Obs: Não esqueçam os leitores que o Autor, fazendo suas estas palavras, escreve em França e, sobretudo, para França, onde a mentalidade será talvez um pouco mais desempoeirada do que entre nós. Seja como for, as pinturas de rosto, unhas, sobrancelhas... não são virtude, nem portanto recomendáveis. E embora não se devam taxar de pecaminosas em si − prescindimos da intenção, − devemos, entretanto, reconhecer que são uma triste leviandade, a qual não é indício de grande dotação de juízo (R. Pe. José de Oliveira Dias, S. J., o Tradutor).
► "Quanto aos trajes, São Paulo na Carta à Timóteo, escreveu: − 'Do mesmo modo orem também as mulheres em traje honesto, ataviando-se com modéstia e sobriedade, e não com cabelos frisados, nem com ouro, nem pérolas ou vestidos caros, mas sim como convém a mulheres que fazem profissão de piedade'(1 Tim. 2, 9-10). − ... O que é pecado ou ocasião de pecados são as modas indecentes, com vestidos curtos, decotados, minissaias ou mini-calções, etc. Tudo isto sim, é que é vergonhoso e ocasião de escândalo. O Demônio inventou estas modas provocadoras para levar à imoralidade. Quem assim se veste já perdeu o dom da pureza. Já transformou sua alma em templo de Satanás. 'Ai do mundo por causa dos escândalos' (S. Mat. 18, 7)" (R. Pe. Antônio, "À procura da verdade", Cap. II. 39, 1986).
► "Não só São Pedro é pescador de homens; o Demônio não o é menos. Também ele lança a rede, e muitos são os peixes que se lhe emaranham nas malhas. Também ele lança o anzol, provendo-o da isca da vaidade. Como a vaidade do corpo é uma inclinação mais natural da mulher do que do homem, o Demônio tem jogo fácil em aproveitar-se desse fraco e afastar muitas almas do caminho da virtude. A posição da mulher cristão na sociedade e no lar exige que conceda ao corpo a necessária atenção e se vista com elegância e decência. Relaxamento e negligência neste particular nunca foi virtude e nem agrada a Deus. O exagero, porém, é do mal. A mulher católica, que como tal se preza, não se deixa escravizar pela moda, principalmente quando esta se apresenta contrária às Leis da honestidade cristã. Repetidas são as admoestações do Apóstolo São Paulo às mulheres exigindo, que se vistam com decência. Grande responsabilidade assumem as mulheres que, não observando as Leis da Moral no vestir, não só escandalizam o próximo, como também põem em grande risco a própria salvação: 'Dize-me como te vestes e dir-te-ei quem és'" (R. Pe. João Batista Lehmann, S. V. D., ob. cit., Liv. II, 30 de Agosto − Reflexões).
► "Uma mulher pode e deve se enfeitar melhor quando está com seu marido, sabendo que ele o deseja; mas, se o fizesse em sua ausência, haveria de perguntar-se a quem quererá agradar com isso. Às moças se concedem mais adornos, porque podem desejar agradar, contanto que suas intenções sejam de ganhar um só coração para o casamento legítimo. O mesmo se há de dizer das viúvas que estão pensando em novas núpcias, contanto que não queiram imitar em tudo as jovens, porque, depois de terem passado pelo estado matrimonial e pelos desgostos da viuvez, pensa-se que devem ser mais sóbrias e moderadas" (São Francisco de Sales, "Filotéia", III, 24).
─ Quanto não pecam os pais, quando não têm o cuidado de vestir decentemente os filhos pequenos, expondo-os às vistas curiosas, libidinosas e sensuais. A moda atual (n. c: era então 1935), que prescreve vestidinho curto, é injustificável perante a Lei Divina, que manda respeitar a decência e o pudor, também nas crianças pequenas. Que juízo será o daqueles pais que, deixando-se levar e guiar pelo espírito de vaidade e da sensualidade extinguem na alma dos filhos pequenos o sentimento do pudor, preparam a queda inevitável da inocência dos mesmos, não lhes cobrindo o corpo, segundo as prescrições da decência cristã!" (R. Pe. João Batista Lehmann, S. V. D., ob. cit., Vol. I, 9 de Março − Reflexões).
► "Se soubésseis tudo quanto Deus espera da mulher, das mães! A mãe que vive a sua vocação deve conhecer toda a responsabilidade que pesa sobre ela, e não pode permitir aos seus filhos ou outros quaisquer, como muito bem disse Mons. Bispo de Moncauvan: 'que o corpo, sobretudo do ou da donzela, seja coberto! Os interesses superiores da alma o exigem! Mantendo-se o corpo no seu ofício de servidor da alma, ele é mantido no seu justo posto, ficando respeitada a hierarquia dos valores, assegurada a ordem natural e o sucesso da verdadeira cultura física!'
E o Bispo conclui: 'é por meio de uma juventude, pura, modesta, disciplinada, habituada à mortificação da carne, que teremos uma França bela, forte e viva!'" (G. Joannés, "O Sacerdócio das Mães", Cap. IV).
► "Em casa pode haver uma familiaridade perigosa na sem-cerimônia com que a filha moça se veste e aparece perante irmãos moços. Há transparências prejudiciais nos seus vestidos de intimidade. A mãe criteriosa saberá proibir que ande pela casa com certos peignoirs e pijamas (n. c: camisolas, etc.). O irmão poderá sentir curiosidades que se tornam perigosas com o tempo ou com as outras moças.
Obs: A sem-cerimônia de minhas irmãs foi o primeiro passo para os meus erros − declarou ao médico um pobre rapaz" (R. Pe. Geraldo Pires de Souza, C. Ss. R., "As três chamas do Lar", Cap. "Mãe e Educadora", II, 13).
► "Causa-se dano, criminosamente, a própria saúde... com certos abusos no vestir... As modas condenáveis no vestir. Tal foi, por exemplo, a do espartilho; este aperto insensato da cintura impede o desenvolvimento do corpo e provoca desordens orgânicas muito graves, que muitas vezes têm ocasionado mortes repentinas (R. Pe. Kneipp, e Dr. Virchow). A forma moderna do calçado, que quer transformar o pé em um instrumento pontiagudo, não só produz calos, senão que predispõe para a Gota (Dr. Virchow). A imprensa tem também frequentes vezes registrado acidentes causados por calçado demasiadamente apertado: Flebites, Varizes, inflamações do pé, que tornaram necessárias amputações. É o castigo da vaidade" (R. Pe. Francisco Spirago, "Catecismo Católico Popular", Vol. II, 5º Mandamento da Lei de Deus).
► "Os vestidos indecentes ou demasiado luxuosos: As pessoas vestidas de maneiras indecentes são instrumentos de Satanás, que se serve delas para perder as almas (São Bernardo). A vaidade e o luxo do vestir aumentam muito o poder do Demônio. Quando alguém se veste com a intenção de atrair os olhares, já não se pode pretender que seja casto e pudico na sua alma: o vestuário o convencerá da mentira (São Felipe Nery). O desejo de agradar não brota de um coração inocente e não é senão um laço para atrair o próximo para o vício (Tertuliano). As meninas e mulheres de costumes duvidosos são as únicas que se permitem deslumbrar o público com toilettes espalhafatosas. São Cipriano dizia que para aquelas para quem os sentidos são tudo, os costumes são nada" (R. Pe. Francisco Spirago, ob. cit., Vol. II, 6º Mandamento da Lei de Deus).
► "Os impudicos vestem-se, às vezes, como tolos" (R. Pe. Francisco Spirago, ob. cit., Part. II, Cap. IV, n. 404).
► "A modéstia é inimiga das modas indecentes, abaixa tristemente os olhos se tais são, que as pessoas assim trajadas se acham descompostas, e tem por grande pecado ter o menor desejo de galas que são reprovadas por todas as pessoas de vergonha e que deveriam ser desterradas da boa sociedade. Como pode uma mulher que anda trajada com indecência lembrar-se sem estremecer, de que Deus a está vendo? Talvez que nem em Deus pense! Mas nesse caso, que há de vir a ser dela? ... Ela não pode ser serva de Maria, o espelho de toda a modéstia e de todo o pudor. Quem intercederá, pois, por ela? Será porventura o seu Anjo Custódio? Ela nem dele se lembra; e o fiel companheiro de sua peregrinação desvia os olhos daquela que perdeu a castidade em ação de se remontar aos Céus, vergonhoso por amor daquela que nenhuma vergonha tem. Infeliz criatura! Deus, e os outros Santos protetores te desampararam, porque te deixastes guiar pelas sugestões do Demônio, Pai da soberba e da impureza..." (Madame Tarbé des Sablons, "Mês de Maria ou Nova Imitação da Santíssima Virgem", 7º Dia).
► "Tanto mais formosa é a mulher quanto mais a castidade envolver o seu vulto com o recato da modéstia" (D. Antônio de Almeida Moraes Júnior, "Breviário de Maio", p. 54).
► "Hoje os veículos da corrupção multiplicaram-se de modo prodigioso. Cinemas, rádio, televisão, revistas, Modas, praias, nas mãos dos inimigos de Deus e das almas são, como eles mesmos o dizem, meios eficazes de fazer entrar a corrupção pelos cinco sentidos, principalmente pelos olhos. Como podem ser puros moços e moças, homens e mulheres que habitualmente assistem filmes, lêem revistas em que os vícios são glorificados, a virtude achincalhada e ridicularizada, em que o cenário, o traje, as palavras e as ações são muitas vezes provocações e desejos criminosos e atos perversos? Tudo isto é combustível atirado ao braseiro da sensualidade. Quantas quedas talvez tivéssemos evitado no passado, se, como Jó, tivéssemos feito com os nossos olhos o pacto de nunca olharmos o que não é permitido desejar?" (R. Pe. Guilherme Vaessen, C. M., "Os Atentados do Vício Impuro", Part. III, "Vigilância").
► "Que faria o Senhor, diz o Venerável Beda, se no Templo encontrasse rixas, zombarias grosseiras, discursos levianos, quando de lá enxotou os que apenas vendiam o necessário para os sacrifícios!
E que faria se lá encontrasse o que vemos hoje em nossas igrejas, muito mais sagradas que o Templo de Jerusalém, tanta imodéstia no vestir, tanto encontro criminoso, tantas posturas e modos indecorosos?!!
Presencia Cristo Senhor Nosso essas profanações sacrílegas até ao pé dos altares onde reside, na mesma hora em que neles Se imola por nós; atura e cala, mas ai! Que muito mais de temer é a Sua dissimulação e paciência, que a própria ira que manifestou no templo" (R. Pe. Leonardo Goffiné, O. Prem., "Manual do Cristão", 2ª Feira da IV Semana da Quaresma).
► "Mas como vivendo no mundo, e dada a funesta facilidade que existe de exibições obscenas, já com muitas Modas indecentes, já nas revistas, fotografias, postais, etc., é impossível que os olhos e os ouvidos não tropecem alguma vez em perigos semelhantes, e ainda sem isso o Demônio pode atacar a nossa imaginação; é preciso praticar algum meio para repelir os maus pensamentos depois que vem" (R. Pe. Juan Albizu y Sainz de Murieta, "Catecismo de Adultos", Part. III, Cap. XXVI, n. 474).
► "O princípio, que nos deve servir de regra, é o de São Paulo: 'Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo que reside em vós?' (1 Cor. 6, 15 . 19).
É necessário, pois, respeitar o nosso corpo como um templo santo, como um membro de Cristo. Nada desses trajes mais ou menos indecentes, que são feitos senão para provocar a curiosidade e a volúpia. Cada qual traga o vestido reclamado pela sua condição, simples e modesto, mas sempre asseado e decente.
São Luís diz numa palavra, 'que cada qual se deve vestir conforme o seu estado, de sorte que as pessoas prudentes e os homens de bem não possam dizer: é de mais; nem os jovens: é de menos'.
Quanto aos Religiosos e Religiosas, bem como aos Eclesiásticos, todos estes têm sobre a forma e a matéria dos vestidos regras a que se devem conformar. É inútil dizer que o mundanismo e a afetação estariam completamente deslocados entre eles e não poderiam deixar de escandalizar os próprios mundanos" (Adolfo Tanquerey, "Compêndio de Teologia Ascética e Mística", Part. II, Liv. I, Cap. III, Art. III, n. 772).
► "Como não sofrer e sentir o coração constrangido ao olhar em torno e ver a ruína de tantas jovens desnorteadas e sem consciência? Vestidos que revelam uma decadência de costumes. Mulheres em roupas decotadas, apertadas, assumindo atitudes de 'estrelas', atitudes audazes e sensuais.
E como não ver o pavoroso escândalo que certas jovens, que se dizem cristãs, semeiam pelas ruas, nos bondes, nos trens, nas praias, nas montanhas, por onde passam, profanando a pureza, transgredindo a Lei Moral, destruindo os princípios básicos, que deveriam estar impressos na alma da jovem, que aspira aos cumes nevados? Como não pensar na ruína das almas e na tremenda responsabilidade diante de Deus, pela profanação dos dons da graça e do decoro?
Ouve o que escreve a este propósito Gertrud von le Fort em seu livro profundo 'A Mulher Eterna': 'Alguns modos de trajar, sob esse ponto de vista, são horríveis aberrações, ou melhor, transformam-se simplesmente em exibições, no verdadeiro sentido da palavra e o revelar-se da mulher significa o fim do seu mistério. Não há dúvida de que a mulher que, embora sem ceder às tentações dos sentidos, se dedica ao mais miserável de todos os cultos, ao culto do próprio corpo, e isto sem consideração com a miséria que a circunda, representa uma forma de degenerescência, que não tem mais nenhum nexo com a sua missão metafísica. Encontramo-nos aqui, diante do rosto espectral e vulgar que se opõe à imagem divina; máscara sem o aspecto de feminilidade. Este, e não o do operário bolchevista desfigurado pela fome e pelo ódio, é a expressão verdadeira do ateísmo moderno...'" (Ângela Sorgato, "Sinfonia de Vozes", pp. 343-345).
► "Os vestidos indecentes não pertencem senão às mulheres desonradas e de reputação perdida. Não suponho que se encontrem nas mulheres honradas e honestas, para as quais escrevo. Mas já que o abuso neste ponto é tão grave, retende as observações seguintes: elas serão para vós um preservativo e vos servirão também constantemente de remédio.
Nenhum uso contrário pode mudar a natureza das coisas nem tornar lícito o que é intrinsecamente indecente em si, e, por consequência, essencialmente criminoso; de outra sorte poder-se-iam desculpar todos os pecados, pois que se cometem de todas as espécies. O pecado de outrem não desculpa o vosso; e, se é costume pecar, é também costume condenar-se. Mais vale, portanto, salvarmo-nos com o pequenino número, do que perdermo-nos com a multidão.
Olhando-vos ao espelho, segui este sábio conselho de Sócrates, que será útil mesmo a uma cristã virtuosa: 'Olhando-vos ao espelho', diz ele, 'se vos encontrais bela, dizei a vós mesma: é preciso que cultive a minha alma, a fim de que a beleza do meu coração não seja inferior à do meu corpo. Mas se encontrais em vós alguma deformidade, dizei corajosamente: é preciso redobrar de cuidados para ornar o interior, a fim de que a beleza mais brilhante da alma supra a do corpo'" (R. Pe. Carlos José Quadrupani, Barnabita, "Direção para Sossegar, em suas Dúvidas, as Almas Timoratas", Cap. XVIII).
► "O homem deseja uma companheira sóbria e recatada, a mulher cobre-se de excentricidades e exotismo; quer uma esposa meiga e delicada, ela torna-se altiva e desdenhosa; espera uma mãe terna e paciente, a jovem apresenta-se egoísta e frenética. O marido exige uma guarda constante do lar e ela deserta de casa, vive na rua, descabelada e semi-vestida; não obedece aos pais, nem quer ocupar-se de coisas sérias. Deste modo a mulher torna-se um peso na vida e não uma companheira amável.
A moda atual tem grande responsabilidade na diminuição dos casamentos, como bem demonstrou o professor J. Lanzalone, pois tira à mulher o encanto que poderia exercer sobre o outro sexo.
H. Lobo escreveu que 'o pudor feminino, que é uma virtude essencialmente cristã, é também o que dá à mulher maior soma de poder sobre o homem que a ama. Pode-se dizer que, se a beleza feminina parece acender o fogo que arde no coração e nos sentidos, nada é capaz, tanto como o pudor, de o manter e, às vezes, mesmo de atiçá-lo' (R. Pe. J. Cabral, "Lutas da Mocidade" )" (R. Pe. Geraldo Vasconcellos, ob. cit., Cap. VI, p. 277).
Nenhum comentário:
Postar um comentário