Ó Maria Imaculada! Lírio deslumbrante de alvura, cujo perfume embalsama o Céu e a terra! Obra-prima da Santíssima Trindade, gloriosa Mãe de Jesus que, por mercê de seu amor, Vos tornastes a minha, permiti que eu me consagre a vossa imitação e ao vosso culto, com a maior perfeição possível.
Mãe da santa esperança, não recuseis, eu vo-lo suplico, nem a homenagem de meu coração, nem o peso de minhas misérias… Virgem Imaculada, quero sepultar todo meu ser no oceano de vossa pureza.
Eu vos abandono minha vida passada, a fim de imergir meus pecados sem número no abismo de vossas misericórdias: eu vos entrego minha vida presente, a fim de que a santifiqueis pela união aos merecimentos de meu Salvador e aos vossos; eu vos confio meu futuro, a fim de que me concedais a perseverança e a coroa imortal que a deve recompensar. Mas, Divina Rainha, não basta, porque quero me unir e prender tão intimamente a Vós, que façamos uma só alma. Que vossa pureza cure a minha corrupção, que vossa humildade aniquile o meu orgulho, que vosso amor destrua todas as afeições de meu coração, que vossa memória ocupe a minha, do pensamento de meu Deus; que vossa inteligência me esclareça para conhecê-lo, que vossa vontade domine a minha vontade rebelde e a submeta à vontade divina; que vossos sentidos dirijam o uso dos meus sentidos e os santifiquem, que vossa alma anime a minha, para fazê-la viver desta vida santa, pura, perfeita, que fez a vossa ser o paraíso de delícias da Santíssima Trindade.
Ó Mãe do belo amor! Vivei e reinai para sempre em mim, para fazer Jesus viver e reinar aí eternamente… Olhai-me como vosso domínio, usai de mim como de uma propriedade que Vos pertence; empregai-me sem reserva para a glória e honra de Deus.
Ó Maria Imaculada! Guardai sempre meu coração no vosso, a fim de que, depois de ter vivido em união convosco no amor de Jesus, eu Vos seja unida eternamente na sua glória. Assim seja.
Fonte: Manual das Filhas de Maria Imaculada, para uso das Associações dirigidas pelas Filhas da Caridade, Cap. “Conclusão”, pp. 434-435. 9ª Edição, A. Taffin-Lefort (impressor/editor), J. de Gigord (antiga Livraria Poussielgue), Paris, 1929.
Mãe da Divina Graça, rogai por nós, agora e na hora de nossa morte. Amém.
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