Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Novena a Santa Teresinha do Menino Jesus. 1º Dia.

(Para as grandes necessidades)1


Segundo Santa Teresinha, não são precisas muitas e compridas orações, mas devemos rezar com infantil simplicidade e filial confiança. Reza, pois, nove dias consecutivos, a seguinte oração:


Ó Santa Teresinha, alegria do Coração de Jesus, filhinha predileta de Nossa Senhora do Carmo, modelo dos cristãos, caridosa intercessora dos aflitos e atribulados, mais uma vez recorro a vossa proteção, relembrando as vossas consoladoras palavras: “Quero passar o meu Céu empenhada em fazer o bem na terra” e “Depois da minha morte farei cair uma chuva de rosas”. Vinde, pois, em meu socorro, obtende-me de Jesus e Maria a graça de … (dizer o que deseja). Vós, que já atendestes a tantos aflitos, ó caridosa Carmelita, atendei-me também a mim. Ó grande Taumaturga dos nossos dias, mostrai-me o amável poder de vossa intercessão perante Deus. Prometo ser-vos agradecido por toda a vida, e o meu melhor agradecimento pela obtenção da suspirada graça consistirá no esforço que hei de fazer para tornar-me semelhante a vós no amor de Deus e do próximo, na abnegação e confiança, de modo que venha a ser um motivo de alegria para Deus e para os homens. Ó Santa Teresinha, ouvi-me! Ó Santa Teresinha, atendei-me! Amém.


Rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria.


Sagrado Coração de Jesus, eu confio em Vós!

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!


(Reza também nos 9 dias a Ladainha e as orações da Missa em honra de Santa Teresinha. Oferece, porém, principalmente, à Santinha, um ato de abnegação. Combate a aversão contra alguém, se a tiveres, ou faz algum bem àquele que julgas ser contra ti ou ter-te prejudicado em alguma coisa. Oferece nos 9 dias a Santa Comunhão com a intenção de obteres a graça que desejas, e, se a obtiveres, sê reconhecido, oferecendo uma Santa Missa e Comunhão em ação de graças)



Lição de Santa Teresinha

para o 1º Dia.


Eu entendi que, na escala da santidade, há muitos graus; entendi também que todas as almas são completamente livres em corresponderem aos convites de Nosso Senhor, e que até é dada à alma a liberdade de escolha se quer fazer e sofrer muito ou pouco por seu amor; em uma palavra, ela pode escolher à vontade os sacrifícios que quiser, para oferecê-los ao Senhor. Quando compreendi bem isto, exclamei entusiasmada, como outrora nos dias da minha infância: “Meu Deus e meu Senhor, eu escolho tudo: não quero simplesmente aspirar à santidade, mas trabalhar seriamente na minha santificação; não me amedronta ter que sofrer, porque sofrerei tudo por Vosso amor. Só temo uma coisa – ter que governar a minha vontade. Tomai posse dela, Senhor, pois eu escolho tudo que Vós quiserdes”.



Pensamento de Santa Teresinha

Certo é que o Batismo deposita nas almas um gérmen muito profundo das virtudes teologais, uma vez que já se manifestam desde a infância, e que a esperança dos bens futuros é quanto basta para a aceitação dos sacrifícios…

Vendo de perto essas almas inocentes, compreendi a desgraça de não as formar devidamente desde o despertar da razão, enquanto ainda se assemelham à cera mole, na qual é possível moldar o selo, tanto da virtude como da maldade… compreendi o que disse Jesus no Evangelho: “Melhor seria ser lançado ao mar, do que escandalizar um só destes pequeninos”.2 Oh! Quantas almas chegariam à santidade se fossem bem dirigidas!3

Não foi na oração que os Santos Paulo, Agostinho, João da Cruz, Tomás de Aquino, Francisco, Domingos e tantos outros ilustres Amigos de Deus hauriram a ciência divina, que arrebata os maiores gênios? Disse um sábio: “Dai-me uma alavanca, um ponto de apoio, que levantarei o mundo de seus eixos”. O que Arquimedes não pode conseguir, porque a solicitação não se dirigia a Deus e se colocava num ponto de vista material, obtiveram-no os Santos em toda a sua plenitude. Como ponto de apoio deu-lhes o Todo-poderoso a Si mesmo e só a Si mesmo; como alavanca: a oração, que incandesce com o fogo do amor; e foi dessa maneira que soergueram o mundo. Assim, é que os Santos ainda militantes o soerguem e os Santos vindouros o soerguerão, e até o fim do mundo.4



Ladainha de Santa Teresinha

(para uso privado)


Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.


Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.


Pai do Céu, que sois Deus, tende piedade de nós.

Filho Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.

Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.

Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.


Santa Maria, rogai por nós.

Santa Mãe de Deus, rogai por nós.

Santa Virgem das virgens, rogai por nós.


Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, rogai por nós.

Santa Teresinha, esposa predileta do Altíssimo, rogai por nós.

Santa Teresinha, modelo dos neo-comungantes, rogai por nós.

Santa Teresinha, amante da oração, rogai por nós.

Santa Teresinha, humilde adoradora do Santíssimo Sacramento, rogai por nós.

Santa Teresinha, grande veneradora do Sagrado Coração de Jesus, rogai por nós.

Santa Teresinha, dedicada Filha de Maria, rogai por nós.

Santa Teresinha, lírio de pureza, rogai por nós.

Santa Teresinha, rosa de amor, rogai por nós.

Santa Teresinha, violeta de humildade, rogai por nós.

Santa Teresinha, modelo de obediência, rogai por nós.

Santa Teresinha, mestra da santa pobreza, rogai por nós.

Santa Teresinha, abominadora das coisas da terra, rogai por nós.

Santa Teresinha, mestra da fidelidade nas coisas pequenas, rogai por nós.

Santa Teresinha, heroína da mortificação, rogai por nós.

Santa Teresinha, vítima pelos Sacerdotes, rogai por nós.

Santa Teresinha, padroeira dos Missionários e das Missões, rogai por nós.

Santa Teresinha, mártir do amor de Deus, rogai por nós.

Santa Teresinha, modelo de todos os cristãos, rogai por nós.

Santa Teresinha, ornamento da Ordem Carmelitana, rogai por nós.

Santa Teresinha, seráfica filha de Santa Teresa, rogai por nós.

Santa Teresinha, guia das almas pequenas, rogai por nós.

Santa Teresinha, milagrosa intercessora diante do trono de Deus, rogai por nós.

Santa Teresinha, refúgio dos necessitados e dos que sofrem, rogai por nós.


Sede-nos propício, perdoai-nos, Senhor.

Sede-nos propício, ouvi-nos, Senhor.


De todo o mal, livrai-nos, Senhor.

De todo o pecado, livrai-nos, Senhor.

Da cegueira do entendimento, livrai-nos, Senhor.

Da corrupção do coração, livrai-nos, Senhor.

Do amor do mundo, livrai-nos, Senhor.

Do desprezo das graças e inspirações, livrai-nos, Senhor.

Do desejo de sermos honrados e amados, livrai-nos, Senhor.

Do receio de sermos humilhados, esquecidos e desprezados, livrai-nos, Senhor.

Do horror à cruz e da covardia no serviço de Deus, livrai-nos, Senhor.

De tudo que for obstáculo à nossa perfeita união convosco, livrai-nos, Senhor.

Da morte infeliz, livrai-nos, Senhor.

Da eterna condenação, livrai-nos, Senhor.

De todos os inimigos visíveis e invisíveis, livrai-nos, Senhor.

Pelos merecimentos e intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus, livrai-nos, Senhor.


Nós, pecadores, Vos pedimos, ouvi-nos, Senhor.

Que nos ensineis o caminho da infância espiritual, nós Vos pedimos, ouvi-nos, Senhor.

Que aumente sempre nossa confiança em Jesus, nós Vos pedimos, ouvi-nos, Senhor.

Que a ensanguentada Face do Salvador se grave cada vez mais em nossas almas, nós Vos pedimos, ouvi-nos, Senhor.

Que tenhamos horror a todos os pecados, ainda que nos pareçam pequenos ou insignificantes, nós Vos pedimos, ouvi-nos, Senhor.

Que nos deis força e coragem nas tentações, nós Vos pedimos, ouvi-nos, Senhor.

Que perseveremos na fidelidade nas coisas pequenas, nós Vos pedimos, ouvi-nos, Senhor.

Que sejamos fortes e incansáveis em nos sacrificarmos pelo Vosso amor, nós Vos pedimos, ouvi-nos, Senhor.

Que nos queirais dar muitos Sacerdotes santos e zelosos Missionários, nós Vos pedimos, ouvi-nos, Senhor.

Que Vos digneis proteger seus trabalhos com a Vossa poderosa graça, e que por meio deles salveis inúmeras almas, nós Vos pedimos, ouvi-nos, Senhor.

Que Vos digneis unir, santificar e governar todas as dignidades da Igreja e todos os povos da terra, nós Vos pedimos, ouvi-nos, Senhor.

Que todos se tornem dignos da chuva de rosas prometida por Santa Teresinha, nós Vos pedimos, ouvi-nos, Senhor.


Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.


Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.

(Rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria).


Rogai por nós, Santa Teresinha do Menino Jesus.

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.


Oremos


Ó Senhor, que dissestes: “Se não vos tornardes como as crianças, não entrareis no reino dos Céus”, permiti, nós Vo-lo suplicamos, que imitemos de tal maneira a humildade e simplicidade de Vossa serva Santa Teresinha, que mereçamos a recompensa eterna. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.


_____________________

1.  Santa Teresinha do Menino Jesus, Vida e Culto de Santa Teresinha por um Padre Franciscano, Parte II, pp. 138-140 (73-74, 132-138). Amparo/SP, 1938.

2.  Mat. 18, 6.

3.  Manuscritos Autobiográficos A, 52. (À Madre Inês)

4.  Manuscritos Autobiográficos C, 36 v. (À Madre Maria de Gonzaga)


A EUCARISTIA – BOSSUET. 2


2ª Meditação


Jesus é a nossa Páscoa, isto é,

a Vítima imolada e comida na Santa Mesa.

Tenhamos fome dessa celestial comida.


O Filho de Deus, querendo estabelecer a nova Páscoa pela instituição da Eucaristia, começou-a por estas palavras: “Desejei com grande desejo comer esta páscoa convosco, antes de sofrer”; o que foi seguido da instituição da Eucaristia; e esta instituição, e esse grande desejo que Ele nos testemunha nesse lugar, de fazer conosco essa páscoa antes de sofrer, faz parte do amor imenso com que Jesus, “que sempre amara os seus, os amou, como diz São João, até o fim”.

Portanto, para lhe entrar nos desígnios e em disposições convenientes às Suas, lembremo-nos de que a Páscoa, a Santa Vítima donde devia sair o Sangue do livramento, devia, com muitas outras vítimas da antiga Aliança, não só ser imolada, mas ainda comida, e de que Jesus Cristo quis dar a Si esse caráter de vítima dando-nos a comer, a perpetuidade, aquele mesmo Corpo que devia ser uma só vez oferecido por nós na morte; é por isto, que Ele dizia: Desejei com ardor comer convosco esta páscoa antes de morrer. Não era a páscoa legal, que ia findar, que Jesus Cristo desejava com tanto ardor comer com seus Discípulos: celebrara-a Ele muitas vezes e a comera com eles; a outra páscoa era aqui objeto do Seu desejo. E é por isto que, quando Ele diz: Desejei com ardor comer convosco esta páscoa, a páscoa da nova Aliança, é a mesma coisa que se Ele dissesse: Desejei ser eu mesmo a vossa páscoa, ser o cordeiro imolado por vós, a vítima do vosso livramento; e, pela mesma razão por que desejei ser uma vítima verdadeiramente imolada, desejei também ser uma vítima verdadeiramente comida, o que Ele cumpriu por estas palavras: “Tomai, comei: isto é meu corpo dado por vós”; é a páscoa donde deve sair o Sangue do vosso livramento. Saireis do Egito, e serei livres, logo depois que este Sangue tiver sido derramado por vós; nada mais vos restará senão comerdes, a exemplo do antigo povo, a vítima donde ele saiu. É o que efetuareis na Eucaristia que Eu vos deixo ao morrer, para ser eternamente celebrada depois da Minha morte.

Comer as carnes do cordeiro pascoal era para os Israelitas um penhor sagrado de haver ele sido imolado por eles. A manducação da vítima era uma maneira de participar desta; e era desse modo que se participava dos sacrifícios pacíficos, ou de ação de graças, como é assinalado na lei. São Paulo diz também que “os Israelitas que comiam a vítima, por essa forma eram tornados participantes do altar e do sacrifício, e se uniam mesmo a Deus, a quem ele era oferecido; do mesmo modo os que comiam as vítimas oferecidas aos Demônios, entravam em sociedade com estes”. Portanto, se Jesus é a nossa Vítima e se é a nossa páscoa, deve ter estes dois caracteres: um de ser imolado por nós na Cruz, outro de ser comido na Santa Mesa como a Vítima da nossa salvação. E era o que Ele desejava, com tanto ardor, cumprir com Seus Discípulos. Ambos esses caracteres deviam ser igualmente realizados na Sua Pessoa. Como Ele devia ser imolado no próprio Corpo e na própria substância, cumpria que fosse comido assim também: Tomai, comei; isto é meu Corpo entregue por vós; tão verdadeiramente comido quão verdadeiramente é entregue; tão presente na mesa onde O comem, como na Cruz onde O entregam à morte, onde Ele se oferece esgotado de Sangue por amor de vós.

Entremos, pois, como diz São Paulo, nas mesmas disposições em que esteve o Senhor Jesus. Se Ele desejou com tanto ardor celebrar essa Páscoa conosco, tenhamos o mesmo desejo de fazer a páscoa com Ele. Essa Páscoa é a Comunhão; Jesus tem fome por nós dessa carne celeste; deseja ser comido, e, por este meio, ser em todo ponto a nossa Vítima. Tenhamos o mesmo ardor de participar do Seu Sacrifício, comendo esse divino Corpo imolado por nós. Se Ele é a nossa Vítima, sejamos a Dele. “Ofereçamos os nossos corpos, como diz São Paulo, assim como uma hóstia viva, santa e agradável. Mortifiquemos os nossos maus desejos: extingamos em nós toda impureza, toda avareza, todo orgulho”; humilhemo-nos com Aquele que, “sentindo-se igual a Deus, não deixou de aniquilar-se a Si próprio, fazendo-se obediente até à morte, e morte de Cruz”. Tomemos sentimentos de morte: “Se somos de Jesus Cristo, se O comemos, crucifiquemos a nossa carne com seus vícios e cobiças”. É esta a nossa Páscoa; a nossa Páscoa é estarmos unidos com Ele para passarmos desta vida a outra melhor, dos sentidos ao espírito, do mundo a Deus. É à custa disto que poderemos tornar-nos dignos de comer com Jesus Cristo a Páscoa que Ele tanto desejou, e de nos alimentarmos da Carne do Seu Sacrifício.


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Fonte: Jacques-Bénigne Bossuet, Bispo de Meaux, “Meditações sobre o Evangelho” – Opúsculo Eucaristia”, Cap. II, pp. 15-18. Coleção Boa Imprensa, Livraria Boa Imprensa, Rio de Janeiro/RJ, 1942.


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