Respostas
dos
Erros
Modernos
“A
glossolalia, portanto, é uma oração, não um meio de
comunicação...; é um Dom de oração, útil para a
intercessão; é um Dom pessoal e comunitário de oração,
que se seguiu imediatamente ao derramamento do Espírito Santo
em Pentecostes (At. 2, 1-4)” (Emmir
Nogueira – Comunidade Católica Shalom/Ce, “Estudos
Bíblicos – Enchei-vos: Seminário de Vida no Espírito”;
R. Pe. Robert DeGrandis, S.S.J., “The Gift of Tongues”;
Secretaria Paulo Apóstolo – RCC, “Carismas”, Liv. 3, da
Coleção “Paulo Apóstolo”; RR. PP. Diego Jaramillo
Cuartas, Emiliano Tardif e José Prado Flores, “O Dom das
Línguas”, da Coleção “O Novo Pentecostes”, Liv. IV; ed.
Loyola, 3ª ed., 1979).
► “...
é o Espírito Santo orando em nós... essa forma de oração é um
dom de falar em línguas... a oração em línguas é infalível...
é o dom dos nenéns...
é um dom de oração... é uma conversa com Deus” (R.
Pe. Jonas Abib, “Aspirai aos Dons Espirituais”, Cap. V, PP.
54,56,57,64,67; 7ª Edição, janeiro de 2004).
► “Às
vezes, ficamos isolados de tudo e de todos, e é exatamente nesta
hora que se faz mais necessária a
oração em línguas estranhas,
porque, orando assim, ficamos mais reanimados, pois, há uma
evidência real de que não estamos sós, mas alguém vive dentro em
nós” (Pr. Edir Macedo, “O Espírito Santo”, Coleção
“Reino de Deus”, p. 109, 4ª ed.).
►
“Quando, em
oração, não
encontramos palavras para nos exprimir, o Espírito, em
língua desconhecida,
toma a nossa necessidade e a alça a Deus” (Pr. Gordon Lindsay,
“Vida com Jesus”, p. 155, da Coleção “Reino de Deus”).
Respostas
dos
Ensinamentos
Tradicionais
da
Igreja
Católica
“Eis
os Milagres
que acompanharão os que crerem: ...
falarão novas línguas...” (S.
Marc. 16, 17; Bíblia Sagrada, traduzida da Vulgata e anotada pelo
Pe. Matos Soares, 9ª edição, Paulinas, 1955 ).
► “...
E foram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a
falar em várias línguas,
conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem...” (At.
2, 1-13).
► “Dou
graças ao meu Deus, porque falo
as línguas que todos vós falais.
Mas, eu antes quero dizer
na igreja cinco
palavras, de modo a
ser compreendido para instruir também os outros, do que dez
mil palavras em língua estranha...
Assim também vós, se, falando
uma língua, não fizerdes um discurso bem inteligível,
como se entenderá o que dizeis? Falareis ao vento. Há, com
efeito, tantos gêneros de línguas neste mundo e todas tem a sua
expressão. Se eu, pois, não entender o que significam as
palavras serei bárbaro para aquele a quem falo; e o que fala será
um bárbaro para mim.
Assim também vós, visto que sois desejosos de Dons
espirituais, procurai abundar (neles) para edificação da Igreja. E,
por isso, o que fala
uma língua
desconhecida, peça o Dom de a interpretar... Porque a um é dada
pelo Espírito... a variedades de línguas; a outro a
interpretação das palavras” (I
Cor. 12, 8. 10; 14, 9-13. 18-19).
► “Na
Lei está escrito: ‘Por outras línguas (idiomas)
e por outros lábios falarei a este povo; e nem ainda assim Me
ouvirão’(Is.
28, 11-12), diz
o Senhor” (I
Cor. 14, 21).
► “é
um sinal para os incrédulos” (S.
Ambrósio, “Sobre os Sacramentos”, Liv. II).
► É
“o Dom de falar as
línguas de todos” (S.
Leão Magno, “Sermão LXXXII – no Natalício dos
Apóstolos S. Pedro e S. Paulo”).
► É
o “sinal soberano e
soberanamente necessário: (para
falar) as
línguas de todos os povos...” (S.
Agostinho, “A Cidade de Deus contra os Pagãos”, Part. II,
Liv. XVIII, Cap. XLIX).
► É
“a Graça da
Palavra” para instruir sobre as Verdades da Fé “a muitos
povos...” (S.
Tomás de Aquino, “Suma Contra os Gentios”, Vol. II, Liv.
III, Cap. CLIV, N. 3261).
► “É
o Dom de orar em línguas estranhas com certo sentimento de
exaltação; segundo
os Teólogos, é o Dom de falar várias línguas” (Adolfo
Tanquerey, “Compêndio de Teologia Ascética e Mística”,
Liv. III, Cap. III, Art. I, N. 1515).
► “É
o Dom sobrenatural de falar várias línguas” (R.
Pe. Gabriel Roschini, O.S.M., “Instruções Marianas”,
Instr. XVII).
► É
o Dom do Espírito Santo para
“falar muitas línguas que antes desconheciam” (S.
João Bosco, “História Sagrada”, 7ª Época, Cap. XI).
► É
o auxílio da Graça Divina para “falar
diversas línguas”
que antes se ignoravam, e para se “ensinar
as Verdades do Evangelho” (S.
João Bosco, “História Eclesiástica”, 1ª Época, Cap.
III).
► É
o Dom miraculoso que faz “brotar
pelas línguas os pregões das grandezas de Deus” (Ven.
Pe. Manuel Bernardes, Orat., “Luz e Calor”, Part. II, Medit.
XXXI, Pont. III).
► É
“um sinal do Fogo
Divino”; e por este
Milagre fala-se “a
todos os homens..., e são de todos milagrosamente
compreendidos” (Dr.
João Alzog, “História Universal da Igreja”, Tom. I,
1º Período, Part. I, Cap. II, Art. XLIII).
► É
“a capacidade de
falarem as várias línguas”
de diferentes nações (R. Pe. Pedro Cerruti, S.J.,
“Síntese da Teologia Católica”, Tom. II, Part. II, Cap. III,
Art. VI, Tese XVI, nº. 365. a. 1).
► É
a capacidade sobrenatural concedida pelo Divino Espírito Santo para
“pregar em
diferentes línguas...” (RR.
PP. Pablo Arce e Ricardo Sada, Opus Dei, “Curso de Teologia
Dogmática”, Part. XIV, Cap. III, Art. I).
► É
um “Milagre do
Espírito Santo” (D.
Vicente M. Zioni, “Novo Testamento”, com Comentário do
R. Pe. Fr. E. Tintori, O.F.M., cfr. I Cor. 12, 1 – ver nota).
► “É
um Carisma extraordinário... uma Graça especial, um Dom gratuito,
um benefício... uma Graça do Espírito Santo... uma
maravilhosa riqueza de Graça para a vitalidade apostólica
e para a santidade de todo o Corpo de Cristo, mas desde que se trate
de Dom que provenha verdadeiramente do Espírito Santo e que
seja exercido de maneira plenamente conforme aos impulsos
autênticos deste mesmo Espírito, isto é, segundo a Caridade,
verdadeira medida dos Carismas” (Catecismo
da Igreja Católica, nn. 799-800, 2003).
E
por último, Sua Santidade o Papa Bento XVI, gloriosamente reinante,
assim ensina: "... As imagens que São Lucas utiliza para
indicar a irrupção do Espírito Santo −
o vento e o fogo −
recordam o Sinai, onde Deus havia se revelado ao povo de Israel
e havia concedido Sua Aliança (cf. Êxodos 19, 3ss). A festa do
Sinai, que Israel celebrava 50 dias depois da Páscoa, era a festa do
Pacto. Ao falar das
línguas de fogo (cf.
Atos 2, 3), São
Lucas quer representar Pentecostes como um novo Sinai, como a
Festa do novo Pacto, no qual a Aliança com Israel se estende a
todos os Povos da terra. A Igreja é Católica e Missionária
desde o seu nascimento. A universalidade da salvação se manifesta
com a lista das numerosas etnias às quais pertence quem escuta
o primeiro anúncio dos Apóstolos
(cf. Atos 2, 9-11).
O
Povo de Deus, que havia encontrado no Sinai sua primeira
configuração, amplia-se hoje até superar toda fronteira de raça,
cultura, espaço e tempo. De
forma diferente de como aconteceu com a Torre de Babel,
quando os homens que queriam construir com suas mãos um caminho para
o Céu haviam terminado destruindo sua própria capacidade de
compreender-se reciprocamente, o
Pentecostes do Espírito, com o Dom das Línguas, mostra que sua
presença une e transforma a confusão em comunhão.
O orgulho e o egoísmo do homem sempre criam divisões, levantam
muros de indiferença, de ódio e de violência. O
Espírito Santo, pelo contrário, faz que os corações sejam capazes
de compreender as línguas de todos, pois restabelece a ponte da
autêntica comunicação entre a Terra e o Céu. O Espírito Santo é
o Amor..." ("Homilia
da Missa de Pentecostes", no Domingo, 4 de Junho de 2006,
na Praça de São Pedro, no Vaticano; cfr. Zenit, Agência de
Informação, cód. ZP06060410 −
www.zenit.org).
─
Depois de tudo o que já foi
visto, conclui-se que não. A
Glossolalia não pode ser uma oração.
Vejamos o por quê:
Não.
Porque assim ensinou São Pedro Apóstolo: “Homens
irmãos, vós sabeis que desde os primeiros dias, Deus ordenou
entre Nós, que
da minha boca ouvissem os Pagãos a Palavra do Evangelho e
cressem (nela)” (At.
15, 7).
Ora,
São Pedro era um simples pescador, que provavelmente falava um
dialeto, ou uma variação do hebraico (cfr. S. Mat. 26, 73); como
então, o Santo Apóstolo ensinou às várias nações que
representadas estavam no dia de Pentecostes: ‘...
(todos) os ouvimos falar (e
não rezar),
nas nossas línguas, das maravilhas (dos feitos) de Deus...’(At.
2, 1-41). Não foi com
a oração, mas sim, com a pregação da Palavra de Deus
capacitada pelo Dom das Línguas.
Não.
Porque o Doutor Angélico assim ensinou sobre o Dom das Línguas:
“Aquilo que o homem
conhece só pode ser transmitido a outro pela palavra. Por isso, como
os que recebem a Revelação de Deus segundo a Ordem por
Ele estabelecida, devem instruir os outros; foi necessário que
a eles fosse dada também a Graça da Palavra, segundo a exigência
da utilidade dos que estavam se instruindo. Donde ter Isaías
dito: ‘O
Senhor me deu a Palavra sábia, para que eu saiba sustentar pela
palavra os que caem’ (50,
4). E o Senhor
disse aos Discípulos: ‘Dar-Vos-ei
a Palavra e a Sabedoria às quais todos os vossos
adversários não poderão contradizer ou resistir’ (S.
Luc. 21, 15). E
também por este motivo, quando foi necessário que poucos homens
pregassem a Verdade da Fé a muitos povos, alguns foram divinamente
instruídos para ‘falarem
várias línguas’,
como está dito: ‘Todos
foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar várias línguas,
segundo o Espírito Santo lhes dava’
(At. 2, 4)” (S.
Tomás de Aquino, “Suma Contra os Gentios”, Vol. II, Liv. III,
Cap. CLIV, nº. 3261).
E
para vergonha dos carismáticos cito o parecer dos Batistas:
“As
línguas são idiomas que Deus concede aos homens falarem para que
outros que não nos entendem possam conhecer o evangelho, como se deu
em Pentecostes... Vale acentuar que as línguas mencionadas nas
Escrituras são sempre idiomas. O dom de línguas em Corinto que
muitos tomam como exemplo para sua prática hoje constituía um
abuso do verdadeiro dom de falar idiomas não aprendidos
intelectualmente” (Revista
de Jovens e Adultos da Convenção Batista Fluminense,
“Palavra & Vida”, Lição 10, p. 65, Janeiro-Fevereiro-Março
de 2005).
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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas", no link "Meus Documentos - Lista de Livros".