas aos apóstatas da fé, aos hereges e aos cismáticos a pena da excomunhão latae sententiae (cânon 1364).14 Além disso, o Catecismo da Igreja Católica  (1992) afirma que a Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e ateias, associadas, nos tempos modernos, ao «comunismo» ou ao «socialismo». Por outro lado, recusou, na prática do «capitalismo», o individualismo e o primado absoluto da lei do mercado sobre o trabalho humano.15

Padre Paulo Ricardo afirma que "os chamados “decretos” contra o Comunismo ainda estão em pleno vigor e que não basta não votar em partidos que apoiam o comunismo, não se deve votar também em partidos que estejam aliados a eles"16

 

Notas



  1. O texto oficial em latim é o seguinte: 
     
    Quaesitum est ab hac Suprema Sacra Congregatione:

    1. Utrum licitum sit, partibus communistarum nomen dare vel eisdem favorem praestare;

    2. Utrum licitum sit edere, propagare vel legere libros, periodica, diaria vel folia, qual doctrine vel actioni communistarum patrocinantur, vel in eis scribere;

    3. Utrum Christifideles, qui actus, de quibus in n.1 et 2, scienter et libere posuerint, ad sacramenta admitti possint;

    4. Utrum Christifideles, Qui communistarum doctrinam materialisticam et anti Christianam profitentur, et in primis, Qui eam defendunt vel propagant, ipso facto, tamquan apostatae a fide catholica, incurrant in excommunicationem speciali modo Sedi Apostolicae reservatam.

    Emi ac Revmi Patres, rebus fidei ac morum tutandis praepositi, praehabito RR. DD. Consultorum voto, in consessu plenario feriae III (loco IV), diei 28 Iunii 1949, respondendum decreverunt:

    Ad 1. Negative: Communismus enim est materialisticus et antichristianus; duces autem communistarum autem duces, etsi verbis quandoque profitentur se religionem non oppugnare, re tamen, sive doctrina sive actione, Deo veraeque religioni et Ecclesia Christi sere infensos esse ostendunt;

    Ad 2. Negative: Prohibentur enim ipso iure (cf, CIC, can. 1399);

    Ad 3. Negative, secundum ordinaria principia de sacramentis denegandis iis, qui non sunt dispositi;

    Ad 4. Affirmative.

    Et sequenti feria V, die 30 eiusdem mensis et anni, Ssmus D. N. Pius divina Providentia Papa XII, in solit a audientia Excnio ac Revmo Dno Adsessori S. Officii impertita, relatam Sibi Emorum Patrum resolutionem adprobavit et in Actorum Apostolicae Sedis Commentario Officiali promulgari iussit. Datum Romae, die 1 Iulii 1949.2

  2. O texto oficial em latim é o seguinte:

    Quaesitum est ab hac Suprema Sacra Congregatione utrum catholicis civibus in eligendis populi oratoribus liceat suffragium dare iis partibus vel candidatis qui, etsi principia catholicae doctrinae opposita non pro fiteantur, imno etiam christianum nomen sibi assumant, re tamen communistis sociantur et sua agendi ratione iisdem favent.

    Feria IV, die 25 Martii 1959

    Emi ac Revmi DD. Cardinales, rebus fidei ac morum tutandis praepositi, respondendum decreverunt:

    Negative, ad normam Decreti S. Officii, diei 1 Iulii 1949, n. 1 (A.A.S., vol. XLI, 1949, p. 334).

    Feria autem V, die 2 Aprilis eiusdem anni, SSmus D. N. D. Ioannes divina Providentia Papa XXIII, in Audientia Emo ac Revimo Dno Cardinali Pro-Secretario S. Officii concessa, relatam Sibi Emorum Patrum resolutionem adprobavit atque publicari iussit. Datum Roma, ex Aedibus S. Officii, die 4 Aprilis 1959.10

Referências


  1. L’Osservatore Romano, 15 de Julho 1948.
  2. Decretum, 1 de Julho de 1949, in Acta Apostolicae Sedis (AAS) 1949, p. 334 (em latim).
  3. Decretum Contra Communismum (em inglês e latim). Associação Cultural Montfort. Página visitada em 27 de Abril de 2013.
  4. Decreto Contra o Comunismo e sua confirmação, 3 de Janeiro de 2013, in missagregoriana.com.br. Nota: a tradução livre foi baseada na versão disponível no site referido.
  5. AAS 1950, p. 195
  6. AAS 1950, p. 533
  7. AAS 1950, p. 601
  8. AAS 1951, p. 217
  9. AAS 1955, p. 455 e 558
  10. Dubium, 4 de Abril de 1959, in Acta Apostolicae Sedis (AAS) 1959, p. 271-272 (em latim).
  11. Unisinos (2 de Abril de 2012). A excomunhão de Fidel? Nunca existiu (em português). Unisinos. Página visitada em 11 de dezembro de 2012.
  12. Decretum de interpretatione «Notificatio» die 14 iunii 1966 circa «Indicem» librorum prohibitorum, 15 de Novembro de 1966, in Acta Apostolicae Sedis (AAS) 1966, p. 1186. Versão espanhola aqui.
  13. Código de Direito Canónico (1983), cânon 1364. Versão portuguesa em pdf aqui.


Comentários

Deste modo todos os católicos que votarem (é uma espécie de prestar favor) ou se filiarem em partidos comunistas, escreverem livros filo-comunistas, ou revistas estão excluídos dos sacramentos.

Os que defenderem, propagarem ou declararem o materialismo dos comunistas também estão excomungados automaticamente.

Esse decreto do Santo Ofício de Pio XII, que foi confirmado por João XXIII em 1959, continua válido. Aliás, Pio XII trabalhou pessoalmente contra o comunismo na Itália.

Tal condenação do comunismo se soma às condenações feitas por Pio IX, Leão XIII, São Pio X, Pio XI, Pio XII (ele também condenou em outras oportunidades), João XXIII, Paulo VI, Concílio Vaticano II (reiterou as condenações precedentes) e João Paulo II.

Faz mais de cem anos que a Igreja Católica condena o comunismo, socialismo e qualquer tipo de materialismo e igualdade material. A pena para os que desobedecem a proibição de ajudar o comunismo (ou suas variantes) sob qualquer aspecto (incluindo a votação nos partidos filo-comunistas) é a excomunhão automática.


Da Obrigação de Votar

O sufrágio popular é um dever de cada cidadão para o bem da comunidade. Há, portanto, obrigação de concorrer às eleições, políticas ou administrativas, dando o próprio voto aos candidatos ou listas de candidatos em que se possa mais confiar, para confecção de leis concordes com os direitos de Deus e da Igreja.

Tanto mais grave esta obrigação quanto mais se temer que, se faltar o número suficiente de bons deputados, prevaleça a parte adversária, com graves consequências para a legislação e para o bem público.

Pecam gravemente, portanto, aqueles que se abstêm de votar, quando desta abstenção pode obter maioria uma chapa adversária, ou um candidato hostil à religião.

Pecam, portanto, os que negam o voto a candidatos que se apresentam com um bom programa, para dá-lo a outros que militam em partidos de programa hostil à religião e subversivo para a ordem social (cfr. Declaração da S. C. Concist., Agosto, 1945).

Os Sacerdotes, especialmente se tem cura de almas, estão obrigados a avisarem os fiéis e instruí-los acerca das Normas acima” (Rev. Pe. Fr. Teodoro da Torre Del Greco, O.F.M. Cap., “Teologia Moral”, II Parte, Tratado IV, Cap. II, 2d, n. 196, pp. 224-225; Edições Paulinas, São Paulo, 1959).


Socialismo religioso, socialismo cristão, são termos contraditórios:
ninguém pode ao mesmo tempo ser bom católico e socialista verdadeiro” (Pio XI)



Frases e Pensamentos de Comunistas

Preâmbulo:

As frases abaixo, em sua grande maioria, vão do simples embuste ao mais exacerbado fanatismo, mas têm em comum uma coisa: para os comunistas, o fim proposto sempre justifica os meios empregados. Por isso, não se coram ao justificar o assassinato e o terrorismo. O pior de tudo é que o Comunismo é, ainda hoje, enaltecido nesta Terra dos Papagaios por gente como Oscar Niemayer, uma sumidade em obras de arquitetura, porém um anão no quesito moralidade, por defender uma ideologia criminosa que deixou um saldo de mais de 100 milhões de mortos (Félix Maier).

“Não haverá César, nem burguês, nem Deus” (chavão comunista).

“Armai-vos uns aos outros” (Pregação “religiosa” da Teologia da Libertação – O Evangelho Segundo Marx).

"O homem faz a religião, a religião não faz o homem. A religião é o suspiro da criatura atormentada, o sentimento de um mundo sem coração, como o é o espírito de estados fora do tempo. Ela é o ópio do povo" (Karl Marx, em "O Manifesto Comunista").

“Bakunin censura os americanos por fazerem uma guerra de conquista que é um duro golpe na teoria fundada na justiça e na humanidade, mas que é conduzida no interesse da humanidade. É uma infelicidade se a rica Califórnia foi arrancada dos mexicanos preguiçosos que não sabiam o que fazer dela?” (Karl Marx, in “Nova Gazeta Romana”, 1849 – Cit. em “Sobre a Moralidade de Karl Marx”, de Ipojuca Pontes, in “Politicamente Corretíssimos”, pg. 21).

"A fome não só destruiu a fé no Czar, como também a fé em Deus" (Palavras brutais e cínicas proferidas por Vladimir Ilitch Oulianov, vulgo Lenin.).

“Por princípio, nunca rejeitamos o terror” (Lenin).

"É preciso combater a religião, eis o A B C do comunismo" (Lenin).

"Detrás de cada imagem de Cristo só se vê o gesto brutal do capital" (Lenin).

"Deus é uma mentira" (Lenin).

"O homem que se ocupa em louvar a Deus se suja na sua própria saliva" (Lenin).

"A tarefa da revolução vitoriosa consiste em fazer o máximo num país para desenvolver, sustentar e fomentar a revolução nos outros países" (Lenin).

"Estamos resolvidos a tudo o que é possível: astúcias, artifícios, métodos ilegais, calar, dissimular etc." (Lenin).

“Digam-lhes o que eles querem ouvir” (Lenin).

"A Ditadura do Proletariado é a dominação não restringida pela lei e baseada na força" (Lenin, "O Estado e a Revolução").

"Deus é o inimigo pessoal da sociedade comunista" (Lenin, carta a Gorki).

“Os comunistas deveriam lembrar-se de que falar a verdade é preconceito pequeno-burguês. Uma mentira, por outro lado, é muitas vezes justificada pelo fim” (Lenin).

“A juventude é livre do peso do passado e assimila melhor do que ninguém os preceitos leninistas” (Stalin).

"A revolução vitoriosa num país tem por tarefa desenvolver e sustentar a revolução nos outros países" (Stalin).

"Nós odiamos o cristianismo e os cristãos" (Lunatcharsky).

“Ele não foi ainda preso – isto é muito suspeito” (frase que corria na URSS, no auge das perseguições de Stalin).

“As obras de Lenin e seus ideais socialistas permanecem como fonte inesgotável de pensamento dialético criativo” (Mikhail Gorbachev in “Perestroika”; Gorbachev não pretendia acabar com o Comunismo, apenas corrigir alguns rumos).

"Os ensinamentos de Cristo são altamente revolucionários e coincidem totalmente com o objetivo de um socialista, de um marxista-leninista" (Fidel Castro).

"Há dois documentos da Igreja que prezo muito e coloco no mesmo patamar do Manifesto Comunista: Os Dez Mandamentos e O Sermão da Montanha" (José Genoíno, ex-guerrilheiro do PC do B na Guerrilha do Araguaia, então Deputado Federal pelo PT).

"A sentença de morte de um tribunal revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pôde ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O Tenente Mendes foi condenado e morreu a coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado" (Carlos Lamarca, em "Comunicado ao Povo Brasileiro", da VPR, justificando a tortura e morte, no dia 10 de maio de 1970, do Tenente da PM/SP, Alberto Mendes Júnior, que teve que engolir os próprios testículos antes de morrer.).

Obs.: Antes de morrer, o Tenente Mendes teve suas genitálias extirpadas e foi obrigado a engoli-las – segundo afirmação do Deputado Jair Bolsonaro, em discurso na Câmara dos Deputados, em setembro de 2004 (F.M.).

"Os ‘tiras’ e policiais militares que têm sido mortos em choques sangrentos com os guerrilheiros urbanos, tudo isto atesta que estamos em plena guerra revolucionária e que a guerra só pode ser feita através de meios violentos" (Trecho do “Minimanual do Guerrilheiro Urbano”, de Carlos Marighela, livro de cabeceira de terroristas brasileiros e dos grupos terroristas Baader-Meinhof, da Alemanha, e Brigadas Vermelhas, da Itália.).

“A luta pela terra passou do plano da conquista econômica para a luta política contra o Estado e não simplesmente contra o latifúndio” (Cartilha do MST – Cit. pela revista Veja, 10/05/2000, pg. 46).

"O PT, como partido que almeja o socialismo, é por natureza um partido contrário à ordem burguesa, sustentáculo do capitalismo. (...) rejeita a imensa maioria das leis que constituem a institucionalidade que emana da ordem burguesa capitalista, ordem que o partido justamente procura destruir" (Circular do Diretório Nacional do PT, justificando sua posição frente à Constituição de 1988).

Obs.: Embora o PT, com Lula, tenha publicado uma “Carta ao Povo Brasileiro”, para atingir o poder, dizendo que cumpriria todos os contratos firmados pelos governos anteriores, nunca o PT veio a público para afirmar que desistiu de sua origem stalinista, ou seja, “destruir a ordem burguesa” (F.M.).

Tarso Genro reconheceu que o “Orçamento Participativo” foi concebido para operar uma “transferência de poder para a classe trabalhadora organizada” e substituir gradativamente “a representação política tradicional, vinda das urnas, pela democracia direta”, acrescentando que esse mecanismo político havia sido constituído sobre “princípios gerais, originários da Comuna de Paris e dos sovietes” (in “Totalitarismo Tardio – o caso do PT”, de José Giusti Tavares e outros; pelo conteúdo do livro, Tavares foi processado pelo PT do Rio Grande do Sul).

“Já não espero participar da colheita, mas quero morrer desta semente capaz de virar o Brasil pelo avesso” (Frei Beto, in “Correio de Cidadania”, I FSM, Porto Alegre, Jan 2001).

“O Fórum Social Mundial é o maior evento político realizado na História contemporânea. E eu não tenho dúvida nenhuma de que ele vai contribuir, de forma decisiva, para que a gente mude a História da Humanidade" (Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso proferido no III Fórum Social Mundial, Porto Alegre, janeiro de 2003).

“O poder não me interessa. Depois da vitória, quero regressar à minha cidade e retomar minha profissão de advogado” (Fidel Castro, em entrevista ao jornalista Herbert Matthews, do NYT, 1957).

“Jamais poderemos nos tornar ditadores. (...) Eu sou um homem que sabe quando é preciso ir embora” (Fidel Castro, em 8 Jan 1959, no 1º discurso após sua entrada triunfal em Havana – Cit. in “A Ilha do doutor Castro, pg. 21).

“Cá entre nós, Cuba é muito pequena para mim. Por isso, mesmo se de fato sou um comandante como chefe da revolução, nem sempre quis aceitar a responsabilidade pelo governo. Minha aspiração suprema é sentar-me a uma mesa para governar o mundo inteiro junto com o norte-americano, o russo e o chinês. Eu, como representante do bloco das nações latino-americanas” (confidência de Fidel Castro ao padre jesuíta Alberto de Castro y Rojas – Cit. in “A Ilha do doutor Castro”, pg. 26).

Obs.: Morrendo Castro, Lula “Rainha de Sabá” da Silva terá as credenciais para substituí-lo como “Imperador do Terceiro Mundo”, fornecidas por José “Daniel” Dirceu, membro do Molipo, grupo terrorista criado pelo serviço secreto de Cuba. Ou haveria Hugo Chávez, com sua “Revolução Bolivariana”, de reivindicar o disputado trono? (F.M.).

"No momento oportuno nós nos atracaremos com o senhor Deus. E o aniquilaremos, lá nos seus altos céus" (Grigori Zinoviev).

“Não tememos bloqueio econômico. A União Soviética nos comprará aquilo que quisermos vender-lhe e nos venderá aquilo que necessitamos” (Raul Castro, irmão de Fidel – Jornal do Brasil, julho de 1960).

Obs.: Por que, então, Fidel Castro reclama do “embargo” americano, que ele chama mentirosamente de “bloqueio”? (F.M.)

“Mi hijo, la guerilla es secular. Además, es un medio de vida” (Manoel Marulanda, o “Tirofijo”, morto em 2004, em resposta a Ipojuca Pontes, em 28/10/1968, durante filmagem de documentário sobre guerrilhas na Colômbia. Cit. in “Filme & ‘Tirofijo’ ”, de Politicamente Corretíssimos, pg. 166).

Segundo o historiador oficial russo A. Gambarov, Netechaiev foi o precursor do bolchevismo: “Tudo que Netchaiev pressentia foi perfeitamente realizado pelo Partido Comunista durante a sua história. Basta analisar com atenção o que Netchaiev escreveu para reconhecer que o fundamento do seu programa encontra o seu mais puro acabamento no bolchevismo russo” (Cit. por Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 56).

“Um regime revolucionário tem de se desembaraçar de um certo número de indivíduos que o ameaçam, e não vejo outro meio de fazer isso senão a morte. Da prisão, sempre se pode sair. Os revolucionários de 1793 provavelmente não mataram o bastante” (Jean-Paul Sartre, considerado por Jean-François Revel o terrorista intelectual por excelência.).

“Não se trata de invenção maoísta, novidade: na URSS haviam levantado estátua a um menino que assim agia – espionara os pais e os denunciara, levara-os ao patíbulo, herói stalinista” (Jorge Amado, in “Navegação de Cabotagem”, pg. 408).

"Achava-o oportunista, instável, politicamente desonesto... Aparecia bêbado em público, deixava-se manobrar por cupinchas corruptos... e tinha uma grande tendência gaúcha para putas e farras" (Márcio Moreira Alves, a respeito de Jango, em seu livro "O Despertar da Revolução Brasileira").

"No Brasil a revolução tem de conquistar a imaginação camponesa para tornar o campo a base segura das suas forças. Só no campesinato poderemos buscar os recursos humanos indispensáveis à vitória. Só nas suas terras poderão formar-se os exércitos revolucionários, ainda que a liderança revolucionária venha do operariado urbano e as suas bases teóricas sejam formuladas por intelectuais” (Márcio Moreira Alves, op. cit.).

“Conseguimos aquilo que a guerrilha não conseguiu: o apoio da população carente. Vou aos morros e vejo crianças com disposição, fumando e vendendo baseado. Futuramente, elas serão três milhões de adolescentes que matarão vocês – a polícia – nas esquinas. Já pensou o que serão três milhões de adolescentes e dez milhões de desempregados em armas?” (William Lima da Silva, prisioneiro político do Presídio da Ilha Grande no Rio de Janeiro, alcunhado como "O Professor" e homenageado como o fundador e patrono do Comando Vermelho. Cfr. “Comando Vermelho – A História Secreta do Crime Organizado”, de autoria de Carlos Amorim, pág. 255).

"Não seríamos verdadeiros comunistas se não soubéssemos modificar inteiramente nossa tática de conformidade com o momento. Todos os recuos, todos os zig-zags da nossa tática têm um único fim: a revolução mundial" (Dimitrof).

"As necessidades táticas da luta nos fazem aparecer hoje como simpatizantes da religião" (Lafferte, comunista chileno, no congresso comunista mexicano, em 1944).

"Agora, mais do que nunca, devemos seguir uma tática de luta que engane os inimigos de nossa ideologia. (Lafferte, na mesma ocasião).

"A guerra revolucionária psicológica comunista tem como objetivo alcançar, no interior das almas, por etapas e invisivelmente, a vitória que certas circunstancias lhe estavam impedindo conquistar de modo drástico e visível, segundo os métodos clássicos" (Declaração do então Secretário do Partido Comunista Brasileiro, Giocondo Dias, à revista IstoÉ de 31/03/82).

"A imprensa é uma arma; por que haveria eu de dar uma arma a meu inimigo?" (Trotsky).

"A propriedade é um roubo" (Proudhon).

"A mulher que ama seus filhos não passa de uma cadela" (Kollontai, embaixatriz soviética da Romênia).

"Quem lhe disse que a Itália deve sobreviver? Restarão três milhões de chineses, e isso será bastante para a raça humana continuar" (Mao Tsé-Tung, que acreditava que uma guerra nuclear ajudaria a provocar a derrota do capitalismo, em conversa com o líder italiano Palmiro Togliatti).

“Comunicamos que asumimos la autoría de la operación de infiltración con explosivos en el interior de Consulado de Brasil, ejecutada hoy martes 23 de marzo” (Comunicado do MIR, grupo terrorista do Chile, assumindo a autoria dos atentados no Consulado brasileiro em Santiago, no dia 23/03/2004. Motivo: o Brasil condenou a 30 anos de prisão Maurício Hernández Norambuena, 2º homem da Frente Patriótica Manuel Rodriguez, um dos sequestradores do publicitário Washington Olivetto.)

Obs.: Atentar para a “novilíngua” do grupo, a “língua de pau”, que chama o ato terrorista de “operação de infiltração com explosivos...” (F.M.)

Frases e Pensamentos de Anticomunistas

Preâmbulo:

"Deve-se combater o comunismo não em nome do liberalismo, da social-democracia ou de qualquer outro regime, mas em nome da dignidade humana" (Jean-François Revel).

"O comunismo é intrinsecamente perverso" (Papa Pio XI, Encíclica Divini Redemptoris).

“Pais positivistas, filhos marxistas, netos terroristas” (Axioma popular, citado por José Arthur Rios, sociólogo, in “Raízes do Marxismo Universitário”, conferência pronunciada no Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, 02 Mai 2000.).

“O Comunismo não é a fraternidade: é a invasão do ódio entre as classes. Não é a reconciliação dos homens: é a sua exterminação mútua. Não arvora a bandeira do Evangelho: bane Deus das almas e das reivindicações populares. Não dá tréguas à ordem. Não conhece a liberdade cristã. Dissolveria a sociedade. Extinguiria a religião. Desumanaria a humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do Criador” (Rui Barbosa).

"Deve-se combater o comunismo não em nome do liberalismo, da social-democracia ou de qualquer outro regime, mas em nome da dignidade humana" (Jean-François Revel, filósofo e escritor, membro da Académie Française, autor de “A obsessão antiamericana”. Falecido em 2001, logo após ter publicado "La Grande Parade - Essai sur la Survie de l Utopie Socialiste").

"A teologia da libertação é um credo satânico" (David Horowitz).

"Aprendi que um jovem cristão deixa de ser jovem, e há muito não é cristão, quando se deixa seduzir por doutrinas ou ideologias que pregam o ódio e a violência... Aprendi que um jovem começa perigosamente a envelhecer, quando se deixa enganar pelo princípio fácil e cômodo de que o fim justifica os meios , quando passa a acreditar que a única esperança para melhorar a sociedade está em promover a luta e o ódio entre grupos sociais, na utopia de uma sociedade sem classes, que se revela bem cedo na criação de novas classes" (Papa João Paulo II, em 1980).

"O marxismo é o ópio dos intelectuais" (Raymond Aron).

"O socialismo não funciona, exceto no céu, onde não é necessário, e no inferno, onde sempre existiu" (Stephen Leacock).

"O socialismo é a guerra civil total e permanente" (Olavo de Carvalho).

“O requinte soviético foi que os candidatos a empalamento não foram escolhidos entre empaladores em potencial, mas entre padres e monges, para escandalizar os fiéis e fazê-los perder a confiança na religião, segundo a meta leninista de extirpar o cristianismo da face da terra” (Olavo de Carvalho).

"Os marxistas inteligentes são patifes. Os marxistas honestos são burros. E os inteligentes e honestos nunca são marxistas" (José Osvaldo de Meira Penna).

“Socialism is dead, but Leviathan lives on” (O socialismo está morto, mas o seu espírito continua vivo.) (James Buchanan).

“Cerca de 8 milhões de cubanos são membros do comitê de defesa da revolução de seu quarteirão, dirigido por um ‘presidente, um responsável pela vigilância e um responsável ideológico’. Além de seu papel de vigilância ‘dos inimigos da revolução e dos anti-sociais’, os cerca de 120 mil comitês que controlam o país ‘constituem uma grande força de impulsão para mobilizar o bairro por ocasião das reuniões e desfiles para defesa da revolução’, afirmam os textos oficiais” (CUMERLATO, Corinne; ROUSSEAU, Denis; in “A Ilha do doutor Castro – a transição confiscada”, pg. 55).

“Cada nova classe que ocupa o lugar da antiga classe dominante é coagida, para levar a cabo o seu fim, a apresentar seu interesse como o interesse comum de toda a sociedade; o conceito de ideologia de Marx implica um espaço público desenvolvido, que torna necessário camuflar o interesse próprio como público” (Romberg).

“Do ponto de vista uspiano, um economista marxista é mais filósofo que qualquer filósofo liberal” (Olavo de Carvalho, in “O Jardim das Aflições”, pg. 37).

“Mais que o século das ideologias, mais que o século da física atômica, mais que o século da informática, este foi o século da escravização mental” (Olavo de Carvalho, op. cit., pg. 69).

Lavagem cerebral: Popular durante os “Processos de Moscou”, na década de 1930, “quando comunistas fiéis apareceram confessando os crimes mais inverossímeis que teriam praticado contra o regime (...) Logo ficou claro para todo mundo que a lavagem cerebral era uma aplicação das teorias do neurofisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936), descobridor dos reflexos condicionados produzidos pelo jogo estímulo-resposta” (Olavo de Carvalho, in “O Jardim das Aflições”, pg. 82-3).

“A capacidade das esquerdas mundiais para justificar em nome de uma utopia humanitária as piores atrocidades do regime comunista – e, exterminado o comunismo na URSS, para continuar a pregar com a maior inocência os ideais socialistas como se não houvesse nenhuma relação intrínseca entre eles e o que aconteceu no inferno soviético – é uma herança mórbida que, através de Marx, veio do epicurismo” (Olavo de Carvalho, op. cit., pg. 108).

“Só a burguesia troca o mundo real por uma projeção subjetiva; o proletariado vê a realidade” (Olavo de Carvalho, op. cit., pg. 124).

“Se quem dá coices são os cavalos e não a cavalidade, do mesmo modo quem age é o homem concreto, não a sociedade” (Olavo de Carvalho, op. cit., pg. 174).

“A 27 de novembro de 1935, morando em Copacabana, fui despertado às 4 da madrugada pelo telefone. Minha Mãe, minha irmã e dois primos que eram irmãos adotivos, estavam numa casa na esquina da rua Ramon Franco na Urca, que recebeu balaços do tiroteio no quartel do 3º regimento. Ficaram horas deitados no chão para não serem atingidos pelos tiros. Só à tarde, consegui chegar até lá. Vi a destruição e ainda assisti à retirada de alguns feridos. O edifício antigo de uma exposição internacional onde estava localizado o regimento ainda ardia em chamas. Não só devemos lembrar o morticínio mas os cem milhões de mortos ou mais que o comunismo provocou século passado, sem esquecer que os 50 milhões mortos na IIª Guerra resultaram do acordo Molotov-Ribbentrop de agosto de 1939 que juntou os dois grandes totalitários na tentativa de destruir o Ocidente democrático. Não esqueçamos tampouco os milhões que morreram de 1945 a 1989, na Guerra dita Fria - Coréia, Vietnam, Cambódia, Hungria, Tchecoslováquia, Angola, Chile etc. Usemos contra esses bandidos exatamente o mesmo slogan que eles usaram na Guerra Civil espanhola, ‘no pasarán!’. Lembrai-vos de 35!” (Embaixador J. O. de Meira Penna, em 27/11/2003, por e-mail).

“O comunismo não é um problema criado por circunstâncias do desenvolvimento econômico. É problema moral, de educação e de cultura, revelando o seu aparecimento justamente graves falhas na educação e na cultura espiritual de um povo” (J. O. de Meira Penna, in "Política Externa – Segurança e Desenvolvimento”, pg. 42).

“As várias concepções trifásicas das escolas positivistas, dialéticas e historicistas, as doutrinas como as de Comte, de Hegel ou de Marx, que preconizam uma espécie de ditadura científica e a transformação da política numa técnica, os mitos do Terceiro Reich, da Terceira Roma ou da Terceira Internacional, as ideologias imperialistas exacerbadas de nossa época, tudo isso representa fruto amargo da visão binocular” (Meira Penna, op. cit., pg. 58).

“O novo totalitarismo adaptou-se perfeitamente às estruturas tribais e pagãs do mundo afro-asiático onde a coletividade é tudo, o indivíduo nada” (Meira Penna, op. cit., pg. 84).

“O símbolo da sociedade oriental é o isolamento, a auto-suficiência e o exclusivismo implícitos na idéia da Muralha da China, da Cortina de Ferro e do Muro da Vergonha” (Meira Penna, op. cit., pg. 86).

Obs.: Poder-se-ia incluir, ainda, o Islã e sua “exclusiva” Kaaba em Meca, onde os não-muçulmanos são proibidos de entrar (F.M.).

Os nacionalistas e os marxistas incutem na população “a crença em que tanto nas relações econômicas internas quanto nas internacionais, o enriquecimento de uma pessoa, ou empresa, ou nação, tem que implicar o empobrecimento dos outros. Esse equívoco é anti-racional, anti-econômico e anti-histórico” (Embaixador Lincoln Gordon, cit. in “Política Externa”, de Meira Penna, pg. 106).

O marxismo, segundo o Ministro Mário Vieira de Mello em seu livro “Desenvolvimento e Cultura”, “descarta e reduz cinco mil anos de existência histórica, numa ruptura completa com o passado e numa negação absoluta de todos os valores culturais tradicionais. A adoção do marxismo pela ‘intelligentzia’ brasileira – procurando resolver de maneira radical o problema da Persona no niilismo e na auto-destruição – constitui assim uma negação de toda cultura e, na realidade, uma negação da própria inteligência” (Meira Penna, op. cit., pg. 173).

“Íncubo ideológico” é uma expressão cunhada pelo embaixador Meira Penna: “A disseminação de opiniões supersticiosas, falsas e absurdas entre as multidões pode determinar uma epidemia intelectual que é suscetível de afetar mesmo as mais cultas nações da terra, como foi o caso da Alemanha nazista. (...) A comunidade inteira é como que possuída pelo demônio da mentira – a que podemos dar o nome de íncubo ideológico – de maneira que, sob a ação dos rumores, boatos e propaganda, as idéias mais extravagantes e quiméricas e as deduções mais irrelevantes são tomadas como verdades divinas, aceitas com entusiamo fantástico... É o que sempre acontece nos períodos revolucionários, durante as guerras e nos distúrbios sociais que conduzem aos regimes ditatoriais” (Meira Penna, in “Política Externa”, pg. 159).

“Foi o íncubo que vulgarizou a noção de que marxismo quer dizer atualização com o que há de mais adiantado, mais profundo, mais progressista no pensamento filosófico contemporâneo. Tomou, contudo, o cuidado de misturar as idéias obsoletas de Marx – que ninguém mais lê, aliás – com as divagações metafísicas impenetráveis de Martin Heidegger e o preciosismo niilista, próprio para discussões nas calçadas do Quartier Latin, entre Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir” (Meira Penna, op. cit., pg. 190).

Obs.: O íncubo era uma espécie de demônio que, na Idade Média, se supunha tomar o corpo de um homem a fim de ter relações sexuais com uma mulher adormecida. A crença nos íncubos (e também nos súcubos) perdurou até a idade moderna (F.M.).

"O socialismo tem melhores intenções, mas o capitalismo tem muito melhores resultados" (Roberto Campos).

"Aquele que, jovem, não tem simpatias pelo socialismo, é um canalha. Se, amadurecido, mantém as mesmas preferências, é um idiota" (Roberto Campos).

“Causa-me infinda perplexidade, na mídia internacional e em nosso discurso político local, a ‘angelização’ de Fidel e Guevara e a ‘satanização’ de Pinochet. Isso só pode resultar de ignorância factual ou de safadeza ideológica” (Roberto Campos, in “O livro negro do comunismo”, publicado na Folha de S. Paulo e em O Globo, 19/04/1998).

"O marxismo pereceu como ciência que pretendia ser, mas triunfou como ideologia e fé secular" (Roberto Campos).

“Deus não é socialista e distribuiu com profunda injustiça os dotes de inteligência, criatividade e diligência” (Roberto Campos, in “O liberalismo e a pobreza”).

“Mas é um fato que, em regra, o mundo hispano-americano caminha, dia a dia, para o socialismo” (Alceu Amoroso Lima, pensador católico brasileiro, in “Adeus à Disponibilidade”, pg. 28).

“A ‘terceira via’ é o melhor caminho para o ‘Terceiro Mundo’ ” (Václav Klaus, líder da rebelião civil e pacífica, a “Revolução de Veludo”, que no outono de 1989 marcou o fim do comunismo na antiga Tchecoslováquia; Klaus foi, também, presidente da República Tcheca).

“Perguntam ao grupo de crianças de 4 anos se elas querem doces e bolo. Respondido que sim, elas são induzidas a orar pelos doces e bolos. As crianças recitam o Pai-Nosso ou a Ave-Maria. Depois de uma pausa, perguntam: ‘vocês receberam o que pediram na reza?’ ‘Não, não recebemos’ – respondem as crianças. ‘Então’ – sugere o líder – ‘oremos para Ho Chi Min’. As crianças obedecem e, eis aqui, está na mão, o líder distribui os doces esperados” (Bispo Seitz, à Rádio Europa I, sobre a doutrinação comunista no Sudeste asiático – Camboja e Vietnã).

“Não foi Marcuse o único guru dessa geração. Outros disputavam essa influência, Mao, Guevara, Debray, o pétreo estalinista Lukacz, sobretudo Gramsci, os autores da Escola de Frankfurt – Walter Benjamin, Adorno, o ascendente jamais cadente Eric Hobsbawn, marxista inglês, e o então noviço Umberto Eco, que ainda esperaria alguns anos pelas grandes tiragens da perversa ‘O Nome da Rosa’, e Althusser, que propunha nova leitura de Marx, nova interpretação teológica dos santos livros. (...) A ‘Revista Civilização Brasileira’, de Enio da Silveira, acolhia autores prestigiosos. Corria de mão em mão. Entre seus colaboradores o agora, avançado e liberal Alceu Amoroso Lima, o futuroso FHC, Ferreira Gullar, Paulo Francis, ao tempo trotskista – depois, em boa hora, convertido à democracia, por isso repudiado e mantido no escanteio –, Nelson Werneck Sodré, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho – todos crismados ‘aprendizes’ de Lukacz” (José Arthur Rios, in “Raízes do Marxismo Universitário”).

“Quarenta e um anos de terror são suficientes. Fidel, basta!” (Juanita Castro, irmã de Fidel Castro – afirmação feita em 2000).

“Além disso, a análise marxista e freudiana se juntaram para minar, cada um à sua maneira, o sentimento de responsabilidade pessoal e de dever para com o código da verdadeira moral, que era o centro da civilização européia do século XIX” (Paul Johnson, in “Tempos Modernos”, pg. 9).

“Gramsci, incapaz de se ver no papel de líder, tirou de Maquiavel não a ideia de um príncipe individual, como Mussolini o fez, mas sim a de um coletivo: o príncipe moderno, o príncipe mito, não pode ser uma pessoa real, um indivíduo concreto – ele só pode ser uma organização” (Paul Johnson, op. cit., pg. 78).

“A burguesia, enquanto uma invenção de Marx, era a mais compreensível como motivadora dessas teorias do ódio e não parou de fornecer bases para todos os movimentos revolucionários paranóicos, fossem eles fascistas, nacionalistas ou comunista-internacionalistas” (Paul Johnson, op. cit., pg. 96).

Volk (Povo) foi um movimento romântico alemão, especialmente de jovens, desde os idos napoleônicos, baseado na mitologia e no cenário cultural da paisagem alemã. Eles queimavam livros “estranhos” e estrangeiros que “corrompiam” a “cultura Volk” desde os idos de 1817. Para o romancista histórico Otto Gemlin, em artigo publicado no “Die Tat”, órgão do movimento “Volk”, “para cada povo e raça, o campo se torna a sua paisagem peculiar”. Para eles, os judeus não eram “Volk”, porque tinham perdido suas almas: faltava-lhes enraizamento. O romance “Der Wehrwolf”, de Herman Löns (1910), passado na Guerra dos Trinta Anos, relata a revolta de camponeses sendo aprisionados por senhores das cidades, a quem chamavam de lobos (Wolf): “As cidades são o túmulo do germanismo”; “Berlim é o reino dos judeus”; A função dos judeus junto aos camponeses era a “agiotagem, a venda de gado e a intermediação”. “O primeiro anti-semitismo político organizado surgiu nos partidos camponeses ou no ‘Bund der Landwirte’, i. é, sindicatos dos fazendeiros. Hitler era leitor ávido de ‘romances campesinos’, especialmente os trabalhos de Dieter Eckhart, que adaptara ‘Peer Gynt” para o alemão, e os de Wilhelm von Polenz, que também associava os judeus com a crueldade e a alienação da moderna sociedade industrial. (...) Foi do movimento “Volk” que Marx extraiu o seu conceito de ‘alienação’ do capitalismo industrial” (Paul Johnson, op. cit., pg. 96-7). Eugen Diederichs, editor de “Die Tat” desde 1921 (cercado de intelectuais do Movimento Jovem, usando calças com listras de zebra e turbante na cabeça), conseguiu a façanha de transformar Nietzsche em herói anti-semita. “Outros roubos literários audaciosos foram perpetrados. A ‘Germania’ de Tácito foi transformada num texto embrionário ‘Volkisch’; os trabalhos de Darwin foram desvirtuados numa justificação ‘científica’ das ‘leis’ raciais, assim como Marx os roubou para tranformá-los em ‘leis’ de classe” (Paul Johnson, op. cit., pg. 98).

“Ele (Bertrand Russel) foi sozinho para a Rússia, em 1920, encontrou-se com Lenin e denunciou o seu regime como ‘uma burocracia tirânica fechada, com um sistema de espionagem mais sofisticado e terrível do que o do Czar e com uma aristocracia tão insolente e insensível quanto’ ” (Paul Johnson, op. cit., pg. 141).

“Além daqueles camponeses executados pela OGPU ou mortos em batalha, um número entre dez e onze milhões foi transportado para o norte da Rússia européia, para a Sibéria e para a Ásia Central; desses, um terço foi para campos de concentração, um terço para o exílio interno e outro terço foi executado ou morreu em trânsito” (Paul Johnson, op. cit., pg. 228).

O “ópio dos intelectuais” (Comunismo) era fervorosamente defendido por “intelectuais” do Ocidente. “Eles precisavam acreditar, eles queriam ser enganados” (Paul Johnson, op. cit., pg. 231):

“A traição ao czar não era um pecado, a traição ao comunismo é” (Lincoln Steffens, justificando o Grande Terror stalinista); “Não podemos nos dar ao luxo de posar com ares moralistas, quando o nosso vizinho mais empreendedor... humana e judiciosamente liquida um punhado de exploradores e especuladores para tornar o mundo seguro para os homens de bem” (Bernard Shaw, justificando a morte de um “punhado”, que chegou a 10 milhões somente durante o Grande Terror); “Aos cuidados de quem eu confiaria, sem hesitação, a educação de meus filhos” (Emil Ludwig, famoso biógrafo, a respeito de Stalin); “Assim como a Inquisição não afetou a dignidade fundamental do cristianismo, também os julgamentos de Moscou não diminuíram a dignidade fundamental do comunismo” (André Malraux); “Stalin é um homem de princípios e de boa índole” (Pablo Neruda); O biólogo Julian Huxley, em visita à URSS, achou a população “num nível de saúde geral muito acima daquele que se podia encontrar na Inglaterra”. Harold Laski elogiava as prisões soviéticas por darem a oportunidade aos condenados de levar “uma vida plena e com dignidade”; “Essa estória sobre a construção de uma obra arriscada, no meio de florestas antigas, levada a efeito por dezenas de milhares de inimigos do Estado, ajudados por apenas 37 oficiais da OGPU, é uma das mais excitantes que já se publicaram” (Amabel Williams-Ellis, que escreveu a introdução de um livro sobre a construção do canal do Mar Branco, feita por trabalho escravo); “Os campos de trabalho na União Soviética angariaram a grande reputação de locais onde dezenas de milhares de homens foram recuperados” (Anna Louise Strong); “Nunca havia encontrado homem mais cândido, justo e honesto... ninguém tem medo dele e todos confiam nele” (H.G. Wells, a respeito de Stalin); “Seus olhos castanhos são extraordinariamente criteriosos e suaves” ... “uma criança gostaria de sentar-se no seu colo e um cachorro caminharia a seu lado” (Embaixador americano em Moscou, Joseph E. Davies elogiando Stalin, subornado pelo Governo soviético para prestar informações falsas a seu país, o que lhe permitiu comprar ícones e cálices a preços abaixo do mercado – e receber a Ordem de Lenin).

“Os ativistas políticos achavam que deveriam fazer escolhas terríveis e, uma vez feitas, ater-se a elas desesperadamente. Os anos 30 foram uma época de mentiras heróicas. A mentira santa era a virtude mais apreciada. A Rússia torturada de Stalin era a principal beneficiária dessa falsificação santificada. A competição para enganar tornou-se mais acirrada quando o stalinismo adquiriu um rival mortal na Alemanha de Hitler” (Paul Johnson, op. cit., pg. 232).

“O totalitarismo de esquerda criou o totalitarismo de direita, o comunismo e o fascismo eram o martelo e a bigorna pelos quais o liberalismo foi despedaçado. (...) Se o leninismo gerou o fascismo de Mussolini, foi o stalinismo que tornou possível o leviatã nazista” (Paul Johnson, op. cit., pg. 232-3).

“Durante esses anos (Terror stalinista), cerca de 10% da vasta população da Rússia foi triturada pela máquina penitenciária de Stalin. (...) Igrejas, hotéis, casas de banho e estábulos transformaram-se em prisões; dezenas de novas prisões foram construídas. (...) A tortura era usada numa escala que até os nazistas mais tarde achariam difícil igualar. Homens e mulheres eram mutilados, olhos arrancados, tímpanos perfurados; as pessoas eram enfiadas em caixas com pregos espetados e outros dispositivos perversos. As vítimas eram muitas vezes torturadas diante de suas famílias” (Paul Johnson, op. cit., pg. 254).

“Os comunistas haviam conseguido eleger apenas 17 deputados – incluindo Dolores Ibarruri, ‘La Pasionaria’, que, segundo se dizia, teria cortado a garganta de um padre com os próprios dentes” (Paul Johnson, op. cit., pg. 272).

Obs.: Após a derrota dos “republicanos” (comunistas e anarquistas), na Guerra Civil Espanhola, “La Pasionaria” (originária de Bilbao, região basca da Espanha) mudou-se para Moscou e assumiu o Secretariado Latino-Americano do Komintern (BSA). La Pecosa (“A Sardenta”) era uma comunista feroz, que assassinou o bispo de Jaén e sua irmã, na frente de 2.000 pessoas, durante a mesma Guerra Civil (F.M.).

“Para os propagandistas do Comintern – os melhores do mundo – foi um golpe de sorte surpreendente, e eles transformaram esse episódio (bombardeio de Guernica, por aviões nazistas) no mais celebrado de toda a guerra. Picasso, a quem já tinham encomendado um grande painel para o Pavilhão da Espanha, na Feira Mundial de Paris, se aproveitou do episódio: o resultado, mais tarde, foi levado para o Metropolitan de Nova Iorque. Guernica ajudou a levar todo um segmento da opinião ocidental, inclusive as revistas Time e Newsweek, para o lado dos republicanos. Seguiu-se uma confusão cujos ecos ainda puderam ser ouvidos nos anos 80, mas quando o quadro foi solenemente pendurado no Prado, os sons das chacinas de Barcelona passaram depercebidos. A maneira como usaram Guernica para encobrir a destruição do POUM era típica do brilhantismo da propaganda do Comintern, conduzida por dois inspirados mentirosos profissionais, Willi Muenzenberg e Otto Katz, ambos assassinados, mais tarde, por ordem de Stalin” (Paul Johnson, op. cit., pg. 281).

“Sendo um socialista de raça, em oposição a um socialista de classe, Hitler acreditava que a dinâmica da história era a raça” (Paul Johnson, op. cit., pg. 284).

Lysenkoísmo: Política oficial soviética do estudo da genética, que classificava as ciências como “burguesas”, de um lado, e como “socialistas” ou “proletárias”, de outro lado. As teorias mendelianas de hereditariedade, adotadas pelo principal geneticista da União Soviética, Nikolai Vavilov, eram consideradas um anátema para os dirigentes soviéticos. Como os genes, àquela época, não podiam ser “vistos”, os lysenkoístas podiam acusar os mendelianos de os haver “inventado”. O Lysenkoísmo confiava mais na criação do que na natureza, estava mais empenhado em moldar o “novo homem socialista” do que aceitar a realidade dos caracteres humanos geneticamente transmitidos e suas mutações ocasionais. A teoria genética desenvolvida por Gregor Mendel, Thomas Morgan, Hugo de Vries, August Weismann, recebeu oposição na União Soviética dos geneticistas liderados por I. V. Michurin e T. D. Lysenko, que seguiam o lamarckianismo – a crença na hereditariedade dos caracteres adquiridos – e métodos de tentar mudar os caracteres por meio de mudança do ambiente, uma concepção que se encaixava melhor nas idéias marxistas-leninistas. “A biologia soviética caiu nas mãos do extravagante e fanático T.D. Lysenko, que pregava uma teoria de caracteres adquiridos por herança, à qual chamou de ‘vernalização’: a transformação de trigo em centeio, pinheiros em abetos e assim por diante – essencialmente tolices medievais. (...) A genética foi atacada ferozmente como ‘uma pseudociência burguesa’, ‘antimarxista’, que levava à ‘sabotagem’ da economia soviética. (...) Na medicina, uma mulher chamada O.B. Lepeshinskaya, pregava que a velhice poderia ser adiada graças a lavagens intestinais de bicarbonato de sódio” (Paul Johnson, op. cit., pg. 381).

“George Orwell escreveu seu memorável romance ‘1984’ para protestar contra a revolução semântica perpetrada pelas ideologias coletivistas da sua época, sobretudo o comunismo. A perversão da linguagem e da lógica por regimes totalitários levou o grande escritor inglês a inventar um termo para esse controle político-ideológico das palavras e do raciocínio: newspeak. No Brasil de hoje, subjugado pela mesma ideologia contra a qual Orwell lutou, naturalmente não há falta de colunistas e acadêmicos versados no uso do newspeak, autênticos virtuoses nessa arte nefasta. O articulista do JB Emir Sader não é um desses virtuoses. Seu estilo primitivo carece de sutileza, embora não se possa negar que ele se esforce. De toda maneira, é uma pena que ninguém tenha tido a idéia de criar um software específico para a tradução do newspeak, o que facilitaria muito o trabalho de quem deseja inferir o verdadeiro intuito de autores oblíquos em seus textos melífluos” (Alceu Garcia in “Decifrando Emir Sader”, publicado em 18 Mar 2002 no site de Olavo de Carvalho - www.olavodecarvalho.org).

Obs.: Vale acrescentar, dentro do conceito da “novilíngua”, que comunista não rouba, apenas “expropria”; comunista não mata, apenas “faz justiçamento” (F.M.).

Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba (UAPPL): o famoso onagro, com sede em Moscou, formou muitos comunistas brasileiros.

“A partir de 1953, o Partido Comunista da União Soviética passou a ministrar cursos, em Moscou, a militantes do PCB. Cursos de treinamento militar e condicionamento político-ideológico. O último desses cursos foi em 1990, quatro anos após terem sido implantadas por Gorbachev as políticas de perestroika e glasnost. Cerca de 700 militantes foram treinados na Escola de Quadros, como era mais conhecido o Instituto de Marxismo-Leninismo do PC Soviético, e na Escola do Konsomol (Juventude do PCUS), em cursos cuja duração variava de 3 meses a 2 anos. Cerca de 1.300 outros brasileiros concluíram cursos superiores na Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba e em outras universidades soviéticas, em cujo currículo sempre constou a matéria marxismo-leninismo. Até mesmo em cursos de balé. As matrículas na UAPPL sempre foram efetuadas através da Seção de Educação do Comitê Central do PCB e também através do Instituto Cultural Brasil-URSS, um apêndice do PCB. Algumas dessas pessoas, no regresso ao Brasil, passaram a trabalhar em empresas estatais e, pelo menos um, formado em Medicina, como Oficial das Forças Armadas, nos anos 80 (Huascar Terra do Valle, in “Histórias quase esquecidas”, site Mídia Sem Máscara, 10/2/2003).

“Nas décadas de 60 e 70, o sonho de todo pai comunista de país do Terceiro Mundo era ter um filho estudando na Universidade Patrice Lumumba, em Moscou. (...) A universidade foi criada em 1960, por iniciativa do então dirigente soviético Nikita Kruschev. (...) Nos bons tempos, 65% dos 7.000 alunos eram estrangeiros. (...) Resta desta Lumumba – alma mater do terrorista Carlos, o Chacal – o empoeirado Museu Patrice Lumumba, ao qual Yasser Arafat doou uma placa de metal com o mapa da sua Palestina ideal gravado” (“Escola do capital”, in revista Veja, de 22 de janeiro de 1997, pg. 40-41).

“Churrasquinho chinês”: Durante a Revolução Cultural chinesa, muitos condenados à morte tinham seus corpos retalhados, assados e comidos. “Num massacre famoso, na escola de Mushan em 1968, na qual 150 pessoas morreram, vários fígados foram extirpados na hora e preparados com vinagre de arroz e alho” (“Canibais de Mao”, in revista Veja, 22 de janeiro de 1997, pg. 48-49).

Essa prática de canibalismo se tornou corriqueira, no período de 1968 e 1970, quando centenas de “inimigos do povo” foram devorados em Guangxi, conforme pesquisas de Zheng Yi em Guangxi. O trabalho de Zheng Yi, dissidente exilado nos EUA desde 1992, resultou no livro “Scarlet Memorial – Tales of Cannibalism in Modern China” (Memorial Escarlate – Histórias de Canibalismo na China Moderna).

Na mesma época, havia um tipo de tortura sui generis: alguns presos, ainda vivos, tinham seus órgãos sexuais (pênis e testículos) arrancados, assados e comidos, como consta no mesmo artigo de Veja: “Wang Wenliu, maoísta promovida a vice-presidente do comitê revolucionário de Wuxuan durante a Revolução Cultural, especializou-se em devorar genitais masculinos assados” (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ” – www.usinadeletras.com.br).

Leoneira: Solitária ambulante, feita de 6 lados de grades de ferro, onde o preso não pode se deitar, nem ficar de pé. Tipo de tortura adotada em Cuba durante a ditadura de Fidel Castro, onde os presos são largados no teto do presídio, alternando altas temperaturas do sol durante o dia com baixas temperatura à noite. O escritor cubano Pedro Juan Gutiérrez esteve preso em tal solitária (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ”).

Legenda Negra: Movimento contra a Igreja Católica na América Latina, que promove o retorno ao pelagianismo e ao paganismo religioso indígena e africano. Personagens influentes do movimento: Frei Beto, diretor da revista America Libre, órgão oficial do Foro de São Paulo (FSP), e Leonardo Boff, ex-padre franciscano.
Este último empenha-se na implantação de “um cristianismo indo-afro-americano inculturado nos povos, nas peles, nas danças, nos sofrimentos, nas alegrias e nas línguas de nossos povos, como resposta a Deus” (na carta em que Boff renuncia ao sacerdócio, em 29 Jun 1992). Ou seja, é a pregação do fim da Civilização Ocidental cristã, com a volta do ser humano a seu estado primitivo (canibalismo, magia negra, sacrifício de seres humanos etc.) (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ”).

Libélulas da USP: Trocadilho de LIBELU (Liberdade e Luta), grupo estudantil-lambertista, que atuava na USP. O Ministro da Fazenda do Governo Lula da Silva, Antônio Palocci, foi um de seus integrantes (Pierre Lambert foi um dos ideólogos da IV Internacional - Trotskista.) As “libélulas” formam a intelectualidade marxista existente principalmente na Faculdade de Filosofia e Letras da USP. Emir Sader, Marilena Chauí, Maria Aparecida de Aquino, Leandro Konder e Paul Singer destacam-se entre as “libélulas” ainda atuantes na USP, além de FHC, que alçou vôo “extra muros”. Aprecie um “bate-asas” da “libélula” Marilena Chauí: “A imprensa? Não, pois embora os jornalistas aspirem pela universalidade e desejem ser guardiães da moralidade pública, trabalham para uma particularidade, a empresa capitalista de que são funcionários. Na medida em que insistem em fazê-lo, transformam a imprensa, no melhor dos casos, em igreja e, no pior, em servidora de interesses totalitários, uma vez que não reconhecem ao fato político ‘sua necessária aura de amoralidade’ e ‘zonas de indefinição’ (...) E fazemos o jogo da chamada ‘tolerância passiva’, em que toleramos o governante que nos engana porque é ele quem faz as regras da ausência de regras” (Marilena Chauí, in “Acerca da moralidade pública”, Folha de S. Paulo, 24 Mai 2001) (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ”).

“Loucademia”: Disputa ideológica ocorrida dentro da Academia Brasileira de Letras (ABL), contra Roberto de Oliveira Campos. No primeiro episódio, os esquerdistas da ABL (Antonio Houaiss, Dias Gomes, Antônio Callado, Nélida Piñon, João Ubaldo Ribeiro) “bombardearam”, sem sucesso, o prêmio concedido a Roberto Campos, pelo seu livro “Lanterna na Popa”, em detrimento de “Chatô”, de Fernando Morais. No segundo episódio, a ex-mulher de Dias Gomes ameaçou retirar os restos mortais do marido do mausoléu da ABL, no cemitério de Botafogo, Rio de Janeiro, em protesto contra a eleição de Roberto Campos para a cadeira da ABL antes ocupada por Dias Gomes (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ”).

Mito palingenético: Idealização de uma comunidade humana primitiva de interação social que deverá retornar, sob uma forma superior, num estágio final da história humana. A esquerda latino-americana vê esse mito nas faces dos sandinistas, zapatistas, montoneros, do Sendero Luminoso, do Tupac Amaru e do MST (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ”).

OLAS: Organización Latinoamericana de Solidaridad: no dia 16 Jan 1966, 1 dia após o término da Tricontinental, em Havana, Cuba, as 27 delegações latino-americanas reuniram-se para a criação da OLAS, proposta por Salvador Allende. O terrorista brasileiro Carlos Marighella foi convidado oficial para a Conferência da OLAS, em 1967. Ola, em espanhol, significa “onda”, seriam, pois, ondas, vagalhões de focos guerrilheiros espalhados por toda a América Latina, como disse o próprio Fidel Castro: “Faremos um Vietnã em cada país da América Latina”. Após a Conferência, começam a surgir movimentos guerrilheiros em vários países da América Latina, principalmente no Chile, Peru, Colômbia, Bolívia, Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela. A OLAS, substituída pela JCR, tem sua continuidade no Foro de São Paulo (FSP) e no Fórum Social Mundial (FSM) (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ”).

“Onagreens”: São os antigos “onagros” vermelhos, hoje convertidos em “verdes”, que são tanto os políticos dos partidos verdes, quanto as ONGs ditas preservacionistas (Greenpeace e similares) (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ”). Veja “Onagro”.

“Ouro de Moscou”: Dinheiro remetido pela União Soviética a organizações comunistas e simpatizantes do Brasil, como o PCB e a UNE. Luis Carlos Prestes era “funcionário” do Komintern, recebia salário regular de Moscou, que prestou apoio financeiro a ele e a outros facínoras para deflagrar a Intentona Comunista de 1935, a exemplo do alemão Arthur Ernest Ewert, Olga Benário, Pavel Stuchevski, Jonny de Graaf e do argentino Rodolfo Ghioldi. A União Nacional de Estudantes (UNE) também recebeu o “Ouro de Moscou” através da União Internacional de Estudantes (UIE), órgão de fachada do Movimento Comunista Internacional (MCI). O Senador Roberto Freire foi o último comunista brasileiro a receber contribuição de Moscou, por ocasião de sua campanha eleitoral à Presidência do Brasil, em 1989; quem fez esta declaração foi o ex-diplomata da União Soviética no Brasil, Vladimir Novikov, coronel da KGB, que serviu em Brasília sob a fachada de Adido Cultural junto à Embaixada Soviética, nos anos de 1980 (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ”).

Rede Liliput: Rede italiana, ligada ao Fórum Mundial das Alternativas, presidida pelo padre Alex Zanotelli, figura ativa da “Teologia da Libertação”, espécie de Frei Betto daquele país. O nome “Liliput” e o estilo de atuação de tal “rede” faz referência à obra do escritor irlandês Jonathan Swift, em que uma multidão de anõezinhos conseguiu neutralizar o “gigante” Gulliver. Hoje, o gigante a ser acorrentado e destruído pelas esquerdas liliputianas é Tio Sam e o dito “neoliberalismo”.

Anteriormente, com o Movimento Comunista Internacional (MCI), p. ex., a estrutura era hierárquica, em torno de um partido comunista do país, sob comando supremo do PCUS. Hoje, a estratégia é horizontal, com milhões de organizações contestatórias espalhadas por todo o mundo, para combater o G-7, o FMI, a OMC, o Banco Mundial, o Fórum da Davos, o “neoliberalismo” e, principalmente, Tio “Gulliver” Sam. Vale dizer, o capitalismo. As táticas desenvolvidas pelas “redes liliputianas” mundiais da esquerda incluem congressos, como o Fórum Social Mundial (FSM), realizado em Porto Alegre nos anos de 2001, 2002 e 2003, voltando em 2005 para a capital gaúcha, já que em 2004 o Fórum foi realizado na Índia, para fermentar as inúmeras organizações contestatórias latentes naquele país.

O ítalo-brasileiro José Luiz Del Roio, intelectual com participação importante no III FSM (2003) afirmou que tem entre seus objetivos “recuperar criticamente a expressão histórica e política da nova esquerda e do movimento operário e comunista em geral”, além de participar da atual tentativa de “refundação teórica do marxismo” (CubDest, 6 Fev 2003) (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ”).

“Rosa”: Nome-de-guerra da antiga terrorista da VAR-Palmares e ex-deputada federal pelo PT, Bete Mendes, paródia tupiniquim da “Rosa Luxemburgo”. Um “rosário” de mentiras criadas por “Rosa” contra o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra pode ser visto em www.ternuma.com.br. “Rosa” atualmente “guerreia” em algumas novelas e seriados da TV Globo, como “Aquarela do Brasil” e “A Casa das Sete Mulheres”, e foi nomeada Presidente da FUNARJ pelo Governandor Garotinho (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ”).

“Socialismo de caviar”: Expressão utilizada pelo líder sindical espanhol Nicólas Redondo. Esse tipo de “socialismo” é enaltecido por intelectuais e artistas da esquerda, que, segundo Roberto Campos, “são socialistas nos dedos e na voz, mas invariavelmente capitalistas nos bolsos”, a exemplo de Oscar Niemayer, Chico Buarque de Hollanda, Frei Betto, o ex-padre Leonardo Boff etc. (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ”).

Tribunal Sader: Proposto por Emir Sader, uma das mais atuantes “libélulas” da USP, pretende tratar dos assim chamados “crimes econômicos”. A tese de Emir Sader é bem simplória: para ele, os “crimes econômicos” perpetrados pelo capitalismo e pela globalização econômica do planeta são muito superiores aos crimes executados pelo Comunismo (que ele defende até hoje), que deixou um saldo de mais de 100 milhões de mortos. As políticas governamentais de nosso Estado teriam que obter o “nikil obstat” de intelectuais como Sader e outros nomeados por ele próprio: Celso Furtado, Antônio Cândido, D. Luciano de Almeida, Evandro Lins e Silva etc. A esquerda, parece, não consegue viver sem o dualismo “capitalismo x comunismo”, hoje substituído pelo “liberalismo x comunitarismo” (ou por Fórum de Davos x Fórum Social Mundial; ou ainda por Copyright x Copyleft) (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ”).

UMAP: Unidades Militares de Ayuda a la Producción (Cuba): inicialmente, seria chamado de “El Plan Fidel”. As UMAP eram campos de concentração, para onde foram enviados órfãos (filhos dos executados pela Revolução), filhos de presos políticos, filhos de residentes no exterior, filhos de comerciantes que tiveram seus bens confiscados pela Revolução, jovens com convicção religiosa, jovens artistas de pensamento liberal, jovens sem-teto, religiosos e homossexuais, totalizando em torno de 25.000 pessoas. Após a extinção das UMAP, todos os documentos foram destruídos. Existe a Asociación ex-Confinados de la UMAP, P.O. Box 350638, Miami, Florida 33135 (Félix Maier, in “Arquivos ‘I’ ”).

Onagro: Termo utilizado por Jacques Vindex e Gabriel Veraldi a respeito das “caixas de ressonância” ocidentais na análise dos “agentes influenciadores soviéticos de Lenine a Gorbachev”. Segundo os dicionários, Onagro é: 1. Espécie de burro de grande porte; 2. Máquina de guerra que serve para destruir muralhas.

Os “onagros” eram órgãos de fachada, com os quais o Movimento Comunista Internacional (MCI) disseminava sua propaganda.

“Os autores observaram, em 1988, que ‘a URSS tem necessidade de lavar a sua psico-estratégia tal como a Máfia de lavar o seu dinheiro sujo. O recuo tático dos noventa partidos comunistas atingiu, numa primeira linha, as organizações de fachada’. A sua análise não foi contestada e não será desinteressante reproduzir aqui a lista que eles forneciam três anos antes da queda do regime comunista, perguntando-nos de que se ocupam hoje estas organizações:

1. Conselho Mundial da Paz (Helsinqui);
2. Federação Sindical Mundial (Praga);
3. Organização de Solidariedade com os Povos Afro-Asiáticos (Cairo);
4. Federação Mundial da Juventude Democrática (Budapeste);
5. União Internacional dos Estudantes (Praga);
6. Instituto Internacional da Paz (Estocolmo);
7. Organização Internacional dos Jornalistas (Praga);
8. Conferência Cristã para a Paz (Praga);
9. Federação Internacional Democrática das Mulheres (Berlim Leste);
10. Federação Internacional dos Advogados Democráticos (Bruxelas);
11. Conferência Asiática e Budista para a Paz (Ulan Bator, URSS);
12. Organização de Solidariedade com os Povos da África, Ásia e América – a famosa ‘Tricontinetal’ (Havana);
13. Federação Mundial dos Trabalhadores Científicos (Londres)” (Vladimir Volkoff, op. cit., pg. 144-5).

“Publicado em 1994, nos EUA, e só agora (1998) traduzido para nossa língua, o livro do doutor Li Zhisui, ‘A vida privada do Presidente Mao’, pode ser comparado ao famoso discurso de Krushev perante o 20º Congresso do Partido Comunista da União Soviética, denunciando o culto da personalidade e os crimes de Joseph Stalin. (...) O silêncio e o aparente desinteresse da mídia dita liberal americana sobre o devastador relato do homem que durante 22 anos foi o médico pessoal do ditador chinês, é um exemplo do muito bem usado recurso da esquerda, no mundo inteiro, de cobrir com um manto de silêncio e esquecimento tudo o que possa comprometê-la ou desmentir suas falácias” (Raymundo Negrão Torres, in “O livro do Doutor Li Zhisui”, revista “Ombro a Ombro”, junho de 1998).

Teologia Negra: “O marxismo – como movimento revolucionário – procura conquistar o poder fomentando conflitos sociais. Nos Estados Unidos, a boa situação financeira dos trabalhadores industriais os imuniza contra o vírus da luta de classe. Não podendo fomentar o ódio social da luta de classe, o marxismo pretende, atualmente, nos Estados Unidos, fomentar a luta racial. A este propósito diabólico serve a ‘Teologia Negra’.
O principal (porém não o único) representante da teologia negra é James Cone. Nascido em 1938, no seio da comunidade negra norte-americana, é licenciado em teologia pelo Seminário protestante de Evanston (Illinois) e doutorado pela Northwestern University. Seu primeiro e mais importante livro, “Teologia Negra e Poder Negro”, foi editado em 1969; e em 1970, publicou “Teologia Negra da Libertação” (Miguel Paradowski, in “A Teologia Negra”, Verbo, Espanha, maio/julho/75). Para Cone, a teologia é uma obra coletiva, comunitária, mas somente quando surgida na ‘comunidade dos oprimidos’; para o teólogo racista, “somente uma comunidade dos oprimidos é uma comunidade cristã”. Por isso, para Cone, a “teologia branca” é a “teologia do Anticristo” e, para ser cristã, a “teologia branca deve transformar-se em teologia negra, renegando a brancura como forma adequada do existir humano e afirmando a negritude como a intenção de Deus para a humanidade”.
A Teologia Negra tem a mesma tendência que qualquer grupo de contestação política radical: “transformar a comunidade tradicional em grupos de ação, isto é, transformar a instituição em energia social – postulado do marxismo revolucionário” (Sig. Altmann, redator dos temas religiosos do “Der Spiegel”, in “Adeus, Igreja”, Una Voce, jan/março/75).

“O Livro Negro do Comunismo, há pouco editado no Brasil, pôs em foco a magnitude dos crimes gerados por esses erros. Desde que foi publicado na França, em 1997, ele suscita apaixonadas polêmicas. Numerosos simpatizantes do comunismo saíram da moita em defesa do partido. No Parlamento francês, o Primeiro-ministro socialista Lionel Jospin correu em socorro de seus aliados do Partido Comunista, denunciados por deputados da direita com base no referido Livro Negro. Apareceu até um volume criticando essa obra, ironicamente intitulado ‘Livro Negro do Capitalismo’, aliás tão pífio que a revista ‘Veja’ o qualificou de ‘obra idiota e estapafúrdia’ ” (http://www.lepanto.org.br/EstComunis.html).

“Ele é aparentemente inofensivo... nunca se trai, sempre trairá os outros. Ele fala de paz e amor fraternal. Ele será seu mais querido amigo, o mais sincero, o mais leal... até o dia em que ele o assassinará pelas costas, friamente... eles matam frades, violam freiras, destroem igrejas” (“O Gorila”, Julho de 1963 – publicação anticomunista, distribuída dentro dos quartéis).

Marx é um mestre do plágio: “De Marat, se apropria da frase ‘o proletariado não tem nada a perder, exceto os grilhões’. De Heine, ‘a religião é o ópio do povo’; e de Louis Blanc, via Enfantin, sacou a fórmula ‘de cada um segundo suas capacidades, a cada um segundo suas necessidades’. De Shapper, tirou a convocação ‘trabalhadores de todo o mundo, uni-vos’, e de Blanqui, a expressão ‘ditadura do proletariado’. Até mesmo sua obra mais bem acabada e de efeito vertiginoso, ‘O Manifesto Comunista’ (1848, em parceria com Engels), tem-se, entre os anarquistas, como plágio vergonhoso do ‘Manifesto da Democracia’, de Victor Considérant, escrito cinco anos antes” (Ipojuca Pontes, in “Politicamente Corretíssimos”, pg. 26-7).

“Dispensado o tom arrogante das facciosas análises acadêmicas e verificado o grosso da obra, o pensar de Marx depende virtualmente do que ele leu, chupou, perverteu ou adaptou do pensamento dos outros, a começar por Demócrito (460-370 a.C.) e Epicuro (341-170 a.C.), na sua tese ateísta de doutoramento em Jena, 1841, passando por Hegel (1770-1831) e o próprio Feuerbach, ainda no campo filosófico, além de Rousseau (1712-1778), Saint-Simon (1760-1825), Fourier (1772-1837) e Proudhon (1809-1865), entre os reformistas sociais franceses, até chegar nos economistas clássicos ingleses Adm Smith (1723-1790), Mill (1773-1836) e sobretudo Ricardo (1772-1823), cuja concepção da teoria do valor-trabalho, mais tarde destroçada pelo austríaco Bohm-Bawerk (1851-1914), serviu de modelo para Marx – aqui ancorado no ‘erro de conta’ de Proudhon – extrair a sua célebre mais-valia e acirrar os ânimos da luta de classes, idéia, por sua vez, a ser creditada ao falangista Blanqui (1805-1881), francês considerado inventor da barricada e autor da expressão ‘ditadura do proletariado’ ” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 29-30).

“O ‘pensamento’ de Marx (e de seus seguidores) continua a causar estragos e até a apresentar-se como ‘hegemônico’, sobremodo em algumas partes da descarnada América Latina. É puro ‘non-sense’. Mas pelo menos no Brasil é inquestionável a supremacia da dogmática marxista, pois o país tornou-se o espaço vital onde milhares e milhares de militantes esquerdistas, comandados por uma máquina bem-azeitada e nutrida o mais das vezes nos fundos públicos (subtraídos a muque do bolso do trabalhador e dos empresários contribuintes), atuam sistemática e proficuamente nas cátedras, parlamentos, púlpitos, quartéis, mídias, associações civis e militares, sindicatos, prisões, palcos, telas e até nos prostíbulos, com o objetivo único e irreversível de ‘socializar’ a nação” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 42-3).

Segundo o historiador oficial russo A. Gambarov, Netechaiev foi o precursor do bolchevismo: “Tudo que Netchaiev pressentia foi perfeitamente realizado pelo Partido Comunista durante a sua história. Basta analisar com atenção o que Netchaiev escreveu para reconhecer que o fundamento do seu programa encontra o seu mais puro acabamento no bolchevismo russo” (Cit. por Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 56).

“É preciso reconhecer que Lula não está só e que, por trás de suas ambições políticas – promessas demagógicas à parte –, se esconde um mundo de compromissos e interesses imediatos, sustentados por intelectuais estatizantes a religiosos apóstatas, todos cozinhados no fogo-fátuo do totalitarismo inquisitorial. Dos intelectuais estatizantes, sobretudo os latino-americanos, já sabemos que se trata de casta afeita ao empreguismo público, láureas e distinções oficiais, em que pese uma aparente independência de propósitos. De ordinário são egoístas, hipócritas e cruéis, muito sensíveis às massas nas abstrações e projetos, mas insensíveis às dores e às misérias reais, principalmente quando próximas ou dispendiosas ao próprio bolso. Dos religiosos apóstatas, por sua vez, em que pese a plumagem pseudocristã, sabemos que se trata de uma gente extremamente vaidosa, espiritualmente ressentida, alheia ao mercado e ao trabalho socialmente produtivo, cuja fé religiosa, ao que tudo indica centrada na intolerância, é explicada à exaustão por Freud, via Dostoiévski, na interpretação da conduta do Grande Inquisidor, potentado da Igreja Católica que, nas trevas da Idade Média, numa Segunda Ressurreição, condenou Cristo à fogueira depois de associá-lo ao pecado. (...) E é essa gente – intelectuais estatizantes e religiosos apóstatas – que faz a cabeça de Lula e que se diz ‘progressista’ ” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 109-10).

Sobre o “Governo Paralelo”, inventado pelo PT após a vitória de Fernando Collor de Melo, Ipojuca Pontes tem uma premonição, ao escrever “Estratégia terrorista”, pub. em “O Estado de S. Paulo”, em 1989: “O projeto de Lula, a ser discutido e provavelmente acatado por Brizola e Arraes, mais do que criar condições estratégicas para firmar uma posição intransigente, tem por objetivo claro desestabilizar o futuro governo Collor de Melo e, se possível, depois, pela radicalização, levá-lo ao impeachment” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 117).
Obs.: A arapongagem petista, tendo à fente o cubano-brasileiro José “Daniel” Dirceu, começou a trabalhar em bloco, xerocando dossiês de adversários em todas as repartições públicas e, com a campanha “pela ética” e “Natal sem fome” da Madalena arrependida, Herbert de Souza, o “Betinho”, antigo pombo-correio Fidel Castro-Leonel Brizola, chegou-se ao envolvimento de PC Farias com esquemas mafiosos e cumpriu-se a profecia do impeachment: Collor foi destituído pelo Congresso Nacional, embora fosse, mais tarde, inocentado pelo STF. A “estratégia terrorista” de Lula foi vitoriosa. Detalhes podem ser obtidos no livro “O Jardim das Aflições”, de Olavo de Carvalho. Hoje, Lula assumiu o poder e chama de “denuncismo” toda notícia veiculada na mídia envolvendo falcatruas petistas. O tempora! O mores! (F.M.)

“Um país que tem cerca de 70% de sua economia estatizada, não pode negar que seja socialista” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 134).

“Ao contrário do que diz o brocardo marxista, a história se repete, sim, de forma trágica. Em 2 de março de 1936, numa casa de subúrbio de Deodoro, Rio de Janeiro, a paulista Elza Fernandes (Elvira Copello Coloni, a “Garota”, jovem mulher de Miranda, secretário-geral do Partido Comunista) é julgada por um ‘tribunal revolucionário’ constituído pelo comitê central do PC: Lauro Reginaldo da Rocha, o ‘Bangu’; Adelino Deícola dos Santos, o ‘Tampinha’; Eduardo Ribeiro, o ‘Abóbora’; José Lago, o ‘Brito’; e Honório Freitas Guimarães, o “Milionário”, presidente do tribunal. (...) Elza foi estrangulada com uma corda de varal por Natividade Lira, o Cabeção’, um ‘quadro’ da segurança do partido. Não cabendo num saco, o corpo de Elza é quebrado em dois e enterrado à sombra de uma mangueira” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 155-6).

Cela-gaveta: Tipo de solitária cubana, usada durante o regime de Fidel Castro, onde esteve confinado o poeta Armando Valladares, durante 2 anos: “Na prisão de Combinado del Leste, depois de temporada imobilizado em cela-gaveta, Valladares ficou aleijado e não conseguiu mais andar. (...) Após 22 anos de prisão, o poeta venceu a batalha e ganhou a liberdade, contando com o apoio do presidente francês François Mitterrand. Dentre os 50 mil presos políticos cubanos contabilizados – entre mortos, torturados e desaparecidos -, foi um dos poucos que conseguiram escapar. Em Madri, tornou-se um ativista e escreveu ‘Contra Toda a Esperança’, testemunho que ajudou a desmascarar a ditadura que aniquila os seus dissidentes, clamando pela libertação dos presos políticos que, em Cuba, ainda hoje se contam aos milhares” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 157-8; também publicado no Jornal da Tarde, 2000).

Tostadora de Pinar: Cela subterrânea de mais de 40º à sombra, em Pinar de Río, Cuba, onde ficou preso o poeta dissidente Heberto Padilha, autor de “Fuera de Juego” (Fora de Jogo), com intervalos de “imersões diárias em fossa de excrementos” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 160).

No Brasil, “a despeito de feitos e glórias, Pelé, para uma minoria que se autoproclama ‘progressista’, não passa de um negro rico, vendido aos americanos, que mete as ventas onde não é chamado. (...) Fosse ele um fanático defensor de Fidel ou solidário à visão da história como uma eterna luta de classes, é provável que hoje estivesse consagrado no panteão do ‘divino maravilhoso’. Mas como é democrata, acredita em Deus e admite a propriedade privada, é visto como um estorvo” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 189-190).

A propaganda soviética, graças aos seus numerosos agentes no mundo ‘livre’ (mas ingênuo) conseguiu durante
anos fazer crer a milhões de pessoas, nem todas de má fé, que foi a Coréia do Sul que havia atacado a Coréia do Norte, em 1950, e não o inverso. O próprio Picasso entrou neste círculo de anarquia ideológica, pintando seus ‘Massacres en Corée’, onde se vê um pelotão de soldados americanos abrindo fogo sobre um grupo de mulheres e crianças nuas. Mostrou que uma pessoa pode ser um gênio da pintura e ao mesmo tempo uma insignificância moral” (Revel, in “A Obsessão Antiamericana, pg. 25).

“Atentemos para a diligência com que as autoridades democráticas ou religiosas tomaram constantemente o partido de Fidel Castro, pela única razão de ele estar exposto ao embargo americano, aliás, falsamente rebatizado de ‘bloqueio’ para servir às necessidades da causa. Ora, Cuba não cessou de comerciar com o mundo inteiro, salvo com os Estados Unidos; e o baixo nível de vida dos cubanos provém, antes de tudo, do regime socialista” (Revel, op. cit., pg. 41).

“Não foi por falta de meios que a Europa se absteve de ajudar os afegãos. Foi pela atitude obsequiosa com respeito à União Soviética, e, depois, por uma análise lamentavelmente errônea com a ilusão ou desculpa de ‘salvaguardar a détente’, a qual já estava então muito bem morta, se é que existiu algum dia a não ser no otimismo ocidental” (Revel, op. cit., pg. 66).

“Segundo a velha tradição socialista, o antiliberalismo e o antiamericanismo se regozijam. E são exatamente os soldados dos exército comunista vencido, ou seus herdeiros políticos, que se reagrupam em bandos, decididos a conduzir, por falta de uma guerra frontal em campanha aberta, que não podem mais alcançar, uma guerrilha de provocação, à qual a liberdade de circular devida à globalização lhes permite entregar-se, não importa em que ponto do planeta democrático” (Revel, op. cit., pg. 70).

“Os ‘jovens’ antiglobalistas são na realidade os velhos ideólogos, os fantasmas ressurgidos de um passado de ruínas e de sangue. Ao invés do ‘rejuvenescimento’, vimos, aliás, reaparecer em Gênova as bandeiras vermelhas ornadas com a foice e o martelo (que mesmo o partido dos ex-comunistas colocou de lado, na Itália desde 1989) as caras de Che Guevara e a sigla das Brigadas Vermelhas. O que os manifestantes atacam na globalização é o capitalismo democrático, são os Estados Unidos, na medida em que eles são, há meio século pelo menos, a sociedade capitalista democrática mais próspera e a mais criativa. (...) Se alguém pusesse em prática seus diktats, e, pois, fossem restabelecidas em todos os lugares as barreira fronteiriças, os passaportes e os visas, mesmo para os turistas, não teria havido nem Seattle nem Göteborg” (Revel, op. cit., pg. 74-5).

“Ao lado de uma transformação de modas e mentalidades que pode ser considerada benéfica, o ‘Maio de 68’ europeu foi infiltrado muito rapidamente pelos lugares comuns do socialismo totalitário, nas suas versões maoísta ou trotskista, ainda que quisesse ser antitotalitário, no início. Recusando-se seguir as regras do jogo da legalidade diplomática e, ao mesmo tempo optando pela forma dos partidos comunistas ocidentais, o movimento dito ‘Maio de 68’ degenerou em terrorismo sanguinário nos vinte anos que se seguiram. Formaram-se, então, as Brigadas Vermelhas, na Itália, a Falange Armada Vermelha, na Alemanha, o Exército Vermelho Japonês, as Células Combatentes Comunistas Belgas (CCC), e, mais para marginal, mas não menos mortífera, a Ação Direta, na França” (Revel, op. cit., pg. 79).

“... é só a globalização pelo mercado que a esquerda repudia. Na realidade, mais o mercado que a globalização. A esquerda tem por objetivo a globalização sem o mercado” (Revel, op. cit., pg. 82).

A França gosta de passar sermões a todo mundo, porém...: “Não repreendemos nem Saddam Hussein, nem Kadhafi, nem Kim Jong-Il, nem Fidel Castro, nem Robert Mugabe, nem os aiatolás da República Islâmica do Irã, nem os dirigentes chineses ou vietnamitas. Reservamos nossas admoestações e nossa desconsideração às democracias, aos austríacos, aos italianos, a Margareth Thatcher, a Ronald Reagan, a George W. Bush, a Silvio Berlusconi, e até a um Tony Blair não suficientemente hostil ao capitalismo. O adversário principal dos antiglobalistas não é a ditadura, é a economia liberal” (Revel, op. cit., pg. 94).

Sobre a pobreza na África: “Mas este pauperismo tem causas políticas, não econômicas. ... está muito mais no estatismo que no mercado, mais no socialismo que no capitalismo. Na maioria, os países africanos, ou melhor, as elites africanas estudadas na Europa que se tornaram as classes políticas após a independência de cada país, adotaram os sistemas soviético ou chinês. Atribuíram-se, assim, o poder absoluto e os instrumentos do enriquecimento pessoal. Em particular, a Argélia e a Tanzânia tomaram emprestado do comunismo a receita infalível para arruinar a agricultura: a coletivização das terras e a criação de ‘cooperativas’ rapidamente improdutivas” (Revel, op. cit., pg. 96-7).

“A miséria, na África, é filha do socialismo” (Revel, op. cit., pg. 97).

Segundo Revel, as causas da miséria africana são:

- coletivização soviético-chinesa;
- pilhagem dos recursos internos e auxílio externo, feito pelas oligarquias locais;
- guerras civis;
- guerras entre Estados;
- guerras de religião;
- extermínios interétnicos;
- racismo intertribal;
- massacres e genocídios (Cfr. Revel, op. cit., pg. 97).

“As sandálias do pescador”: sobre a “anulação da dívida do Terceiro Mundo”, à qual o Papa João Paulo II, ingenuamente, faz coro, Revel afirma que a França remeteu bilhões de francos a Didier Ratsiraka, de Madagascar, dinheirama que “o povo malgaxe faminto jamais sentiu nem aos menos o cheiro, e dívida que François Mitterrand anulou em 1990, fazendo assim com que os contribuintes franceses pagassem o dinheiro embolsado por um ditador” (Revel, op. cit., pg. 98).

Obs.: Se você pensou em Bolívia, Venezuela, Angola, Cuba e Gabão, países aos quais Lula “Rainha de Sabá” da Silva perdoou dívidas contraídas com o Brasil, pensou correto (F.M.).

“Os primatas berrantes e quebradores da antiglobalização, na ausência de herdeiros do maoísmo, atacam, em realidade, os EUA, sinônimo de capitalismo. Esta obsessão desabrochou numa verdadeira transferência de responsabilidade do mundo” (Revel, op. cit., pg. 119).

“Se a globalização é reprovada pelas elites de esquerda, por ser considerada liberal, ela é adotada sem nenhum falso pudor pelos muçulmanos integristas, desde que se torne islâmica. ‘O Islã dominará o mundo’, tal é a mensagem que figurava, por exemplo, nos cartazes carregados pelos manifestantes islâmicos de nacionalidade britânica, que desfilaram em outubro de 2001 em Luton (55 km ao norte de Londres)” (Revel, op. cit., pg. 136).

“Os antiglobalistas deveriam ter ficado encantados com os resultados do terrorismo, pois os atentados de setembro, como já mencionei anteriormente, têm provocado uma quebra no comércio mundial. Que pena! Vimos que eles igualmente provocaram, em consequência, uma queda vertiginosa das exportações dos países pobres, levando consigo, por esta razão, o desaparecimento de dezenas de milhões de empregos, o agravamento da miséria e a extensão da fome (*)” (Revel, op. cit., pg. 141).

(*) “Banco Mundial, Comunicado 2002/093/5, de 1º de outubro de 2001: ‘A pobreza em aumento no dia seguinte aos atentados terroristas nos Estados Unidos. Milhões de seres humanos adicionais condenados à pobreza em 2002’ ” (Nota de rodapé, Revel, op. cit., pg. 141).

“A democracia falta ao seu dever e o comunismo está no seu papel” (Castello Branco, novembro de 1963).

“Nós não queremos que o Sr. Kubitschek se torne um Frondizi brasileiro e nos roube esta revolução, como já roubou o Brasil” (Carlos Lacerda, sobre a escolha do novo Presidente, após a queda de João Goulart).

"Juízos de valor acerca de condutas do passado devem ser feitos não a partir de parâmetros éticos do presente, mas da contextualização da conduta na sua própria época, e nela, por comparação, com condutas diferentes" (José Antonio Giusti Tavares, in "Totalitarismo Tardio - o caso do PT").

"Os historiadores e os cientistas sociais devem cumprir pelo menos dois requisitos básicos da epistemologia e da ética das ciências humanas: (1) evitar tanto quanto possível qualquer restrição ou seleção dos fatos brutos e, (2) ao apresentá-los, distinguir sempre, tanto quanto possível, entre fatos e interpretações" (José Antonio Giusti Tavares, op. cit.).

“O marxista pretende que a civilização atinja o nível alcançado pelas formigas, cuja organização é total, pacificamente aceita, sem questionamentos, e imposta pela maioria da comunidade” (Richard Chutterbuck, in “Guerrilheiros e Terroristas”, pg. 24 e 25).

“O proprietário da Fazenda Amoni... está convencido de que a invasão de sua propriedade foi uma operação de guerrilha, no mesmo estilo adotado pelo governo de Cuba em vários países da América Latina. Ele acusou políticos e sindicalistas do PCB, PCdoB e do PT e citou nominalmente o presidente do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, de terem doutrinado agricultores sem terra com ensinamentos recebidos em cursos que são ministrados em Havana” (Jornal Zero Hora – 07.01.1985).

“Marx se julga um Deus Ateu autonomeado” (Poeta Heinrich Heine).

"O comunismo é o regime da força bruta e da violência planificada" (Padre Antônio Feitosa).

"O comunismo não tem moral" (Padre Antônio Feitosa).

"A desejada igualdade não pode existir na sociedade como não existe na natureza" (Jean-Paul Marat).

"Meu povo está subjugado na mais negra miséria. Torturam-se pessoas e um quinto da população fugiu por razões políticas. O povo cubano vive esperando o abraço solidário dos mandatários ibero-americanos. Estes, porém, o negam às vítimas e o oferecem ao carrasco" (Armando Valladares, poeta que passou 22 anos nas masmorras cubanas).

"Em meio a tantos sofrimentos, e quando via serem levados ao "paredón" de fuzilamento tantos de meus companheiros de cárcere, que morriam bradando "Viva Cristo Rei", compreendi, como numa súbita revelação, que Cristo não era para ser invocado apenas para pedir que não me matassem, mas também para dar à minha vida, e inclusive à minha morte, se isto acontecesse no cárcere, um sentido que as dignificasse" (Armando Valladares).

Bibliografia consultada:

1. ALVES, Márcio Moreira. O Despertar da Revolução Brasileira. Seara Nova, Lisboa, 1974.
2. AMADO, Jorge. Navegação de Cabotagem. Círculo do Livro, São Paulo, 1992.
3. ARON, Raymond. O Ópio dos Intelectuais. Editora Universidade de Brasília, DF, 1980 (Tradução de Yvonne Jean).
4. AUGUSTO, Agnaldo Del Nero. A Grande Mentira. Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 2001.
5. BARRETTO, Nelson Ramos. Reforma Agrária – O Mito e a Realidade (2ª edição). Artpress, São Paulo, 2003.
6. CARVALHO, Olavo de. O Jardim das Aflições (2ª edição, revista). Realizações, São Paulo, 2000.
7. COURTOIS, Stéphane; WERTH, Nicolas; PANNÉE, Jean-Louis; PACZKOWSKI, Andrzej; BARTOSEK, Karel; e MARGOLIN, Jean-Louis. O livro negro do comunismo - Crimes, terror e repressão. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 1999 (917 pág.).
8. CUMERLATO, Corinne; ROUSSEAU, Denis. A Ilha do doutor Castro – a transição confiscada. Editora Peixoto Neto, São Paulo, 2001 (Tradução de Paulo Neves).
9. GIORDANI, Marco Pollo. Brasil Sempre! Tchê! Editora Ltda, Porto Alegre, RS, 1986.
10. GORBACHEV, Mikhail. Perestroika – Novas idéais para o meu país e o mundo. Editora Best Seller, São Paulo, 1988 (Tradução de J. Alexandre).
11. GUTIERREZ, Pedro Juan. Trilogia Suja de Havana. Companhia das Letras, São Paulo, 1999 (Tradução de José Rubens Siqueira).
12. HUNTINGTON, Samuel P. A Terceira Onda – a democratização no final do Século XX. Editora Ática, São Paulo, 1994 (Tradução de Sergio Goes de Paula).
13. HUNTINGTON, Samuel P. O Choque de Civilizações e a Recomposição da Ordem Mundial. Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1998 (Tradução de M. H. C. Côrtes).
14. HUTTON, J. Bernard. Os Subversivos – A primeira revelação mundial do plano comunista de conquista do mundo ocidental. Biblioteca do Exército Editora, co-edição com Editora Artenova S.A., Rio de Janeiro, 1975 (Tradução de Luiz Corção).
15. JOHNSON, Paul. Tempos Modernos - O mundo dos anos 20 aos 80. Biblioteca do Exército Editora e Instituto Liberal, Rio de Janeiro, 1994 (Tradução de Gilda de Brito Mac-Dowell e Sérgio Maranhão da Matta).
16. Libro Blanco del Cambio del Gobierno en Chile. 11 de septiembre de 1973. Impreso y Editado por Editorial Lord Cochrane, S.A., Santiago, Chile.
17. LIMA, Alceu Amoroso. Adeus à Disponibilidade e outros Adeuses. Livraria AGIR Editora, Rio de Janeiro, 1969.
18. MAIER, Félix. Egito – uma viagem ao berço de nossa civilização. Thesaurus, Brasília, 1995.
19. PENNA, José Osvaldo de Meira. Política Externa - Segurança e Desenvolvimento. AGIR, Rio de Janeiro,1967.
20. PERRAULT, Gilles (org.). O Livro Negro do Capitalismo. Editora Record, SãoPaulo, 2000.
21. PONTES, Ipojuca. Politicamente Corretíssimos. Topbooks, Rio de Janeiro, 2003.
22. REVEL, Jean-François. A Obsessão Antiamericana – causas e inconseqüencias. UniverCidade, Rio de Janeiro, 2003.
23. ROTHBERG, Abraham. Os Herdeiros de Stalin – a dissidência e o regime soviético 1953-1970. Edições “O Cruzeiro”, Rio de Janeiro, 1975 (Tradução de Edilson Alkmim Cunha).
24. TAVARES, José Giusti (org.); SCHÜLLER, Fernando; BRUM, Ronaldo Moreira; ROHDEN, Valerio. Totalitarismo Tardio – o caso do PT. Editora Mercado Aberto Ltda, 2ª Edição, Porto Alegre, RS, 2000.
25. USTRA, Carlos Alberto Brilhante. Rompendo o Silêncio. Editerra Editorial Ltda, Brasília, 1987.
26. VALADARES, Armando. Contra toda a Esperança. Editora Intermundo, São Paulo, 3ª Edição.
27. VOLKOFF, Vladimir. Pequena História da Desinformação – do Cavalo de Tróia à Internet. Editora Vila do Príncipe Ltda., Curitiba, 2004.
28. WAACK, William. Os Camaradas. Nos arquivos de Moscou. A história secreta da Revolução de 1935. Companhia das Letras, São Paulo, 1993.



Redes Sociais

Continue Acessando

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...