Sem
a
Modéstia
não
há
verdadeira
Santidade
e
Perfeição
A Doutrina exposta a
seguir sobre o desprezo das coisas pequenas, aplicaremos
para a Modéstia nos trajes,
e daí tiraremos abundantes pontos de meditação e
valiosos frutos de conversão. Onde houver as palavras “pequenas
coisas” mudaremos,
virtualmente, para a palavra “Modéstia”.
► “Qui spernit modica
paulatim decidet: Quem
despreza as coisas pequenas, pouco a pouco virá a cair
(Eclo. 19, 1). Este
é um ponto de muita importância, especialmente para os
que tratam de perfeição; porque as coisas maiores por si
mesmas estão recomendadas; porém, nas pequenas costumamos mais
facilmente descuidar-nos e tê-las em pouco, parecendo-nos de menor
monta e que vai pouco nelas; e é grandíssimo engano,
porque nelas nos vai muito.
Por isso, nos avisa o Espírito Santo pelo Sábio nestas
palavras, que nos guardemos de tal perigo, porque quem
despreza as coisas pequenas e não faz caso delas, pouco a
pouco virá a cair nas grandes.
Bastava esta razão para nos persuadir e nos causar temor,
pois é razão e aviso do
Espírito Santo.
São Bernardo trata com
muita clareza este ponto: 'Por
faltas leves principiam os que depois vêm a cair em grandes
males' (“de
ord. Vitoe et mor instit”).
Desenganai-vos, diz, que é verdadeira aquela sentença comum:
Ninguém de repente (geralmente falando) vem a ser muito
mau nem muito bom, mas pouco a pouco vai crescendo o bem e o
mal. Assim como as enfermidades graves do corpo pouco a pouco se
vão gerando, assim as enfermidades espirituais e males grandes
da alma se vão também gerando pouco a pouco; e assim, quando
virdes quedas graves de alguns servos de Deus, não imagineis,
diz o Santo, que então principiou o dano (S. Bern., “Serm. Contra
vit ingratitud”) porque nunca quem perseverou e viveu
muito bem, veio a resvala e cair em alguma coisa grave de
repente, senão por se ter descuidado primeiro em coisas
miúdas e pequenas, com as quais se foi enfraquecendo pouco a
pouco a virtude da sua alma, e mereceu que Deus levantasse um pouco a
Mão, e assim com facilidade pode ser vencido depois na tentação
grande que se lhe ofereceu.
Cassiano declara esta
verdade com uma comparação mui própria, e é comparação do
Espírito Santo. 'As casas,
diz, não caem de repente, mas primeiro se abrem pequenas fendas
por onde entra a água que pouco a pouco vai apodrecendo as
madeiras do edifício, penetrando as paredes, enfraquecendo-as e
arruinando-as até chegar aos alicerces, e assim vem a casa a
arruinar-se e a dar consigo em terra em uma noite: 'Pela
preguiça irá se abatendo o teto, e pela debilidade das mãos virá
a chover em toda a casa' (Eclo.
10, 18)'.
Por preguiça de não reparar a casa ao princípio quando era pequeno
o dano, por não a concertar e acudir-lhe em tempo, veio a
amanhecer caída em uma manhã. 'Dessa
mesma sorte, diz Cassiano, vêm os homens a dar grandes quedas e
parar em grandes males; entram primeiro nossas afeiçõezinhas e
nossas paixões, como pequenas goteiras e vão pouco a pouco
penetrando, debilitando e enfraquecendo a virtude de nossa alma,
e desta sorte se vem a arruinar todo o edifício, só porque não se
reparou o dano ao princípio quando era pequeno, porque se
descuidou em acudir a uma pequena goteira; porque não quis fazer
caso de coisas pequenas, por isso veio a amanhecer um dia tentado,
e no outro fora da Religião' (Cass.,
Col., & Abb. Theodor.).
Provera a Deus que o não experimentássemos tanto. Verdadeiramente
causa grande temor e espanto ver que por coisas tão miúdas,
principiou a perdição de alguns, que vieram a grande mal. Sabe
muito o Demônio; não acomete os servos de Deus ao primeiro golpe
com coisas graves. É' mais astuto que isso! Pouco a pouco, e
sem se fazer sentir, com coisas pequenas e miúdas, faz ele
melhor o seu negócio que se acometesse com coisas grandes; porque,
se logo os tentasse com pecados mortais, seria facilmente
sentido e despedido, e entrando por outras coisas pequenas e
miúdas, nem é sentido, nem despedido, mas admitido.
Por isso, diz São
Gregório (3. P. Pastoral. Adm. 35), que
em parte é maior perigo o das coisas pequenas, que o das
grandes; porque estas quanto mais claramente se conhecem, tanto
mais, com o conhecimento de maior mal, movem a que se evitem e a que
mais depressa se emendem, quando se tenham cometido. Mas as
culpas pequenas, quanto menos se conhecem, menos se evitam,
e como se têm em pouco, repetem-se e continuam-se, e fica-se nelas
muito descansadamente e não se acaba nunca de resolver nem
determinar-se varonilmente a lançá-las de si e deste modo
brevemente de pequenas se vêm a fazer muito grandes.
Com esta doutrina
concorda singularmente São João Crisóstomo (Hom. 27, sup. Math.).
Diz, pois, este Santo uma coisa, a que chama maravilhosa: Uma
coisa maravilhosa me atrevo a dizer, a qual vos parecerá nova e
nunca ouvida, e é que algumas vezes é necessário pôr mais
cuidado e diligência em evitar os pecados pequenos, que os
grandes; porque os grandes de si mesmos trazem consigo horror, para
que os aborreçamos e fujamos deles; porém os outros, por serem
pequenos, nos fazem frouxos e negligentes; e como deles fazemos
pouco caso, nunca acabamos de sair deles, e assim vêm-nos a
fazer grande dano.
Por esta causa estima
tanto o Demônio essas ninharias e por elas entra a acometer o
religioso e o servo de Deus; porque sabe muito bem que por esse
caminho poderá ter entrada para depois os fazer cair em coisas
maiores. Diz Santo Agostinho: 'Que importa que por pequena ou grande
ruptura tenha entrado à água no navio, se enfim chega a ir ao
fundo?' (Ep.
108, ad Seleuc.).
Tanto o primeiro como o segundo caso tudo vem a ser o mesmo. Do mesmo
modo pouco se lhe dá ao Demônio entrar antes por coisas
pequenas que por grandes, se finalmente alcança o que pretende, que
é derrubar-nos e destruir-nos.
'De gotinhas de água
multiplicadas, diz São Boaventura, se vêm a fazer enchentes e
inundações que lançam por terra grandes muros e castelos
fortes; por uma pequena fenda, e por um resquício, ocultamente e
pouco a pouco, entra a água no navio, até que o mete no fundo' (pro.
5, cap. 10).
Pelo que, diz Santo
Agostinho (sup. Ps. LXVI; Et gentes in terra dirigis): Assim
como, quando no navio entra água é necessário estar sempre dando à
bomba, tirando-lhe a água, para que não se vá a pique,
assim
nós com a oração e exame de consciência, havemos de andar
sempre tirando as faltas e imperfeições que em nós vêm entrando
pouco a pouco, para que não nos metam no fundo e nos afoguem. Este
há de ser o exercício do religioso; é
necessário dar à bomba, quando não, corremos muito
perigo.
Em outra parte diz o mesmo Santo Doutor (sup. Ps. XXXIX;
Multiplicatae sunt super capillos capitis mei.): Fugistes
e escapastes da fúria das ondas, tempestades, e perigos
grandes que há neste tempestuoso mar do mundo; vede e reparai,
não venhais cá no porto da Religião a encalhar na areia; vede não
venhais a perigar e a perder-vos por amor de coisas miúdas, porque
desta sorte pouco vos aproveitará ter
fugido e
escapado das coisas grandes, como aproveitará pouco ao navio ter
escapado de grandes cachopos e penhascos, se no porto vem a
encalhar na areia” (Santo
Afonso Rodrigues, “Exercício de Perfeição e Virtudes Cristãs”,
Tomo I, Tratado I, Cap. IX, pp. 59-63; Versão do Castelhano pelo Fr.
Pedro de Santa Clara, Ed. da Federação das Congregações
Marianas do Estado de São Paulo, 1926).
Ultra
Importante
► “Também por outra
razão mui principal importa muito fazer caso das coisas
pequenas, e vem a ser, que se nós somos descuidados e
negligentes nas coisas pequenas e fazemos pouco caso delas,
temos muito que temer nos negue Deus por essa causa seus particulares
e especiais auxílios e graças, assim para resistirmos às
tentações, e não cairmos em pecado, como para alcançarmos a
Virtude e Perfeição que desejamos, vindo assim a cair em
grandes males.
Para que melhor se
entenda isto, é necessário pressupor uma teologia mui clara, que
nos ensina o Apóstolo São Paulo, escrevendo aos de Corinto, e vem a
ser que Deus Nosso Senhor
a ninguém nega o auxílio e socorro sobrenatural, necessário e
suficiente, para que ao menos não seja vencido das tentações,
mas possa resistir e ficar vitorioso.
Diz o Apóstolo: 'Deus
é fiel, não permitirá que sejais tentados mais do que
podem as vossas forças;
antes fará que tireis ainda vantagem da mesma tentação, para a
poderdes suportar' (I Cor.
10, 18). Fiel é Deus, bem seguros podeis estar que não há de
permitir que sejais tentados mais do que podeis; e se acrescentar
maiores trabalhos e vos vierem maiores tentações
acrescentará também maior socorro e favor, para que possais
sair delas não só sem prejuízo, mas com muito proveito e
acrescentamento. Porém, há
outro auxílio e socorro de Deus mais especial e particular, sem
o qual poderia cada um resistir e vencer a tentação, se se ajudasse
como devia, do primeiro auxílio sobrenatural, mais geral.
Muitas vezes, contudo, não resistirá à tentação com aquele
primeiro auxílio, se Deus não lhe der outro mais particular e
especial, não porque não possa, mas porque não quer, que se
quisesse, bem podia com aquele auxílio primeiro resistir, porque
para isso é suficiente, se cada um se vale dele como deve; e desta
sorte o cair em tal caso, e ser vencido da tentação, será culpa
sua, porque cai por sua vontade; e se Deus então lhe desse o outro
auxílio especial, não cairia.
Vindo, pois, a nosso
propósito, este segundo auxílio e socorro especial, superabundante
e eficaz, não o dá Deus a todos, nem todas as vezes, porque é
liberalidade e graça particularíssima. Concedê-la-á Deus a quem
for servido, dá-la-á aos que para com Ele forem liberais,
conforme aquelas palavras do Profeta: 'Com
o santo, Senhor, sereis santo; e com o benigno, serás benigno;
e com o liberal e sincero, sereis liberal e sincero; e com o que
não for tal, lho pagareis na mesma moeda' (Salm.
12, 29-30). É o que
nosso Padre nos pôs na Regra: 'Quanto mais um se ligar com Deus
Nosso Senhor, e mais liberal se mostrar para com sua Divina
Majestade, tanto mais liberal O achará consigo; e ele estará
mais disposto para receber cada dia maiores graças e dons
espirituais' (Reg.
19, Summ. Const.). É
Doutrina de São Gregório Nazianzeno e de outros Santos (Greg.
Naz., orat. De paup. Amor, et Mach. Aegypt., Hom. 49).
Que seja, ou em que
consista ser o homem liberal para com Deus, entender-se-á bem,
pelo que é ser liberal com os homens. Ser liberal com outro
consiste em dar-lhe não o que deve, e a que está obrigado,
mas, mais do que deve e está obrigado: isto é liberalidade,
aquilo, justiça. Da mesma sorte quem anda com muito cuidado e
diligência para agradar a Deus não só nas coisas de obrigação,
mas nas de super-rogação e perfeição, e não só nas
maiores, mas também nas menores, é liberal com Deus, e com
estes, é também Deus mui liberal. São os mimosos de Deus, a
quem faz mercês: a estes dá-lhes não só auxílios gerais que
bastam para resistir e vencer as tentações, mas também os
especiais, superabundantes e eficazes, com os quais de nenhuma
sorte hão de cair em tentação. Mas se não sois liberal com
Deus, como quereis que seja Deus liberal convosco? Se sois para Deus
escassos, mereceis que também Deus seja escasso para vós.
Mesquinho e apoucado, andais tenteando e medindo, como por
compasso, se estais ou não obrigado, se obriga ou não a
pecado, se chega a mortal ou só a venial; isto é ser escasso para
com Deus. Não quereis dar mais do que sois obrigado e talvez ainda a
isso faltais; também Deus será para convosco escasso, e
não vos dará senão o que está obrigado por Sua Palavra: dar-vos-á
os auxílios gerais e necessários que dá a todos, e são
suficientes para poder resistir às tentações, e não cair nelas;
porém podeis temer com muita razão não vos dê aquele
auxílio especial, superabundante, e eficaz, que costuma dar aos
que são liberais para com Ele, e assim chegueis a ser
vencido da tentação e cair em pecado.
Isto mesmo comumente
dizem teólogos e Santos
(Aug., Serm. 244, de temp post medium, et Serm. 88, prope
initium. Et in Ps. LXVI. Et gentes in terra dirigis; Hier., ad
Celam, Epist. 1; Chrys., in c. 2. Gen; Hom. 2 et Hom. 87, in Math.,
et Serm. De lev. Peccat. Peric; Bern., Serm. 59 in Cant; Isid., lib.
2, de sum. Bono; Basil., orat. 3, de jejun prope init. In Reg.
Brevior., q. 4; Greg., 1. 10. Mor. c. 14, et 3p. Past. Adm. 24. gl.
Ibid; S. Thom., 1-2ª q. 88. as. 3 et alii), que
um pecado costuma ser pena de outro pecado.
Desta sorte se há de entender a razão, por que aquele primeiro
pecado desmereceu ao homem este auxílio especial e particular de
Deus, e se fez indigno dele; e assim veio a cair noutro pecado. O
mesmo dizem dos pecados veniais, e ainda, o que é mais, das faltas,
negligências e descuidos com que cada um vive. Por
isso também dizem, que pode
o homem desmerecer e fazer-se indigno daquele auxílio especial e
eficaz de Deus, com o qual vencerá certamente a tentação e sem ele
será vencido e cairá em pecado.
Desta sorte explicam alguns Santos aquelas palavras do Sábio: 'O
que despreza as coisas pequenas, pouco a pouco cairá' (Eclo.
19, 1). Por desprezar coisas
pequenas e fazer pouco caso delas, vai-se desmerecendo aquele
auxílio especial de Deus, e vai-se tornando indigno dele, e
assim vem a cair nas grandes.
Da mesma sorte explicam as palavras no Apocalipse: 'Porque
tu és morno... começar-te-ei a vomitar da Minha boca' (3,
16). Ao tíbio ainda
Deus não tem desamparado de todo, porém já principiou a
desamparar; porque pela frouxidão com que anda, e pelas faltas
que advertidamente comete, vai desmerecendo aquele auxílio especial
e eficaz, sem o qual cairá e o acabará Deus de desamparar e
expulsar de si.
Consideremos, pois,
com quanta razão devemos temer não desmereçamos e
façamo-nos indignos deste auxílio especial de Deus por nossa
tibieza e frouxidão. Quantas vezes nos vemos perseguidos
de tentações, e em grande perigo; e nos achamos em dúvida, se me
detive ou não me detive; se consenti ou não consenti; se
chegou ou não a pecado. Oh! Quanto nos valeria para estes
apertos e transes ter sido liberais para com Deus e ter-nos tornado
dignos daquele auxílio especial com o qual estaríamos bem
seguros e sempre ficaríamos em pé e sem ele nos veremos em
grande perigo e talvez ficaremos vencidos.
São João Crisóstomo
apresenta este meio como muito principal para vencer as tentações.
Vai falando do Demônio nosso inimigo e da contínua guerra que
nos faz, e diz: Bem sabeis
meus irmãos, que temos no Demônio um contínuo inimigo, que sempre
está nos fazendo guerra, porque nunca dorme nem descansa; nunca
com este tirano há tréguas, e assim vos é necessário andar sempre
mui apercebidos com grande cuidado e vigilância, para não serdes
dele vencidos. E como nos
aperceberemos e prepararemos bem para não sermos vencidos, mas
vencer e sobrepujar sempre este traidor? Diz São João Crisóstomo:
O meio único e singular
para isso é ter antes negociado este auxílio especial de Deus
com a nossa boa vida (Hom.
60, sup. Gen.).
Desta sorte venceremos
sempre: Et non aliter. Note-se a palavra: E
não de outra sorte. O
mesmo nota São Basílio por estas palavras: O
que deseja ser ajudado do Senhor, nunca deixa de fazer o que deve; e
o que isto faz, nunca é desamparado do favor Divino, pelo que
havemos de ter muito cuidado que em nada nos remorda a consciência.
Com muita razão infere São Basílio o fruto que daqui
havemos de tirar: que é andar
com tanto cuidado e desvelo nos exercícios espirituais e em todas
as mais obras que de nenhuma coisa nos remorda a consciência, para
que sejamos dignos e merecedores deste auxílio especial de Deus.
Daqui se vê claramente quanto nos importa fazer muito caso de
coisas pequenas, se pequenas se podem chamar as que nos
granjeiam tanto bem, e nos podem causar tanto mal.
Por isso disse o Sábio: 'O
que teme a Deus em nada se descuida' (Eclo.
7, 19), em nenhuma
coisa deixa de ter cuidado, por mínima que seja, porque sabe
muito bem que das coisas menores se vem pouco a pouco a cair nas
maiores, e porque teme que, se deixar de ser liberal para com Deus
nestas coisas, deixará também Deus de ser liberal para com
ele.
Em conclusão digo que é
isto de tal valor, e o havemos de estimar tanto, que podemos dar
esta regra geral: enquanto
cada um fizer caso de coisas pequenas e miúdas, andará bem e o
Senhor lhe fará mercês; mas pelo contrário, quando não fizer
caso de coisas pequenas e miúdas, andará em grande perigo, porque
por este caminho costuma entrar o mal no religioso.
Bem no-lo deu a entender Cristo Senhor Nosso, quando disse:
'Quem é fiel no menos
sê-lo-á também no mais; e quem é infiel no pouco também o será
no muito' (S. Luc. 16, 10).
Quando cada um quiser ver
como vai o seu aproveitamento, (que é justo muitas vezes
façamos reflexão sobre isto), examine-o por esta via,
vendo se faz caso das coisas pequenas, ou se vai adquirindo
liberdade para não fazer caso delas; e se acha que já não
repara em coisas miúdas nem lhe remorde a consciência como
costumava, quando falta nelas, procure remediá-lo com todo
o cuidado. O Demônio, diz
São Basílio, quando vê
que não nos pode apartar da Religião, procura com todas as suas
forças persuadir-nos que não nos demos à perfeição, e que não
façamos caso das coisas pequenas, enganando-nos com falsa segurança
de que por causa de coisas miúdas não se perde a Deus, Nós pelo
contrário devemos procurar que, assim como não nos pode
apartar da Religião, assim também não nos possa impedir a
perfeição, antes nos demos a ela com todas as nossas forças
fazendo muito caso de coisas pequenas e miúdas
(Serm. De Renunt. Saeculi istius, & spirituali perfect.)” (Santo
Afonso Rodrigues, ob. cit., cap. X).
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Fonte: Acessar o ensaio "Reminiscência sobre a Modéstia no Vestir" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".
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