Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Qual é a utilidade do Dom das Línguas?



Respostas dos Erros Modernos


"Profecia, como todos os Dons espirituais, exceto línguas, é para o bem comum... Mas o Dom de louvar em línguas ajuda somente aquele que reza... É um instru­mento útil para a intercessão por outras pessoas, pedindo a ação do Espírito Santo, para que Ele as cure, li­berte, conven­ça da ver­dade... é tão importante para o crescimento na vida de oração, no lou­vor, na aber­tura aos outros Dons! ... opera em nosso espírito preparando-nos para co­nhecer a Vontade de Deus e suas Graças para nós... por este Dom o próprio Es­pírito inter­cede por nós ao Pai... deve ser utilizado em sua oração pessoal como ‘porta de entrada’ e abertura de nosso coração para os outros Dons, (e também) porque edifica a Comunidade... a principal finalidade de orar em línguas é louvar a Deus... é o plano Divino, revelado nas Escri­turas (Ef. 6, 18)... re­voluciona sua vida de ora­ção (I Cor. 14, 4-5)... é, em si, um Dom de ora­ção contemplativa... (é) impor­tante para a oração de cura interior... (é útil) para todos aque­les que dese­jam viver uma vida em comunhão com Deus... o Espírito através do Dom das Lín­guas vem em nosso auxílio corri­gindo toda esta imperfeição, que existe em nós pelo nosso pecado, vem nos capa­citar a orar... nos faz rezar como o homem bíbli­co reza e que Deus apro­va, e não como o ho­mem humano, como o homem carnal reza, somente com as palavras, mas o coração está lon­ge de Deus... nos coloca submisso e unido a Deus... faz que não vacilemos, não nos aparte­mos de Deus... é um Dom que edifica o homem interior... A oração em línguas é um instru­mento maravilhoso que tem a capacidade de penetrar até onde o homem e a ci­ência não são capazes” (Emmir No­gueira, ob. cit.; R. Pe. Robert De­Grandis, ob. cit.; Secre­taria Paulo Apóstolo, ob. cit.; RR. PP. Die­go Jaramillo, Emiliano Tardif e José Pra­do Flores, ob. cit., pp. 113 ss).

► “... a oração em línguas nos humilha... Na oração em línguas, o Se­nhor nos humi­lha e nos diz: ‘Ponha-se de lado, porque agora eu vou agir. Não me atra­palhe mais’. E o Se­nhor en­tra em ação por meio do Espírito... É por meio da ora­ção em línguas que nos aproxima­mos de Deus... esse dom é para aqueles que estão por baixo, que não sabem orar e por isso precisam do auxílio do Espírito. É o dom dos iniciantes, daqueles que começam vida no Espíri­to... o Se­nhor nos dá o dom de línguas para crescermos fortes e robustos na vida do Espírito... Deus nos deu a chave para abrir o mundo sobrenatural através do dom das línguas... Quando ora­mos e cantamos em línguas, promovemos uma maravilhosa união en­tre a terra e o céu, en­tramos na Comunhão dos Santos... abre caminho para to­dos os outros dons... prepara-nos es­pecialmente para o dom da Profecia... Quan­do oramos e cantamos em línguas, quando intercede­mos, entramos no trono da graça do Rei Jesus. O Espírito Santo nos faz participar das deci­sões pesso­ais, das decisões da nossa família, nas decisões da Igreja, nas decisões do mundo” (R. Pe. Jonas Abib, ob. cit., pp. 57-60, 64-66, 69).

► “Ora, as variedades de línguas que o Espírito Santo nos concede é em função da pró­pria edifi­cação de cada um, conforme está escrito: ‘O que fala em outra língua a si mesmo se edifica’ (I Cor. 14, 4). Então, a variedade de lín­guas no sentido particular, ou seja, quando é fa­lada apenas com Deus, tem a fi­nalidade da própria edificação, e isto é muito importante, pois, quantas vezes somos carentes de uma edificação pela qual passamos a enfrentar as lu­tas com maior força e co­ragem...” (Pr. Edir Macedo, ob. cit., pp. 108-110).

► “O falar em línguas, longe de ser coisa insignificante, é experiência glorio­sa que sa­tisfaz, edifi­ca e enriquece o crente através de toda a sua vida... Eis aqui algo que o homem de fora não compreen­de. Ouve alguém falar em línguas e não pode ver nisso bênção alguma. Não é, porém, de surpreender, pois o Apósto­lo Paulo declara que o falar em outras línguas não tem por objetivo a edificação do ouvinte... O fato é que falar em outra língua, exceto em casos especiais, não se destina a edificar o que ouve. É exercício espiritual destinado a edifi­car ao que fa­la... É experiência sobrenatural de que nunca se esquecerá” (Pr. Gordon Lindsay, ob. cit., pp. 150,153-154).


Respostas dos Ensinamentos Tradicionais da Igreja Católica

► “Cada um, segundo o dom que recebeu, comunique-o aos outros, como bons dispensei­ros da multiforme graça de Deus... para que em todas as coisas seja Deus honrado por Jesus Cris­to, a quem pertence a glória e o império pelos séculos dos séculos. Amém” (1ª S. Ped. 4, 10-11).

► “(é concedido) não para (a) vantagem pessoal, mas por causa do bem co­mum (cfr. Núm. 22, 1-35; 24, 15-17), para a edificação da Igreja. O Dom de curar, por exemplo, é concedido por atenção ao enfermo, não por causa de quem o possui” (Catecis­mo Ro­mano, Part. I, Cap. X, Art. 25).

► “Esse Dom sobrenatural, como o demonstra São Tomás (Sum. Teol., III, Q. 111. a. 4), é utilíssimo ao pregador da Fé, para pregar a Palavra de Deus com maior eficá­cia” (R. Pe. Gabriel Roschini, ob. cit.).

► “O Espírito Santo não concede esta Graça extraordinária, senão para a salva­ção das al­mas e proveito da Igreja” (R. Pe. Francisco Spirago, ob. cit., Part. I, 8º Art. do Símbolo, Cap. II,3).

► “Essa Graça não lhes foi dada (aos Apóstolos) para utilidade própria, mas para a salva­ção do mundo” (Ven. Pe. Luís du Pont, S.J., “A ação do Espíri­to Santo”).

► “Os gemidos da desgraça provocaram constantemente os Dons sobrenatu­rais” (“Obras Oratoriais do R. Pe. Mestre Fr. Francisco do Monte Alver­ne”, Tom. II, Cap. LII).

► “Todos estes Dons especiais são outorgados pelo Espírito San­to para a edifi­cação do Reino de Deus, para a solidificação da Fé, para acen­der o amor – em todos os homens” (R. Pe. Al­fred Barth, “Enciclopédia Catequé­tica”, Vol. I, Part. I, Liç. XXXIX).

► “Existindo para o bem da Igreja e não da pessoa (portadora)... O Dom das Lín­guas pro­paga a Fé” (D. Vicente M. Zioni, ob. cit., Coment. do R. Pe. Fr. E. Tintori, O.F.M.).

► “É dado... para a edificação da Igreja, e a conversão dos infiéis” (D. Antônio Afon­so de Mi­randa, Bispo de Taubaté, “O que é preciso saber sobre a Renovação Carismáti­ca”).

► “Se ordena à Graça santificante e tem como meta o bem comum da Igreja. Acha-se à serviço da Caridade, que edifica a Igreja... É uma Graça do Espírito que, direta ou in­diretamente, tem uma utilidade eclesial, ordena­do que é à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às neces­sidades do mun­do” (Catecismo da Igreja Católica, nn. 799-800).

► “Quando ‘a verdadeira Fé corre perigo’, Deus socorre a Igreja com Graças extraordiná­rias; elas não devem ser utilizadas senão em vista do bem comum (I Cor. 14, 12)” (R. Pe. Francisco Spirago, ob. cit.).

► “As Graças gratuitamente dadas, são dadas principalmente para a utilidade dos outros” (Adolfo Tanquerey, ob. cit., nº. 1514).

O objeto de todas as Graças gratis datae “é manifestar ao mundo a Ver­dade Di­vina”, “ha­bilitar a quem exerce junto ao próximo, o ministério do apostolado” (R. Pe. To­mas Pègue, O.P., “A Suma Teológica de São Tomás em forma de Catecismo, para uso de to­dos os fiéis”, Part. III, Cap. IV).

São Tomás de Aquino definindo a Graça Santificante e a Gracia Gratis Dada, assim ensina: “Como dice el Apóstol, 'las cosas que son de Dios son ordenadas' (Rom. 13, 1). Mas el orden de ellas consiste en que unas se orienten a Dios mediante otras, como dice Dionísio (in “Cael. Hier.”, C. 4 & 3: MG 3, 181). Ordenándose, pues, la gracia a que el hombre se encamine a Dios, se realiza esto con cierto orden, de modo que uno se encamina a Dios por medio de otros. Según esto, la gracia es doble: una, aquella mediante la cual el hombre se une a Dios, y se llama Gracia Santificante; la otra, aquella por la cual un hombre coopera para que otro se encamine a Dios; este don se llama Gracia Gratis Dada, porque se concede al hombre por encima de las facultades naturales y del mérito personal; pero, como no se da para que el hombre se justifique por ella, sino para que coopere a la justificación de otro, por eso no se llama Gracia Santificante. De ella dice el Apóstol: 'A cada uno se le otorga la manifestación del Espíritu para utilidad' (I Cor. 12, 7), es decir, de los otros” (“Suma Teológica”, 1-2 q. 111 a. 1; BAC).

Em outro lugar: “Como hemos dicho, la Gracia Gratis Dada se ordena a que el hombre coopere con otro para que éste se encamine a Dios” (São Tomás de Aquino, ob. cit., 1-2 q 111 a. 4).

Ainda: “Pero la Graça Santificante se ordena solamente al bien de un hombre; la Gracia Gratis Dada, al bien común de toda la Iglesia, como hemos dicho” (São Tomás de Aquino, Ob. cit., 1-2 q. 111 a. 5).

Outro: “Cada virtud es tanto más excelente cuanto a mayor bien se ordena; siempre el fin es mejor que las cosas que están ordenadas a ese fin. Ahora bien, la Gracia Santificante ordena al hombre inmediatamente a la unión con el último fin, mientras que las Gracias Gratis Dada le ordenan a algunas cosas que preparan para esse fin, como por la profecia y los milagros y otras cosas semejantes son inducidos los hombres a unirse con el fin último” (São Tomás de Aquino, ob. cit., 1-2 q. 111 a. 5).

► “Pero por la Gracia Gratis Dada no puede el hombre causar en otro la unión con Dios, que él mismo tiene por la Gracia Santificante, sino que causa algunas disposiciones para dicha unión” (São Tomás de Aquino, ob. cit., 1-2 q. 111 a. 5).

A igreja Batista ensina a Renovação Carismática:

Os dons tem uma finalidade: o proveito comum. 'Quaisquer que sejam os dons que o Espírito tem conferido, ou as diversas maneiras com que se manifestem, tudo tem sido dado para o proveito comum da igreja. Deus não concede dons a nenhuma pessoa para seu benefício único, para seu exclusivo proveito'. Há diversidade de dons, mas eles todos têm o mesmo objetivo: a edificação da igreja como corpo de Jesus Cristo” (ob. cit., P. 64).

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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".

O que é o Dom das Línguas?



Respostas dos Erros Modernos

“A glossolalia, portanto, é uma oração, não um meio de comunic­ação...; é um Dom de oração, útil para a interces­são; é um Dom pessoal e comuni­tário de oração, que se seguiu imedia­tamente ao derramamento do Espírito Santo em Pentecostes (At. 2, 1-4)” (Em­mir Noguei­ra – Comuni­dade Católica Shalom/Ce, “Estudos Bíbli­cos – Enchei-vos: Se­minário de Vida no Espírito”; R. Pe. Robert DeGrandis, S.S.J., “The Gift of Ton­gues”; Secreta­ria Paulo Apóstolo – RCC, “Carismas”, Liv. 3, da Cole­ção “Paulo Apóstolo”; RR. PP. Diego Ja­ramillo Cuar­tas, Emiliano Tardif e José Prado Flores, “O Dom das Línguas”, da Coleção “O Novo Pentecos­tes”, Liv. IV; ed. Loyola, 3ª ed., 1979).

► “... é o Espírito Santo orando em nós... essa forma de oração é um dom de falar em línguas... a oração em línguas é infalível... é o dom dos nenéns... é um dom de oração... é uma conversa com Deus” (R. Pe. Jonas Abib, “Aspirai aos Dons Espirituais”, Cap. V, PP. 54,56,57,64,67; 7ª Edição, janeiro de 2004).

► “Às vezes, ficamos isolados de tudo e de todos, e é exatamente nes­ta hora que se faz mais necessária a oração em línguas estranhas, porque, orando assim, ficamos mais reani­mados, pois, há uma evidência real de que não estamos sós, mas alguém vive dentro em nós” (Pr. Edir Macedo, “O Espí­rito San­to”, Cole­ção “Reino de Deus”, p. 109, 4ª ed.).

► “Quando, em oração, não encontramos palavras para nos exprimir, o Es­pírito, em lín­gua desconhecida, toma a nossa necessidade e a alça a Deus” (Pr. Gordon Lindsay, “Vida com Jesus”, p. 155, da Coleção “Reino de Deus”).


Respostas dos Ensinamentos Tradicionais da Igreja Católica

“Eis os Milagres que acompanharão os que crerem: ... falarão no­vas línguas...” (S. Marc. 16, 17; Bíblia Sagrada, traduzida da Vulgata e anotada pelo Pe. Matos Soares, 9ª edi­ção, Paulinas, 1955 ).

► “... E foram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em vári­as lín­guas, confor­me o Espírito Santo lhes concedia que falassem...” (At. 2, 1-13).

► “Dou graças ao meu Deus, porque falo as línguas que todos vós fa­lais. Mas, eu an­tes quero dizer na igreja cinco palavras, de modo a ser compre­endido para instruir também os outros, do que dez mil palavras em língua estra­nha... Assim também vós, se, falando uma lín­gua, não fizerdes um dis­curso bem in­teligível, como se entenderá o que dizeis? Fala­reis ao vento. Há, com efeito, tantos gêneros de línguas neste mundo e todas tem a sua ex­pressão. Se eu, pois, não entender o que significam as palavras serei bárbaro para aquele a quem falo; e o que fala será um bárbaro para mim. Assim também vós, visto que sois dese­josos de Dons espirituais, procurai abundar (neles) para edificação da Igreja. E, por isso, o que fala uma língua desconhecida, peça o Dom de a interpretar... Porque a um é dada pelo Es­pírito... a variedades de línguas; a outro a interpretação das palavras” (I Cor. 12, 8. 10; 14, 9-13. 18-19).

► “Na Lei está escrito: ‘Por outras línguas (idiomas) e por outros lábios falarei a este povo; e nem ainda assim Me ouvirão’(Is. 28, 11-12), diz o Se­nhor” (I Cor. 14, 21).

► “é um sinal para os incrédulos” (S. Ambrósio, “Sobre os Sacra­mentos”, Liv. II).

É “o Dom de falar as línguas de todos” (S. Leão Magno, “Sermão LXX­XII – no Na­talício dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo”).

É o “sinal soberano e soberanamente necessário: (para falar) as lín­guas de to­dos os povos...” (S. Agostinho, “A Cidade de Deus contra os Pa­gãos”, Part. II, Liv. XVIII, Cap. XLIX).

É “a Graça da Palavra” para instruir sobre as Verdades da Fé “a mui­tos po­vos...” (S. To­más de Aquino, “Suma Contra os Gentios”, Vol. II, Liv. III, Cap. CLIV, N. 3261).

► “É o Dom de orar em línguas estranhas com certo sentimento de exalta­ção; segun­do os Teó­logos, é o Dom de falar várias línguas” (Adolfo Tanque­rey, “Compêndio de Teolo­gia Ascética e Mística”, Liv. III, Cap. III, Art. I, N. 1515).

► “É o Dom sobrenatural de falar várias línguas” (R. Pe. Gabriel Roschi­ni, O.S.M., “Instru­ções Marianas”, Instr. XVII).

É o Dom do Espírito Santo para “falar muitas línguas que antes desconheci­am” (S. João Bosco, “História Sagrada”, 7ª Época, Cap. XI).

É o auxílio da Graça Divina para “falar diversas línguas” que antes se ignora­vam, e para se “ensinar as Verdades do Evangelho” (S. João Bosco, “História Eclesiástica”, 1ª Épo­ca, Cap. III).

É o Dom miraculoso que faz “brotar pelas línguas os pregões das grandezas de Deus” (Ven. Pe. Manuel Bernardes, Orat., “Luz e Calor”, Part. II, Medit. XXXI, Pont. III).

É “um sinal do Fogo Divino”; e por este Milagre fala-se “a todos os ho­mens..., e são de todos milagrosamente compreendidos” (Dr. João Al­zog, “História Universal da Igre­ja”, Tom. I, 1º Perío­do, Part. I, Cap. II, Art. XLIII).

É “a capacidade de falarem as várias línguas” de diferentes na­ções (R. Pe. Pe­dro Cerruti, S.J., “Síntese da Teologia Católica”, Tom. II, Part. II, Cap. III, Art. VI, Tese XVI, nº. 365. a. 1).

É a capacidade sobrenatural concedida pelo Divino Espírito Santo para “pregar em diferen­tes línguas...” (RR. PP. Pablo Arce e Ricardo Sada, Opus Dei, “Curso de Teologia Dog­mática”, Part. XIV, Cap. III, Art. I).

É um “Milagre do Espírito Santo” (D. Vicente M. Zioni, “Novo Testa­mento”, com Co­mentário do R. Pe. Fr. E. Tintori, O.F.M., cfr. I Cor. 12, 1 – ver nota).

► “É um Carisma extraordinário... uma Graça especial, um Dom gratui­to, um be­nefício... uma Graça do Espírito Santo... uma maravilhosa ri­queza de Graça para a vitalida­de apostólica e para a santidade de todo o Corpo de Cristo, mas desde que se trate de Dom que provenha verda­deiramente do Espírito Santo e que seja exercido de ma­neira plenamente conforme aos impulsos autênticos deste mesmo Espírito, isto é, se­gundo a Cari­dade, verdadeira medida dos Carismas” (Catecismo da Igreja Católica, nn. 799-800, 2003).

E por último, Sua Santidade o Papa Bento XVI, gloriosamente reinante, assim ensina: "... As ima­gens que São Lucas utiliza para indicar a irrupção do Espírito Santo o vento e o fogo recordam o Si­nai, onde Deus havia se revelado ao povo de Israel e havia concedido Sua Aliança (cf. Êxodos 19, 3ss). A festa do Sinai, que Israel celebrava 50 dias depois da Páscoa, era a festa do Pacto. Ao falar das línguas de fogo (cf. Atos 2, 3), São Lucas quer representar Pentecos­tes como um novo Sinai, como a Festa do novo Pacto, no qual a Aliança com Israel se es­tende a todos os Povos da terra. A Igreja é Cató­lica e Missionária desde o seu nascimento. A universalidade da salvação se manifesta com a lista das numerosas etnias às quais per­tence quem escuta o primeiro anúncio dos Apóstolos (cf. Atos 2, 9-11).

O Povo de Deus, que havia encontrado no Sinai sua primeira configuração, amplia-se hoje até superar toda fronteira de raça, cultura, espaço e tempo. De forma diferente de como aconteceu com a Torre de Babel, quando os homens que queriam construir com suas mãos um caminho para o Céu havi­am terminado destruindo sua própria capacidade de compreender-se reciprocamente, o Pentecostes do Espírito, com o Dom das Línguas, mostra que sua pre­sença une e transforma a confusão em co­munhão. O orgulho e o egoísmo do homem sempre criam divisões, levantam muros de indiferença, de ódio e de violência. O Espírito Santo, pelo contrário, faz que os corações sejam capazes de compre­ender as línguas de todos, pois restabelece a ponte da autêntica comunicação entre a Terra e o Céu. O Espírito Santo é o Amor..." ("Homilia da Missa de Pen­tecostes", no Domingo, 4 de Junho de 2006, na Praça de São Pedro, no Vaticano; cfr. Zenit, Agência de Informação, cód. ZP06060410 www.­zenit.org).

Depois de tudo o que já foi visto, conclui-se que não. A Glossolalia não pode ser uma ora­ção. Vejamos o por quê:

Não. Porque assim ensinou São Pedro Apóstolo: “Homens irmãos, vós sabeis que desde os pri­meiros dias, Deus ordenou entre Nós, que da minha boca ouvissem os Pagãos a Pala­vra do Evange­lho e cressem (nela)” (At. 15, 7).

Ora, São Pedro era um simples pescador, que provavelmente falava um dialeto, ou uma variação do hebraico (cfr. S. Mat. 26, 73); como então, o Santo Apóstolo ensinou às vári­as na­ções que representa­das estavam no dia de Pente­costes: ‘... (todos) os ouvimos falar (e não re­zar), nas nossas línguas, das maravi­lhas (dos feitos) de Deus...’(At. 2, 1-41). Não foi com a ora­ção, mas sim, com a pregação da Palavra de Deus capacitada pelo Dom das Línguas.

Não. Porque o Doutor Angélico assim ensinou sobre o Dom das Lín­guas: “Aquilo que o homem conhece só pode ser transmitido a outro pela palavra. Por isso, como os que rece­bem a Revelação de Deus segundo a Or­dem por Ele estabelecida, devem instruir os ou­tros; foi necessário que a eles fosse dada também a Graça da Palavra, segundo a exigên­cia da utilida­de dos que estavam se instruindo. Donde ter Isaías dito: ‘O Senhor me deu a Palavra sá­bia, para que eu saiba sustentar pela palavra os que caem’ (50, 4). E o Senhor disse aos Discípulos: ‘Dar-Vos-ei a Palavra e a Sabe­doria às quais to­dos os vossos adver­sários não poderão contradizer ou resistir’ (S. Luc. 21, 15). E também por este motivo, quando foi necessário que poucos homens pregassem a Verdade da Fé a muitos povos, alguns foram divina­mente ins­truídos para ‘falarem várias línguas’, como está dito: ‘Todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar várias línguas, segun­do o Es­pírito Santo lhes dava’ (At. 2, 4)” (S. Tomás de Aquino, “Suma Contra os Gentios”, Vol. II, Liv. III, Cap. CLIV, nº. 3261).

E para vergonha dos carismáticos cito o parecer dos Batistas:

As línguas são idiomas que Deus concede aos homens falarem para que outros que não nos entendem possam conhecer o evangelho, como se deu em Pentecostes... Vale acentuar que as línguas mencionadas nas Escri­turas são sempre idiomas. O dom de línguas em Corinto que mui­tos tomam como exemplo para sua prática hoje constituía um abuso do ver­dadeiro dom de fa­lar idiomas não aprendidos intelectualmente” (Revista de Jovens e Adul­tos da Convenção Batista Flu­minense, “Palavra & Vida”, Lição 10, p. 65, Ja­neiro-Fevereiro-Março de 2005).

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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas", no link "Meus Documentos - Lista de Livros".

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