BLOG CATÓLICO PARA OS CATÓLICOS.

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

ATO DE DESAGRAVO AO SANTÍSSIMO E DIVINÍSSIMO SACRAMENTO.


Com o profundo respeito que a fé me inspira, ó meu Deus e meu Divino Salvador, Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, eu Vos adoro no Augustíssimo Sacramento do Altar. Amo-Vos de todo todo o meu coração, e Vos ofereço este amor em reparação de todas as irreverências, profanações e sacrilégios, que, por minha desgraça, tenho cometido, e também pelos que tem sido praticados por outros, e que desgraçadamente poderão sê-lo no futuro.

Eu Vos adoro, pois, ó meu Deus, não como Vós o mereceis, não como deveria fazê-lo, mas, ao menos, quanto posso. Gostaria de poder fazê-lo com a perfeição de que seriam capazes todas as criaturas racionais. Além disso, quero adorar-Vos presentemente e sempre, não só pelos católicos indiferentes, que não Vos amam nem Vos adoram, mas ainda por todos os hereges, cismáticos, judeus e idólatras, e com o fim de obter a sua conversão. Ah, sim, ó meu Jesus! Sede conhecido de todos os homens, adorado, amado e bendito a cada instante no Santíssimo e Diviníssimo Sacramento. Assim seja.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.


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Fonte: Meditações para a Oitava do Santíssimo Sacramento, por Santo Afonso Maria de Ligório, traduzido do francês pelo Pe. J. M., pp. 30-31. Livraria Catholica Portuense – Centro de Propaganda Religiosa em Portugal e Brasil. Porto. 1898.



SÃO JOSÉ MODELO DOS CRISTÃOS.


A Igreja, além de haver promovido o culto a São José por meio de festas e práticas de piedade, apresentou o Santo a todos os cristãos, qual modelo e protetor.

Em meio às mesmas tentações, perigos e misérias entre os quais vivemos agora no mundo, viveram também todos os Santos do Paraíso. Mas alcançaram vitória sobre todos os inimigos, venceram a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida; a Santa Madre Igreja no-los propõe como exemplos a imitar.

Todo Santo é modelo para os cristãos: mas nem todo Santo é modelo para todos os cristãos e sim, em particular, para certa categoria de pessoas. Sabemos que São Luís é nosso modelo, mas para a juventude, por se ter feito Santo desde jovem. Santa Zita é modelo, mas somente das empregadas, porque se tornou Santa servindo aos outros. Santa Luzia protege contra os males dos olhos; Santa Apolônia contra os males dos dentes, e assim, todos os outros Santos são nossos modelos e protetores, mas cada um para determinada classe de pessoas.

São José é proposto pela Igreja, não só como modelo de uma categoria de pessoas, mas como Modelo Universal, ou seja, modelo de todos as virtudes, para todos e em qualquer idade e condição.

Assim como existem retratos que, por efeito de um artifício usado pelo pintor ao formar a pupila dos olhos, fixam diretamente a todos quantos os contemplam, embora se achem defronte, à direita ou à esquerda; assim é São José no Paraíso. Todos, seja qual for o nosso estado, idade e condição, ao fixar o Santo, encontramos virtudes a imitar e exemplos a seguir. É o efeito da delicadíssima e elevadíssima missão que o Divino Artífice lhe conferiu neste mundo, e de sua perfeita correspondência aos favores recebidos.

Todos podem imitar São José. Os reis, os príncipes e os nobres, devem aprender com Ele, que foi de sangue real, a não se envaidecer de sua nobreza. Os que ocupam um lugar de honra na sociedade, devem aprender com Ele, humilíssimo na importante missão desempenhada na Encarnação do Filho de Deus. Por Ele se podem modelar os pobres, os perseguidos, os atribulados, porque com paciência e resignação suportou a pobreza, as perseguições e aflições.

A São José, podem seguir os artífices, porque se santificou na arte da carpintaria; os jovens, porque passou santamente a juventude; os esposos, porque viveu com a sua Esposa Maria como convivem os Anjos no Céu.

Nele, encontram modelo os pais, porque foi custódio fiel de Jesus e de Maria, chefe da Sagrada Família; os Sacerdotes, porque tantas vezes tocou com suas mãos o próprio Jesus sob a forma sensível, Aquele mesmo que tocam sob as aparências eucarísticas, ao desempenhar o Sagrado Ministério.

São José é modelo dos que vivem no mundo e dos que vivem nos Institutos Religiosos, porque, à vida ativa, que sempre exerceu, uniu o retiro, a prece, vivendo continuamente na presença de Deus e entretendo-se com Ele, tanto no trabalho quanto na oração. É portanto o modelo, o protetor de todos os cristãos.

Se a Igreja foi tão solícita em dar-nos São José por modelo e protetor, devemos corresponder a seus cuidados e procurar imitá-lo. Dele, aprendam os pais a educar e governar a própria família; os esposos a maneira de habitar e tratar em comum; os artífices o modo com que devem proceder no trabalho; e assim por diante, todos os outros, seja qual for a condição.

Recorramos à proteção de São José em todas as nossas necessidades espirituais e materiais. Ele, protetor universal, não deixará de providenciar. Se nos achamos doentes, tristes, perseguidos, pouco amantes do bem de nossa alma, vamos a São José e Ele estenderá sobre nós o manto de sua poderosa proteção e nos auxiliará.


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Fonte: Pe. Tarcísio M. Ravina, da Pia Sociedade de São Paulo, “São José – Na Vida de Jesus Cristo, na vida da Igreja, no Antigo Testamento, no Ensino dos Papas, na Devoção dos Fiéis, nas Manifestações Milagrosas”, 2ª Parte, Cap. “São José Modelo dos Cristãos”, pp. 123-125; Edições Paulinas, Recife, 1954.


sexta-feira, 13 de junho de 2025

A IMPORTÂNCIA E A NECESSIDADE DA FILOSOFIA TOMISTA.


A razão não goza de uma liberdade desenfreada para admitir o que melhor lhe pareça. Não é uma faculdade livre, mas necessária. Não tem autodeterminação: deve obedecer ao real, sujeitar-se à verdade que a ela se impõe por si mesma”. De maneira geral, pois, não pode o homem escolher esta ou aquela filosofia. Há de admitir aquela que se conformar com a realidade, aquela que justificar, com argumentos certos, as suas conclusões. A inteligência foi feita para o real, e é obedecendo ao real que se enobrece e aperfeiçoa, que descansa na verdade.

Depois, em questões teológicas, na conceituação dos dados revelados, não tem o homem terminologias e ideias apropriadas que correspondam com precisão à realidade transcendente. Não. É em termos humanos, em conceitos humanos que se filtram os Mistérios Divinos. Conceitos e termos fornece-os a filosofia. Importa, portanto, muito à teologia qual filosofia admitir-se. Conforme a filosofia, conforme a interpretação que se der à realidade, assim se formarão os conceitos que vão acolher as verdades reveladas. Vem aqui a propósito a observação de Billot, no seu tratado do Verbo Encarnado, ao comentar a 3ª Parte da Suma Teológica (6ª edição, Roma, 1922, págs. 55-56):

Não é indiferente ao fiel o sistema filosófico em que se traduz em conceitos a realidade das coisas, sob pretexto de que a filosofia, por isso que de ordem natural, goza de autonomia diante da teologia. De fato. Os Mistérios da Revelação são expressões analógicas, mas verdadeiramente, em linguagem humana, de maneira que a filosofia está para a teologia, como o léxico1 de que nos auxiliamos para externar nosso pensamento. Se o léxico é bom, se dá às palavras o significado próprio, podemos alimentar esperança de sermos entendidos”. E exemplifica: “Se lês uma homilia ou tratado no qual ocorre falar-se de Padres e Diáconos, e não sabes que seja “Diácono”, recorres a um léxico, no qual encontras: Diácono, espécie de Padre. Este léxico não será útil para bem entender o tratado, na parte referente aos Diáconos e sua relação com os Padres.

Assim acontece com a filosofia, o léxico humano que nos auxiliará a entender os Mistérios Divinos, uma vez que é em termos humanos que se manifesta aos homens a Sabedoria Eterna. Se não for reto e objetivo, o sistema filosófico só concorre para germinar erros e depravar dogmas.

Pode a razão humana por si mesma, utilizando seu vigor natural, e as leis essenciais de sua ação, ajuizar se é ou não objetiva uma filosofia. Não obstante, a quantos enganos não está sujeita esta nossa pobre e orgulhosa razão natural!?! Além disso, quantos estudos, e quanto engenho não pedem, por vezes, as sutis roupagens que envolvem os sistemas falsos, para serem rasgados e manifestarem o vício que encobrem? Tanto mais que a reduzida capacidade de uma inteligência finita traz consigo a tentação do desassossego de quem aspira ao infinito.

Por tudo isso, dotou sabiamente Jesus Cristo à sua Igreja de Infalibilidade em tudo que concerne à conservação e explanação da Verdade Revelada. Têm assim os homens um Guia seguro nas questões mais fundamentais de sua vida: a verdade religiosa. É em função desta missão divina, que a Igreja, não somente pode, mas deve apontar ao Gênero Humano os sistemas filosóficos errôneos, por isso que conduzem a uma incompreensão inexata e falsa da Revelação; bem como pode e deve indicar a orientação que devem os fiéis tomar em questões de filosofia para entenderem bem o legado doutrinário que a Munificência Divina se dignou outorga-lhes.

Eis em que se fundamenta a preferência da Igreja pela Filosofia Tomista. Ela foi proclamada meio indispensável para a vitoriosa defesa da Verdade Revelada contra os ataques da heresia”. (Leão XIII, Carta Encíclica “Aeterni Patris”).


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Fonte: Cônego Antônio de Castro Mayer, Revista Eclesiástica Brasileira, Vol. 7, Fasc. 4, p. 809, dezembro de 1947.

1  Dicionário.


domingo, 8 de junho de 2025

SÚPLICA AO DIVINO ESPÍRITO SANTO.

 

(Santa Mectildes)


V. Dulcíssimo Espírito Santo, Fonte verdadeira de todas as graças, que na primeira Festa de Pentecostes purificastes os corações dos Apóstolos no fogo do vosso amor: purificai também os nossos corações e transformai-os em vossos santos templos.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis!

V. Benigníssimo Espírito Santo, que no dia de Pentecostes restabelecestes a vossa imagem nos corações dos Apóstolos, suplicantes Vos rogamos que, pelo fogo do vosso amor, queirais afastar os nossos corações de tudo o que é mundano, para que, convertidos a Deus, a Ele sejamos unidos. Amém.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis!

V. Amantíssimo Espírito Santo, que no dia de Pentecostes acendestes nos corações dos Apóstolos, o fogo do vosso amor e, de tímidos e fracos, os transformastes em fortes, corajosos e heroicos, prontos para sofrer os maiores ultrajes e a própria morte pelo nome de Jesus: fortificai também, Vos pedimos, os nossos corações no vosso amor, para que sejam constantes e firmes no combate contra o mal, e com paciência e resignação aceitemos as tribulações que vosso amor nos queira mandar.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis!

V. Benigníssimo Espírito Santo, que no dia de Pentecostes tão abundantemente enchestes os corações dos Apóstolos com o vinho do amor divino, que eles, inebriados de amor, esquecidos de si, não almejaram outra honra, senão a de trabalhar pela honra e glória de Deus: inebriai, assim Vos pedimos, também, as nossas almas com o vinho do vosso amor, para que doravante, não procuremos outra glória e honra senão a vossa em todas as coisas.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis!

V. Esplendorosíssimo Espírito Santo, que no dia de Pentecostes enchestes os corações dos Apóstolos de consolações e doçuras celestiais tão abundantes, que consolação humana e prazer mundano se lhes tornaram indiferentes, enchei, assim Vos pedimos, também, os nossos corações desta doçura celestial, para que, conhecendo as vossas consolações, desprezemos as alegrias e consolações do mundo. Amém.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis!

V. Mansíssimo Espírito Santo, que no dia de Pentecostes preparastes os corações dos Apóstolos, inspirando-lhes tão ardente zelo pelas coisas divinas, que os fez desprezar todos os perigos e a própria morte, acendei, assim Vos pedimos, também em nossos corações, o fogo de um grande e ardente amor das coisas divinas, para que, como os Apóstolos, outro desejo não tenhamos, senão o de pertencer a Deus e poder morrer por seu amor. Amém.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor!

V. Beatíssimo Espírito Santo, que no dia de Pentecostes adornastes os corações dos Apóstolos com os sete dons, tornando-os assim, a delícia de Deus e dos Anjos, adornai e enriquecei com os mesmos dons também as nossas almas, tão maculadas e desfiguradas pelo pecado, para que, como as dos Apóstolos, se tornem agradáveis aos olhos de Deus. Amém.

R. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor!


sábado, 7 de junho de 2025

HUMILDE SÚPLICA AO DIVINO ESPÍRITO SANTO.

(Santo Afonso Maria de Ligório)


Ó Espírito Santo, Divino Paráclito, Pai dos Pobres, Consolador dos Aflitos, Santificador das Almas, eis-me aqui prostrado na vossa presença; adoro-Vos com a mais profunda submissão, e repito mil vezes com os Serafins que estão diante do vosso trono: “Santo! Santo! Santo!” Creio firmemente que sois eterno, da mesma substância do Pai e do Filho. Espero que, pela vossa bondade, santificareis e salvareis a minha alma. Amo-Vos, ó Deus de amor; amo-Vos mais do que todas as coisas, com todos os meus afetos, porque sois a Bondade infinita, única digna de todo o meu amor. Insensível às vossas santas inspirações, quantas vezes, ai! tive a ingratidão de Vos ofender: peço-Vos mil vezes perdão e pesa-me sumamente de Vos ter desagradado, ó Bem Supremo! Ofereço-Vos o meu coração, frio como é, e Vos suplico que façais entrar nele um raio da vossa luz, uma centelha do vosso amor, para derreter o gelo tão duro das minhas iniquidades. Vós, que enchestes de imensas graças a Alma de Maria, e abrasastes com zelo santo os corações dos Apóstolos, dignai-Vos também de abrasar no vosso amor o meu coração. Vós sois um Espírito Divino, fortificai-me contra os maus espíritos; sois Fogo, acendei em mim o fogo do vosso amor; sois Luz, esclarecei-me fazendo que eu conheça as coisas eternas; sois uma Pomba, dai-me costumes puros; sois Sopro cheio de doçura, dissipai as tempestades que as paixões levantam em mim; sois uma Língua, ensinai-me a maneira de Vos louvar sem cessar; sois uma Nuvem, cobri-me com a sombra da vossa proteção. Enfim, sois o Autor de todos os Dons Celestes: ah! eu Vos conjuro, vivificai-me pela vossa graça; santificai-me pela vossa caridade, governai-me pela vossa sabedoria, adotai-me como filho pela vossa bondade, e salvai-me pela vossa infinita misericórdia, para que não cesse jamais de Vos bendizer, louvar e amar, primeiro na terra durante a minha vida, e depois no Céu por toda a eternidade. Assim seja.


quinta-feira, 5 de junho de 2025

ORAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO. 3

(Santa Gertrudes Magna)


Vinde, ó Espírito divino! Vinde, ó Deus, que sois o amor! Enchei meu coração que, ai! está vazio de todo o bem. Abrasai-me, a fim de que Vos ame; esclarecei-me, para Vos conhecer; atraí-me, a fim de que encontre em Vós minhas delícias; fazei-me capaz de gozar de Vós.

Ó Deus, meu amor, todo doçura, e minha misericórdia, enviai do Céu vosso Espírito Santo, e por Ele criai em mim um novo coração e um novo espírito1.

Por vossa Unção2, ensinai-me todas as coisas; pois dentre mil, Vos escolhi3, e Vos amo acima de qualquer outro amor, acima do amor que tenho a mim mesmo. Alimentai em minha alma essa energia, esse brilho e essa beleza que o amor contém, e que atraem vossos olhares e vossa ternura; todo o meu único desejo está em Vós, com a sua maior veemência. Devo comparecer diante de Vós: adornai-me, pois, de uma maneira digna de Vós. Amém.


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1  Ez. 36, 26.

2  I Jo. 2, 27.

3  Cânt. 5, 10.


quarta-feira, 4 de junho de 2025

ORAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO. 2

 

(Santo Alberto Magno)


Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho! Por vossa incompreensível bondade, transportai para Vós a minha vontade e inflamai-a com o fogo inextinguível de vossa Caridade.

Senhor meu e Deus meu! Meu princípio e meu fim, Essência absolutamente simples, absolutamente amável! Ó Abismo de doçuras e delícias! Ó Luz amada, e sublime Felicidade de minha alma! Oceano de alegrias inexplicáveis! Plenitude perfeita de todo o bem, meu Deus e meu tudo, de que necessitarei ainda, quando Vos possuir?

Sois o meu Bem único e imutável. Nada procuro nem desejo, senão a Vós somente. Senhor, atraí-me para Vós!

Eu bato, Senhor: abri-me. Abri a um órfão que Vos implora. Escondei-me no abismo de vossa Divindade. Fazei-me um único espírito convosco, para que possa fruir, dentro de mim, as vossas delícias. Assim seja.


HINO: VENI, CREATOR SPÍRITUS.


Veni, Creator Spíritus,

mentes tuórum visita,

imple supérna grátia,

quae tu creásti péctora.

Qui díceris Paráclitus,

altíssimi donum Dei,

fons vivus, ignis, cáritas,

et spiritális únctio.

Tu septifórmis múnere,

dígitus paternae déxterae,

tu rite promíssum Patris,

sermóne ditans gúttura.

Accénde lumen sénsibus;

infunde amórem córdibus,

infírma nostri córporis

virtúte firmans pérpeti.

Hostem repéllas lóngius,

pacémque dones prótinus;

ductóre sic te praevio

vitemus omne noxium.


Per te sciámus da Patrem,

noscamus atque Filium;

teque utriúsque Spíritum

credamus omni témpore.

Deo Patri sit glória,

et Fillio, qui a mórtuis

surréxit, ac Paráclito,

in saeculórum saecula. Amem.


V/ Emítte Spíritum tuum, et creabúntur.

R/ Et renovábis fáciem terrae.

Deus qui corda fidélium Sancti Spíritus illustratióne docuísti: da nobis in eódem Spíritu recta sápere; et de ejus semper consolatióne gaudére. Per Christum dominum nostrum. Amen.


Em Português


Vinde, Espírito Criador,

visitai as almas dos Vossos,

enchei de graça celestial,

os corações que criastes.

Sois o Divino Consolador,

o dom do Deus Altíssimo,

fonte viva, o fogo, a caridade,

a unção dos espirituais.

Com os Vossos sete dons,

sois o dedo da direita de Deus,

Solene promessa do Pai,

Inspirando nossas palavras.

Acendei a luz nos sentidos;

insuflai o amor nos corações,

amparai na constante virtude

a nossa carne enfraquecida.

Afastai para longe o inimigo,

Trazei-nos prontamente a paz;

Assim guiados por Vós

Evitaremos todo o mal.


Por Vós explicar-se-á o Pai,

E conheceremos o Filho;

Dai-nos crer sempre em Vós

Espírito do Pai e do Filho.


Glória ao Pai, Senhor,

Ao Filho que ressuscitou

Assim como ao Consolador.

Por todos os séculos. Amém.


V/ Enviai, Senhor, o vosso espírito e tudo será criado.

R/ E renovareis a face da terra.


Ó Deus, que ilustrastes os corações dos fiéis com as luzes do Espírito Santo, dai-nos, pelo mesmo Espírito, procurar o que é reto, e nos alegrarmos sempre com a sua consolação. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.


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1Hino Veni Creator - MONTFORT


segunda-feira, 2 de junho de 2025

Ó ESPÍRITO SANTO. 2

 


(Santa Catarina de Sena)


Depois de ser instruída, durante um êxtase, por São João Evangelista e por São Tomás de Aquino, Santa Catarina aprende a escrever, e o seu primeiro escrito, concebido por uma graça infusa, foi esta oração ao Divino Espírito Santo:



Ó Espírito Santo, vinde ao meu coração;

Deus verdadeiro, atraí-me a Vós com o vosso poder,

concedei-me a Caridade junto com o Temor.


Preservai-me de todo pensamento mau,

aquecei-me e abrasai-me com o vosso amor,

a fim de que, todo fardo me pareça leve.


Meu Santo Pai e doce Senhor meu,

auxiliai-me em todas as minhas obras.

Cristo amor! Cristo amor!

Assim seja”.


ORAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO.

(Santa Margarida Maria Alacoque)


Mui caridoso Espírito Santo, ofereço-Vos minha vontade,

a fim de que, a inflameis e abraseis com vosso divino amor.


Ornai minha alma com os vossos sete dons

e tornai-me vosso templo de pureza.


Enchei-me de vossas graças e preparai-me o coração

para receber o meu Deus espiritualmente.


Desejo que o Fogo Sagrado nos consuma os corações

sem obstáculo e deles faça tronos dignos do Santo Amor.


Ó meu Jesus… uni de tal forma as minhas ações,

desejos, intenções, afetos e palavras aos vossos

e os animeis com vosso Espírito Santo para que

nada se faça em mim a não ser conforme

o movimento de vosso amor.


Peço ao Divino Espírito de amor… que só atuemos

por seus movimentos. Assim seja.1


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1  Coligida de: G. II, 799; C. 2; G. II, 975; C. 7.


domingo, 1 de junho de 2025

ORAÇÕES PELA SANTA IGREJA CATÓLICA.


Oração pelo nosso Santíssimo Padre, o Papa.


Oremos pelo nosso Santo Padre o Papa Leão XIV. – O Senhor o conserve e vivifique; faça-o feliz na terra, e não o abandone ao poder dos seus inimigos1. Amém. (Pai Nosso e Ave Maria)


Oração pela Santa Igreja


Senhor, Deus das virtudes, voltai para nós vossa benévola Face, e salvai-nos. Do mundo banistes a idolatria, e plantastes a Vinha da vossa Santa Igreja com tanto cuidado, que por todas as partes da terra foram abraçadas as verdades reveladas. Adorada se viu por toda parte a Cruz de Jesus Cristo; viu-se realizada a profecia que anunciava, que a verdadeira fé encheria um dia toda a terra. Mas sem seguida a heresia, essa besta feroz da floresta dos Infernos, veio destruir esta Vinha a ponto de reinar o erro atualmente em muitos países da Europa. E o que é ainda mais para deplorar, a fé, nos países que permaneceram fiéis, tornou-se hoje o objeto de perseguição por parte dos incrédulos. Ah! meu Deus, nós Vos conjuramos, voltai-Vos para nós, e considerai como a vossa Vinha está devastada. Olhai-A, visitai-A, e reparai os danos que os seus inimigos lhe causaram; a vossa Igreja, as vossas Escrituras, os vossos Mandamentos, as vossas máximas, numa palavra, todas as vossas santas verdades são por eles desprezadas e escarnecidas. Lembrai-Vos, ó Pai Eterno, que para Vos obedecer e cultivar esta Vinha segundo a vossa divina vontade, o vosso Filho Jesus fez-se Filho do homem; lembrai-Vos que em plantai-A consagrou os suores e fadigas da Sua vida toda. Nós Vos suplicamos então, pelo amor desse Filho muito amado, dignai-Vos de nos atender; dirigi e conservai a Santa Igreja, humilhai os seus inimigos; atendei-nos, Senhor2. Amém.


Oração a Maria pela Santa Igreja


Ó Rainha do Céu, Maria, o vosso imenso amor a Deus Vos leva a amar imensamente a sua Igreja. Ah! nós Vos suplicamos, vinde socorrê-lA, livrando-A dos males em que se acha atualmente abismada, combatida como é pelos seus próprios filhos. As vossas orações, por serem de Mãe, obtém tudo de Deus, que tão ternamente Vos ama. Rogai então, rogai pela Igreja: impetrai luzes para tantos incrédulos que A perseguem, e obtende para as almas fiéis a força necessária para não se deixarem enredar nas ciladas dos ímpios, que consigo os arrastariam para a eterna ruína3. Amém.


Oração Indulgenciada ao Espírito Santo

pela Santa Madre Igreja


Espírito Santo Criador, dignai-Vos de assistir toda a Igreja Católica; sustentai-A, fortificai-A pelo vosso celeste poder contra os assaltos dos seus inimigos. Renovai também, pelo vosso amor e graça, o espírito dos vossos servos, que receberam a vossa santa unção, para que em Vós glorifiquem o Pai e o seu Filho Único, Jesus Cristo Nosso Senhor. Assim seja.4


Oração pelas Ordens Religiosas


Senhor, fazei, para glória vossa, que todos os súditos dos vossos Institutos Religiosos sejam inteiramente vossos, de sorte que, até o dia do juízo, tenham a felicidade de Vos agradar em todas as coisas e Vos ganhar um grande número de almas5. Amém.Ave Maria e Glória ao Pai.


Oração pelos Sacerdotes


Meu deus, creio na sublime dignidade conferida aos vossos Ministros pelo Sacerdócio, dignidade suprema entre todas as dignidades criadas, diz Santo Inácio Mártir, dignidade divina, diz São Dionísio, dignidade que sobrepuja a dos reis e Anjos, diz Santo Ambrósio. Os vossos Sacerdotes são, de fato, ó meu Deus, os condutores do vosso povo6, guardas da vossa Igreja7, a luz do mundo8, dispensadores dos Sacramentos9, vigários de Jesus Cristo10, e os seus cooperadores na obra da salvação das almas11. Creio, Senhor, que, no momento em que o Padre consagra, o vosso Verbo Encarnado obedece à sua voz, descendo às suas mãos sob as espécies sacramentais; creio também que no momento mesmo em que o Padre dá a absolvição ao pecador bem disposto, o faz de inimigo de Deus o seu amigo, e de escravo do Inferno o troca em herdeiro do Céu, e que assim pode ser chamado com plena verdade porteiro do Céu12. Concedei, pois, Senhor, a mim e a todos os fiéis tenhamos à pessoa, palavra e avisos dos vossos Ministros o mesmo respeito e submissão que a Vós mesmo, pois a eles é que dissestes: Aquele que vos escuta, a Mim escuta, e aquele que vos despreza, a Mim despreza13. Enfim, Deus meu, peço-Vos, para todos os Padres do mundo, e especialmente para os que têm feito algum bem à minha alma e procuram santificá-la, a graça de Vos amarem muito e eficazmente trabalharem para serdes amado pelos homens, a fim de que, mereçam pela sua piedade, virtudes e ardor do seu zelo, achar lugar entre os vossos apóstolos e os vossos mais fiéis servos. Ó Maria, Mãe de Jesus, favorecei e santificai os Sacerdotes de Jesus. Assim seja14.


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1  Indulgenciada. 26/11/1876.

2  Santo Afonso Maria de Ligório, Dog. 11. 517.

3  Santo Afonso Maria de Ligório, Dog.

4  Indulgenciada. 26/08/1889.

5  Santo Afonso Maria de Ligório, III. Avis. s. a. voc.

6  São Pedro Damião.

7  São Bernardo de Claraval.

8  Mat. 5, 14.

9  São Pedro Damião.

10  Santo Agostinho.

11  I Cor. 3, 9.

12  São Próspero.

13  Luc. 10, 6.

14  Santo Afonso Maria de Ligório, XIII.


sábado, 31 de maio de 2025

INVOCAÇÃO E LOUVOR AO ESPÍRITO SANTO.

(Ven. Pe. Manuel Bernardes, Oratoriano)


Vinde, ó Luz verdadeira.

Vinde, eterna Vida.

Vinde, Tesouro que não tem nome.


Vinde, Alegria eficiente,

Sol que não conhece ocaso,

Esperança fiel de todos os que se salvam.


Vinde, ó Virtude poderosa,

que só com o aceno realizais,

utilizais e renovais todas as coisas,

ficando Vós imutável.


Vinde, ó Primeiro Móvel,1

dos universos místicos do nosso espírito.


Vinde, Grinalda florida,

que não sabe murchar-se.


Vinde, Cíngulo de brilhante pedraria,

que vence as estrelas em claridade.


Vinde, Refúgio altíssimo

e seguríssimo.


Vinde, Dedo da Mão direita

da Augusta Majestade do Altíssimo.


Vinde, Semeador de conselhos sábios

e propósitos santos,

que frutificam honra e glória.


Vinde, Eterno Abraço com que o Pai

e o Verbo exprimem entre Si,

o seu Amor infinito.


Vinde, Luz dos Profetas,

Doutrina dos Apóstolos,

Fortaleza dos Mártires,

Testemunha das Virgens,

Selo de todos os Justos,

Coração de toda a Igreja Católica.


Vinde, vinde; porque a minha pobre alma, por misericórdia vossa Vos deseja, Vos invoca e Vos espera.

Graças Vos dou, porque Vós sois o meu alento, a minha vida, o meu gozo, a minha glória e a luz formosa do meu mundo interior.

Graças Vos dou, porque sendo Vós o Espírito de Deus, Vos dignais infundir-Vos em meu espírito, e dentro dos seios de minhas potências, entrando nas Vossas, cultivais os favos de vossa doce consolação.

Graças Vos dou, porque Vós sois o meu Alimento diário, que nunca pode acabar; o meu Maná que a tudo sabe; o Leite racional e sem engano, que brota como fonte do fundo de meu espírito, e enche todas as partes dele de refrigério e suavidade.

Graças Vos dou, porque Vós sois a minha Armadura e a Lâmina de meu gládio, que lançam de si vibrantes esplendores, onde os Demônios ao se aproximarem se queimam, e ao olharem ficam cegos.

Graças Vos dou, porque Vós sois o meu Batismo, significado pelas santas lágrimas, que jorram da montanha viva de minha alma, ferida com a vara prodigiosa de vossa Presença.

Graças Vos dou, porque estando eu, miserabilíssimo pecador e o mais ingrato dos nascidos, morto e já em decomposição sobre as abominações e horrores de minhas maldades, quisestes por compaixão, ressuscitar-me com vosso sopro e renovar-me na vossa semelhança, e separar-me do infeliz número das vítimas, onde se alimenta a Morte que não morre.

Graças Vos dou, porque acendestes no tenebroso caos da minha alma aquela luz que é o selo da Face de Deus, e sugere discernimento para separar o miserável do precioso, o transitório do eterno, a Lei Santa do Senhor das leis tirânicas, as mentiras do mundo e os pecados.

Graças infinitas Vos dou, porque, sendo antes a minha alma pocilga de animais imundos, esconderijo de feras e hospedaria de assaltantes infernais, Vós a convertestes e consagrastes com vossa Unção mística em Templo do Altíssimo, onde existe sacrifício matutino e vespertino de Seus louvores, e o incenso da Oração evapora e recende nos altares de Sua Presença, que edificou vossa graça liberal e clementíssima.

Ó Espírito Santíssimo, Terceira Pessoa daquele Deus incriado, que é de todas as Essências, Princípio sem princípio!

Ó fidelíssimo Amigo e dulcíssimo Hóspede das almas, que lavou o Sangue do Cordeiro de Deus! Agora, Senhor, eu estou aqui sozinho conVosco, e estando somente conVosco, estou com todo o Bem.

Rogo-Vos com aqueles gemidos inexplicáveis, que Vós mesmo me inspirais, não desampareis a minha morada. Ficai comigo sempre, porque já vem caindo a tarde da minha vida mortal.2

Não Vos ausenteis minha Pombinha prateada; não Vos ausenteis das cavernas de minha parede e dos seios de minhas potências: Fica conosco, Senhor: Não Vos ausenteis, porque eu Vos porei incenso que Vos delicie, dando-me Vós, incenso que Vos ofereça.

Senhor, dai-me um coração humilde, bondoso, pacífico, conformado; um coração desapegado de tudo o que não é Deus, e unido conVosco inteiramente. Ensinai-me a verdade, ensinai-me a aprender o vosso ensinamento; convertei-me a Vós, sempre mais e mais, para a maior glória vossa; Vós, que com o Pai e o Filho, viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.


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1  Causa.

2  Luc. 24, 29.


sexta-feira, 30 de maio de 2025

Ó ESPÍRITO SANTO.


Santa Faustina



Ó Espírito Divino, Espírito de amor e misericórdia,

fazei morada em minha alma continuamente pela graça de Deus,

que a Vossa inspiração dissipe as minhas trevas,

e nessa luz multipliquem-se as boas obras.


Ó Espírito Divino, Espírito de amor e misericórdia,

que derramas em meu coração o bálsamo da confiança,

Vossa graça confirma a minha alma no bem,

dando-lhe a força invencível da perseverança.


Ó Espírito Divino, Espírito de paz e de alegria,

que fortificas o meu coração sedento,

e derramas nele a fonte viva do Amor Divino,

e o tornas intrépido para a luta.


Ó Espírito Divino, amado Hóspede da minha alma,

desejo da minha parte ser-Te fiel,

tanto nos dias de alegria, como no suplício dos sofrimentos,

desejo sempre viver em Vossa presença, ó Espírito Divino.


Ó Espírito Divino, que penetras em todo o meu ser,

e me dás a conhecer Vossa Vida Divina e Trina,

e me iniciais em Vossa Essência Divina,

e assim, unido convosco, viverei a vida eterna.


Amém!


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