BLOG CATÓLICO PARA OS CATÓLICOS.

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sexta-feira, 13 de junho de 2025

A IMPORTÂNCIA E A NECESSIDADE DA FILOSOFIA TOMISTA.


A razão não goza de uma liberdade desenfreada para admitir o que melhor lhe pareça. Não é uma faculdade livre, mas necessária. Não tem autodeterminação: deve obedecer ao real, sujeitar-se à verdade que a ela se impõe por si mesma”. De maneira geral, pois, não pode o homem escolher esta ou aquela filosofia. Há de admitir aquela que se conformar com a realidade, aquela que justificar, com argumentos certos, as suas conclusões. A inteligência foi feita para o real, e é obedecendo ao real que se enobrece e aperfeiçoa, que descansa na verdade.

Depois, em questões teológicas, na conceituação dos dados revelados, não tem o homem terminologias e ideias apropriadas que correspondam com precisão à realidade transcendente. Não. É em termos humanos, em conceitos humanos que se filtram os Mistérios Divinos. Conceitos e termos fornece-os a filosofia. Importa, portanto, muito à teologia qual filosofia admitir-se. Conforme a filosofia, conforme a interpretação que se der à realidade, assim se formarão os conceitos que vão acolher as verdades reveladas. Vem aqui a propósito a observação de Billot, no seu tratado do Verbo Encarnado, ao comentar a 3ª Parte da Suma Teológica (6ª edição, Roma, 1922, págs. 55-56):

Não é indiferente ao fiel o sistema filosófico em que se traduz em conceitos a realidade das coisas, sob pretexto de que a filosofia, por isso que de ordem natural, goza de autonomia diante da teologia. De fato. Os Mistérios da Revelação são expressões analógicas, mas verdadeiramente, em linguagem humana, de maneira que a filosofia está para a teologia, como o léxico1 de que nos auxiliamos para externar nosso pensamento. Se o léxico é bom, se dá às palavras o significado próprio, podemos alimentar esperança de sermos entendidos”. E exemplifica: “Se lês uma homilia ou tratado no qual ocorre falar-se de Padres e Diáconos, e não sabes que seja “Diácono”, recorres a um léxico, no qual encontras: Diácono, espécie de Padre. Este léxico não será útil para bem entender o tratado, na parte referente aos Diáconos e sua relação com os Padres.

Assim acontece com a filosofia, o léxico humano que nos auxiliará a entender os Mistérios Divinos, uma vez que é em termos humanos que se manifesta aos homens a Sabedoria Eterna. Se não for reto e objetivo, o sistema filosófico só concorre para germinar erros e depravar dogmas.

Pode a razão humana por si mesma, utilizando seu vigor natural, e as leis essenciais de sua ação, ajuizar se é ou não objetiva uma filosofia. Não obstante, a quantos enganos não está sujeita esta nossa pobre e orgulhosa razão natural!?! Além disso, quantos estudos, e quanto engenho não pedem, por vezes, as sutis roupagens que envolvem os sistemas falsos, para serem rasgados e manifestarem o vício que encobrem? Tanto mais que a reduzida capacidade de uma inteligência finita traz consigo a tentação do desassossego de quem aspira ao infinito.

Por tudo isso, dotou sabiamente Jesus Cristo à sua Igreja de Infalibilidade em tudo que concerne à conservação e explanação da Verdade Revelada. Têm assim os homens um Guia seguro nas questões mais fundamentais de sua vida: a verdade religiosa. É em função desta missão divina, que a Igreja, não somente pode, mas deve apontar ao Gênero Humano os sistemas filosóficos errôneos, por isso que conduzem a uma incompreensão inexata e falsa da Revelação; bem como pode e deve indicar a orientação que devem os fiéis tomar em questões de filosofia para entenderem bem o legado doutrinário que a Munificência Divina se dignou outorga-lhes.

Eis em que se fundamenta a preferência da Igreja pela Filosofia Tomista. Ela foi proclamada meio indispensável para a vitoriosa defesa da Verdade Revelada contra os ataques da heresia”. (Leão XIII, Carta Encíclica “Aeterni Patris”).


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Fonte: Cônego Antônio de Castro Mayer, Revista Eclesiástica Brasileira, Vol. 7, Fasc. 4, p. 809, dezembro de 1947.

1  Dicionário.


domingo, 8 de junho de 2025

SÚPLICA AO DIVINO ESPÍRITO SANTO.

 

(Santa Mectildes)


V. Dulcíssimo Espírito Santo, Fonte verdadeira de todas as graças, que na primeira Festa de Pentecostes purificastes os corações dos Apóstolos no fogo do vosso amor: purificai também os nossos corações e transformai-os em vossos santos templos.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis!

V. Benigníssimo Espírito Santo, que no dia de Pentecostes restabelecestes a vossa imagem nos corações dos Apóstolos, suplicantes Vos rogamos que, pelo fogo do vosso amor, queirais afastar os nossos corações de tudo o que é mundano, para que, convertidos a Deus, a Ele sejamos unidos. Amém.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis!

V. Amantíssimo Espírito Santo, que no dia de Pentecostes acendestes nos corações dos Apóstolos, o fogo do vosso amor e, de tímidos e fracos, os transformastes em fortes, corajosos e heroicos, prontos para sofrer os maiores ultrajes e a própria morte pelo nome de Jesus: fortificai também, Vos pedimos, os nossos corações no vosso amor, para que sejam constantes e firmes no combate contra o mal, e com paciência e resignação aceitemos as tribulações que vosso amor nos queira mandar.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis!

V. Benigníssimo Espírito Santo, que no dia de Pentecostes tão abundantemente enchestes os corações dos Apóstolos com o vinho do amor divino, que eles, inebriados de amor, esquecidos de si, não almejaram outra honra, senão a de trabalhar pela honra e glória de Deus: inebriai, assim Vos pedimos, também, as nossas almas com o vinho do vosso amor, para que doravante, não procuremos outra glória e honra senão a vossa em todas as coisas.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis!

V. Esplendorosíssimo Espírito Santo, que no dia de Pentecostes enchestes os corações dos Apóstolos de consolações e doçuras celestiais tão abundantes, que consolação humana e prazer mundano se lhes tornaram indiferentes, enchei, assim Vos pedimos, também, os nossos corações desta doçura celestial, para que, conhecendo as vossas consolações, desprezemos as alegrias e consolações do mundo. Amém.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis!

V. Mansíssimo Espírito Santo, que no dia de Pentecostes preparastes os corações dos Apóstolos, inspirando-lhes tão ardente zelo pelas coisas divinas, que os fez desprezar todos os perigos e a própria morte, acendei, assim Vos pedimos, também em nossos corações, o fogo de um grande e ardente amor das coisas divinas, para que, como os Apóstolos, outro desejo não tenhamos, senão o de pertencer a Deus e poder morrer por seu amor. Amém.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor!

V. Beatíssimo Espírito Santo, que no dia de Pentecostes adornastes os corações dos Apóstolos com os sete dons, tornando-os assim, a delícia de Deus e dos Anjos, adornai e enriquecei com os mesmos dons também as nossas almas, tão maculadas e desfiguradas pelo pecado, para que, como as dos Apóstolos, se tornem agradáveis aos olhos de Deus. Amém.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor!


sábado, 7 de junho de 2025

HUMILDE SÚPLICA AO DIVINO ESPÍRITO SANTO.

(Santo Afonso Maria de Ligório)


Ó Espírito Santo, Divino Paráclito, Pai dos Pobres, Consolador dos Aflitos, Santificador das Almas, eis-me aqui prostrado na vossa presença; adoro-Vos com a mais profunda submissão, e repito mil vezes com os Serafins que estão diante do vosso trono: “Santo! Santo! Santo!” Creio firmemente que sois eterno, da mesma substância do Pai e do Filho. Espero que, pela vossa bondade, santificareis e salvareis a minha alma. Amo-Vos, ó Deus de amor; amo-Vos mais do que todas as coisas, com todos os meus afetos, porque sois a Bondade infinita, única digna de todo o meu amor. Insensível às vossas santas inspirações, quantas vezes, ai! tive a ingratidão de Vos ofender: peço-Vos mil vezes perdão e pesa-me sumamente de Vos ter desagradado, ó Bem Supremo! Ofereço-Vos o meu coração, frio como é, e Vos suplico que façais entrar nele um raio da vossa luz, uma centelha do vosso amor, para derreter o gelo tão duro das minhas iniquidades. Vós, que enchestes de imensas graças a Alma de Maria, e abrasastes com zelo santo os corações dos Apóstolos, dignai-Vos também de abrasar no vosso amor o meu coração. Vós sois um Espírito Divino, fortificai-me contra os maus espíritos; sois Fogo, acendei em mim o fogo do vosso amor; sois Luz, esclarecei-me fazendo que eu conheça as coisas eternas; sois uma Pomba, dai-me costumes puros; sois Sopro cheio de doçura, dissipai as tempestades que as paixões levantam em mim; sois uma Língua, ensinai-me a maneira de Vos louvar sem cessar; sois uma Nuvem, cobri-me com a sombra da vossa proteção. Enfim, sois o Autor de todos os Dons Celestes: ah! eu Vos conjuro, vivificai-me pela vossa graça; santificai-me pela vossa caridade, governai-me pela vossa sabedoria, adotai-me como filho pela vossa bondade, e salvai-me pela vossa infinita misericórdia, para que não cesse jamais de Vos bendizer, louvar e amar, primeiro na terra durante a minha vida, e depois no Céu por toda a eternidade. Assim seja.


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