1.
Ter afeto especial à virtude da castidade por amor de Maria.
Assim, por lhe serem agradáveis, tanto amaram esta virtude Santo
Eduardo, Santo Aleixo, Santo Eleazar, e outros inúmeros Santos. O
Bem-aventurado André de Chios, em uma perigosa enfermidade, tendo
feito à Virgem uma promessa, de viver castamente, se Nossa Senhora
lhe restituísse a saúde, de súbito ficou bom, e se vestiu todo de
branco, para dar público testemunho da graça recebida, e do
compromisso, que com a Rainha das Virgens assumira, de viver em
pureza.
2.
Venerar as imagens de Nossa Senhora.
Fácil é praticar este obséquio para com a Virgem, cujas imagens
frequentemente se nos deparam; e com isto muito se apraz a Rainha do
Céu. Uma jovem que se educava em um mosteiro de Bolonha, viu que,
quantas vezes as monjas se inclinavam passando por uma imagem de
Nossa Senhora, tantas lhe depunham no seio uma rosa: pelo que se
deliberou a fazer-se freira. (March. Diario, 25 Fever.)
3.
Termos em nossos aposentos as imagens da Virgem, ou
trazê-las conosco.
O
Demônio tanto teme disto que, conforme refere o segundo Concílio de
Nicéia, prometeu a um ermitão, que não mais o tentaria em
desonestidade, se ele tirasse da cela a imagem de Maria. Luiz, o Pio,
imperador, trazia sempre consigo uma imagem da Mãe de Deus; e indo à
caça, enquanto se divertiam os da sua comitiva, ele se ajoelhava
ante a sagrada efigie.
4.
Saudar a Virgem com cinco Salmos, cujas primeiras letras
formam o Nome de Maria.
E são:
O
cântico Magnificat;
o salmo 119 – Ad
Dominum cum tribularer;
o salmo 118 – Retribue
servo tuo;
o salmo 125 – In
convertendo;
e o salmo 112 – Ad
te levavi oculos meos.
O
Bem-aventurado Joscione todos os dias praticava esta devoção; e
depois da morte lhe nasceram cinco rosas, duas nos olhos, duas nos
ouvidos, e uma na boca, cada uma das quais tinha impresso sobre as
folhas a primeira sílaba dos sobreditos salmos. Tanto à Santa
Virgem agradou esta santa alma com semelhante obséquio!
5.
Ensinar às criancinhas louvarem e invocarem Maria.
São Francisco de Bórgia e o Bem-aventurado Luís de Gonzaga tiveram
esta felicidade – que as primeiras palavras que aprenderam a
proferir, foram os nomes de Jesus e de Maria; e o Bem-aventurado
Luís, ainda pequenino, ao subir uma escada repetia em cada degrau
este santo Nome.
6.
Tomar como armas de defesa o santo Nome da Virgem.
A venerável Jacinta Marescotti costumava escrever o santo Nome de
Maria em alguns pedacinhos de papel, e, enrolando-os, os engolia,
como que desejando pô-los em seu coração. São Edmundo, indo ao
seu leito para dormir, com o polegar traçava na fronte o Nome de
Jesus e de Maria. Ao menos não entreis a dormir sem terdes invocado
um e outro destes Nomes sacrossantos.
7.
Recitar devotamente a antífona:
“Beata viscera Mariae Virginis, quae portaverunt aeterni Patris
filium, et beata ubera quae lactaverunt Christum Dominum
– Bem-aventurada as entranhas da Santíssima Virgem, Nossa Senhora,
que carregaram o Filho do Eterno Pai; e Bem-aventurados os virginais
seios que alimentaram a Jesus Cristo, Nosso Senhor”. Um clérigo,
que durante muitos anos perseverara nesta devoção, caiu depois
enfermo, e a tal extremidade chegou que enlouquecia de dor, e com
furor tamanho que lacerava a própria língua; quando, aparecendo-lhe
a Virgem Santíssima, com algumas gotinhas do seu virginal leite o
refrigerou, lhe restituiu a saúde, e o deixou submerso em um mar de
celestiais doçuras; pelo que, por gratidão, completamente renunciou
ao mundo, e se fez monge. (P. Barry, Paraíso, 4 de Fevereiro)
Fonte:
Rev.
Pe. João Pedro Pinamonti, S.J., “O Sagrado Coração de Maria
Virgem proposto à Devoção dos Fiéis”, Consideração V, pp.
129-132. Duprat & Comp., São Paulo/SP, 1904.
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