BLOG CATÓLICO PARA OS CATÓLICOS.

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

SÃO JOSÉ MODELO DOS CRISTÃOS.


A Igreja, além de haver promovido o culto a São José por meio de festas e práticas de piedade, apresentou o Santo a todos os cristãos, qual modelo e protetor.

Em meio às mesmas tentações, perigos e misérias entre os quais vivemos agora no mundo, viveram também todos os Santos do Paraíso. Mas alcançaram vitória sobre todos os inimigos, venceram a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida; a Santa Madre Igreja no-los propõe como exemplos a imitar.

Todo Santo é modelo para os cristãos: mas nem todo Santo é modelo para todos os cristãos e sim, em particular, para certa categoria de pessoas. Sabemos que São Luís é nosso modelo, mas para a juventude, por se ter feito Santo desde jovem. Santa Zita é modelo, mas somente das empregadas, porque se tornou Santa servindo aos outros. Santa Luzia protege contra os males dos olhos; Santa Apolônia contra os males dos dentes, e assim, todos os outros Santos são nossos modelos e protetores, mas cada um para determinada classe de pessoas.

São José é proposto pela Igreja, não só como modelo de uma categoria de pessoas, mas como Modelo Universal, ou seja, modelo de todos as virtudes, para todos e em qualquer idade e condição.

Assim como existem retratos que, por efeito de um artifício usado pelo pintor ao formar a pupila dos olhos, fixam diretamente a todos quantos os contemplam, embora se achem defronte, à direita ou à esquerda; assim é São José no Paraíso. Todos, seja qual for o nosso estado, idade e condição, ao fixar o Santo, encontramos virtudes a imitar e exemplos a seguir. É o efeito da delicadíssima e elevadíssima missão que o Divino Artífice lhe conferiu neste mundo, e de sua perfeita correspondência aos favores recebidos.

Todos podem imitar São José. Os reis, os príncipes e os nobres, devem aprender com Ele, que foi de sangue real, a não se envaidecer de sua nobreza. Os que ocupam um lugar de honra na sociedade, devem aprender com Ele, humilíssimo na importante missão desempenhada na Encarnação do Filho de Deus. Por Ele se podem modelar os pobres, os perseguidos, os atribulados, porque com paciência e resignação suportou a pobreza, as perseguições e aflições.

A São José, podem seguir os artífices, porque se santificou na arte da carpintaria; os jovens, porque passou santamente a juventude; os esposos, porque viveu com a sua Esposa Maria como convivem os Anjos no Céu.

Nele, encontram modelo os pais, porque foi custódio fiel de Jesus e de Maria, chefe da Sagrada Família; os Sacerdotes, porque tantas vezes tocou com suas mãos o próprio Jesus sob a forma sensível, Aquele mesmo que tocam sob as aparências eucarísticas, ao desempenhar o Sagrado Ministério.

São José é modelo dos que vivem no mundo e dos que vivem nos Institutos Religiosos, porque, à vida ativa, que sempre exerceu, uniu o retiro, a prece, vivendo continuamente na presença de Deus e entretendo-se com Ele, tanto no trabalho quanto na oração. É portanto o modelo, o protetor de todos os cristãos.

Se a Igreja foi tão solícita em dar-nos São José por modelo e protetor, devemos corresponder a seus cuidados e procurar imitá-lo. Dele, aprendam os pais a educar e governar a própria família; os esposos a maneira de habitar e tratar em comum; os artífices o modo com que devem proceder no trabalho; e assim por diante, todos os outros, seja qual for a condição.

Recorramos à proteção de São José em todas as nossas necessidades espirituais e materiais. Ele, protetor universal, não deixará de providenciar. Se nos achamos doentes, tristes, perseguidos, pouco amantes do bem de nossa alma, vamos a São José e Ele estenderá sobre nós o manto de sua poderosa proteção e nos auxiliará.


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Fonte: Pe. Tarcísio M. Ravina, da Pia Sociedade de São Paulo, “São José – Na Vida de Jesus Cristo, na vida da Igreja, no Antigo Testamento, no Ensino dos Papas, na Devoção dos Fiéis, nas Manifestações Milagrosas”, 2ª Parte, Cap. “São José Modelo dos Cristãos”, pp. 123-125; Edições Paulinas, Recife, 1954.


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