Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

EXERCÍCIO DE AÇÃO DE GRAÇAS PARA O DIA DE ANO BOM.

 


Orações Iniciais


V. Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos, Deus Nosso Senhor, dos nossos inimigos.

R. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.1


Súplica ao Divino Espírito Santo


V. Vinde, Espírito Santo, encheis os corações dos vossos fiéis; e acendei neles o fogo do vosso amor.2


V. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado.

R. E renovareis a face da terra.


Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, concedei-nos que pelo mesmo Espírito conheçamos tudo o que é reto, e gozemos sempre as suas consolações. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.



Reflexão3


Neste dia 1º de Janeiro, começa o ano civil, como o Eclesiástico na 1ª Dominga do Advento. Agradeçamos a Deus o ter-nos concedido iniciar mais este ano que é de graça e de misericórdia, como todos os da presente vida nossa; ponderemos que talvez não lhe vejamos o fim, e firmemos a resolução de reparar o passado e preparar o futuro, fazendo todo bem que está em nossas mãos, fugindo do pecado e das ocasiões de pecado, conforme a experiência adquirida, talvez bem cara, nos anos passados.

São louváveis os cumprimentos e votos que se costumam oferecer mutuamente os Cristãos neste dia, com tal, porém, que sejam cordiais e sinceros sinais de afeto e caridade, sem o que não passariam de cerimônia pagã, sem préstimo algum.


V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.

R. Senhor, apressai-Vos em me socorrer.

V. Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo.4

R. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.



Sequentia Aurea:

Veni Sancte Spiritus5


Veni, Sancte Spíritus,

et emitte caelitus

lucis tuae radium.


Veni, pater pauperum,

veni, dator munerum

veni, lumen cordium.


Consolator optime,

dulcis hospes animae,

dulce refrigerium.


In labore requies,

in aestu temperies

in fletu solatium.


O lux beatissima,

reple cordis intima

tuorum fidelium.


Sine tuo numine,

nihil est in homine,

nihil est innoxium.


Lava quod est sordidum,

riga quod est aridum,

sana quod est saucium.


Flecte quod est rigidum,

fove quod est frigidum,

rege quod est devium.


Da tuis fidelibus,

in te confidentibus,

sacrum septenarium.


Da virtutis meritum,

da salutis exitum,

da perenne gaudium.

Amen. Alleluia.

Em Português

Vinde, Espírito Criador,

visitai as almas dos Vossos,

enchei de graça celestial,

os corações que criastes.

Sois o Divino Consolador,

o dom do Deus Altíssimo,

fonte viva, o fogo, a caridade,

a unção dos espirituais.

Com os Vossos sete dons,

sois o dedo da direita de Deus,

Solene promessa do Pai,

Inspirando nossas palavras.

Acendei a luz nos sentidos;

insuflai o amor nos corações,

amparai na constante virtude

a nossa carne enfraquecida.

Afastai para longe o inimigo,

Trazei-nos prontamente a paz;

Assim guiados por Vós

Evitaremos todo o mal.


Por Vós explicar-se-á o Pai,

E conheceremos o Filho;

Dai-nos crer sempre em Vós

Espírito do Pai e do Filho.


Glória ao Pai, Senhor,

Ao Filho que ressuscitou

Assim como ao Consolador.

Por todos os séculos. Amém.


V/ Enviai, Senhor, o vosso espírito e tudo será criado.

R/ E renovareis a face da terra.


Oremos: Ó Deus, que ilustrastes os corações dos fiéis com as luzes do Espírito Santo, dai-nos, pelo mesmo Espírito, procurar o que é reto, e nos alegrarmos sempre com a sua consolação. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.



Oração para o Início do Ano6


V. Deus Trino e Uno, sois meu Criador, Redentor e Santificador. Adoro-Vos humildemente e confesso que sois meu Senhor Supremo. Consagro-Vos este novo ano: sou todo vosso; para Vós eu vivo, só vosso quero ser para sempre.

R. Ó Santíssima Trindade, graças vos rendo por todos os vossos benefícios e em particular pela graça de poder iniciar este novo ano. Acrescentai ainda a este favor o de saber aproveitar-me bem desta dádiva.

V. Ó Jesus, que no dia de hoje derramastes as primeiras gotas de vosso Sangue, proponho-me viver muito fielmente durante este novo ano. Espero que seja verdadeiramente um Ano Bom e assim vos possa preparar muitas alegrias.

R. Ofereço-Vos tudo o que este novo ano consiga trazer; ponho em vosso Coração adorável todos os meus trabalhos, orações, fadigas, penas e alegrias. Abençoai cada uma de suas horas e cada um de seus dias, preservai-me do pecado e aumentai em mim o amor e o zelo por vossa glória.

V. Dai-me todas as graças corporais e espirituais que me forem necessárias, a fim de que possa aproveitar conscienciosamente este ano.

R. Abençoai meu corpo, conservai-me puro e casto em vosso santo serviço. Abençoai minha alma com todas as suas potências; iluminai meu entendimento, dirigi minha vontade e dai-me zelo e fidelidade na prática do bem.

V. Rogo-Vos também por toda a humanidade: por meus parentes, por todos os membros da Congregação, tanto os que se acham aqui como os que trabalham nas Missões, por todos os nossos benfeitores, amigos e inimigos, pelos gentios e pelas Almas do Purgatório. Que este ano seja rico em bênçãos para todos!

R. Finalmente, me coloco e a todos os que vos recomendei sob o patrocínio da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, de São José, nossos Santos Padroeiros e de todos os Anjos e Santos do Céu. Amém.

Glória ao Pai…



Hino7

Veni, Creator Spíritus.


Veni, Creator Spíritus,

mentes tuórum visita,

imple supérna grátia,

quae tu creásti péctora.

Qui díceris Paráclitus,

altíssimi donum Dei,

fons vivus, ignis, cáritas,

et spiritális únctio.

Tu septifórmis múnere,

dígitus paternae déxterae,

tu rite promíssum Patris,

sermóne ditans gúttura.

Accénde lumen sénsibus;

infunde amórem córdibus,

infírma nostri córporis

virtúte firmans pérpeti.

Hostem repéllas lóngius,

pacémque dones prótinus;

ductóre sic te praevio

vitemus omne noxium.


Per te sciámus da Patrem,

noscamus atque Filium;

teque utriúsque Spíritum

credamus omni témpore.

Deo Patri sit glória,

et Fillio, qui a mórtuis

surréxit, ac Paráclito,

in saeculórum saecula. Amem.


V/ Emítte Spíritum tuum, et creabúntur.

R/ Et renovábis fáciem terrae.


Oremus: Deus qui corda fidélium Sancti Spíritus illustratióne docuísti: da nobis in eódem Spíritu recta sápere; et de ejus semper consolatióne gaudére. Per Christum dominum nostrum. Amen.

Em Português

Vinde, Espírito Criador,

visitai as almas dos Vossos,

enchei de graça celestial,

os corações que criastes.

Sois o Divino Consolador,

o dom do Deus Altíssimo,

fonte viva, o fogo, a caridade,

a unção dos espirituais.

Com os Vossos sete dons,

sois o dedo da direita de Deus,

Solene promessa do Pai,

Inspirando nossas palavras.

Acendei a luz nos sentidos;

insuflai o amor nos corações,

amparai na constante virtude

a nossa carne enfraquecida.

Afastai para longe o inimigo,

Trazei-nos prontamente a paz;

Assim guiados por Vós

Evitaremos todo o mal.


Por Vós explicar-se-á o Pai,

E conheceremos o Filho;

Dai-nos crer sempre em Vós

Espírito do Pai e do Filho.


Glória ao Pai, Senhor,

Ao Filho que ressuscitou

Assim como ao Consolador.

Por todos os séculos. Amém.


V/ Enviai, Senhor, o vosso espírito e tudo será criado.

R/ E renovareis a face da terra.


Oremos: Ó Deus, que ilustrastes os corações dos fiéis com as luzes do Espírito Santo, dai-nos, pelo mesmo Espírito, procurar o que é reto, e nos alegrarmos sempre com a sua consolação. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.


____________________________

1.  Concede-se indulgência parcial ao fiel que faça devotamente o Sinal da Cruz, proferindo as palavras costumeiras: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito. Amém. Manual das Indulgências – Normas e Concessões, Concessão 55, p. 65. 2ª Edição, Editora Paulos, São Paulo/SP, 1990.

2.  Indulgência parcial. Manual das Indulgências, ob. cit., Concessão 62, p. 72.

3.  Goffiné… ob. cit., pp. 272-273.

4.  Indulgência parcial. Manual das Indulgências, ob. cit., Apêndice, p. 78.

6.  “Vademecum”… ob. cit., pp. 292-293.

EXERCÍCIO DE AÇÃO DE GRAÇAS PARA O ÚLTIMO DIA DO ANO.

 

Orações Iniciais


V. Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos, Deus Nosso Senhor, dos nossos inimigos.

R. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.1


Súplica ao Divino Espírito Santo


V. Vinde, Espírito Santo, encheis os corações dos vossos fiéis; e acendei neles o fogo do vosso amor.2


V. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado.

R. E renovareis a face da terra.


Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, concedei-nos que pelo mesmo Espírito conheçamos tudo o que é reto, e gozemos sempre as suas consolações. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.



Reflexão3


Mais um ano a cair no oceano da eternidade. Estará essa gota de tempo pura de todo pecado meu? Que coisa fiz por Deus, por minha alma? Serei porventura melhor no fim deste ano do que era quando principiou? Qual seria hoje a conta dos meus méritos em vista das graças que recebi?

Mui bem lembrados andam alguns que, nos extremos do ano, se confessam e recebem a Sagrada Comunhão, como se fosse em viático. Depois de suficiente exame de consciência, rezam as orações da Agonia, preparam-se para morrer, ajustam as contas da alma, como acertam as suas os negociantes na mesma época.

Até quando, ó Deus meu! Serão mais prudentes os filhos do século do que os filhos da luz?! 


V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.

R. Senhor, apressai-Vos em me socorrer.

V. Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo.4

R. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.


Senhor, luz e mais luz,

enviai a vossa Luz,

dissipai as minhas trevas,

abri os meus olhos;

porque sem sermos esclarecidos,

não podemos evitar os precipícios

e nem achar a Deus”.



Oração para o Fim do Ano5


V. Ao findar este ano, ó Deus Trino e Uno, venho prestar-Vos contas sobre esse período de vida que em Vossa graça e misericórdia me concedestes. Lançando um olhar retrospectivo sobre o ano findo, meu primeiro sentimento é de uma gratidão sincera para conVosco, meu divino Benfeitor.

R. De todo o coração vos agradeço por me terdes dado a vida e preservado da morte imprevista e má. Graças vos rendo por todos os benefícios corporais e espirituais que me concedestes, por vossa proteção e assistência, pelas alegrias, consolações e sofrimentos, sobretudo pela recepção dos Santos Sacramentos e por todas as graças de que me cumulastes.

V. Também vos suplico perdão de minhas numerosas infidelidades e pecados que cometi no ano findo e em toda a minha vida. Fostes sempre tão bondoso para comigo e eu tão infiel, contristando-Vos tantas e tantas vezes.

R. Pesa-me de todo o coração por ter sido tão ingrato para convosco, ó meu Celeste Benfeitor! Arrependo-me ainda de ter aproveitado mal o tempo precioso que me destes para trabalhar por vossa glória e pela salvação de minha alma. Tende piedade de mim e reparai os prejuízos que causei a vossa glória, à minha alma e à de meu próximo.

V. O fim do ano lembra-me quão breve é a vida terrena, para cujo termo caminho rapidamente. Meu Deus, dentro em pouco, minha peregrinação terminará. Então há de chegar o momento em que deverei prestar contas diante de vosso Tribunal, a hora em que se decidirá minha sorte eterna.

R. Deus Onipotente e Eterno, só Vós sois imutável e imortal, meu único repouso, minha verdadeira finalidade, minha consumação bendita. Multiplicai em mim os efeitos de vosso auxílio, para que aproveite melhor o tempo que ainda me resta para viver, para vossa glória e minha salvação. Fazei com que todo o meu ser se dirija somente para Vós.

V. Ó Maria, minha querida Mãe, meu Santo Anjo da Guarda, São José e todos os meus Santos Padroeiros, graças vos dou, por me haverdes protegido e intercedido por mim no decorrer do ano que ora termina.

R. Acompanhai-me através de novo ano e auxiliai-me, a fim de que ele seja realmente um ano de graças e de salvação. Amém.


Glória ao Pai...



Te Deum Laudamus6


Te Deum laudámus: te Dóminum confitémur.

Te aetérnum Patrem omnis terra venerátur.

Tibi omnes Angeli, tibi Caeli, et univérsae Potestátes.

Tibi Chérubim et Séraphim incessábili você proclámant:

Sanctus, Sanctus, Sanctus Dóminus, Deus Sábaoth.

Pleni sunt caeli et terra majestátis glóriae tuae.

Te gloriósus Apostolórum chorus,

Te Prophetárum laudábilis númerus,

Te Mártyrum candidátus laudat exércitus.

Te per orbem terrárum sancta confitétur Ecclésia,

Patrem imménsae majestátis;

Venerándum tuum verum et únicum Filium;

Sanctum quoque Paráclitum Spíritum.

Tu Rex glóriae, Christe.

Tu Patris sempitérnus es Filius.

Tu, ad liberándum susceptúrus hóminem, non horruísti Vírginis úterum.

Tu, devícto mortis acúleo, aperuísti credéntibus regna caelórum.

Tu ad déxteram dei sedes, in glória Patris.

Judex créderis esse ventúrus.

(este versículo diz de joelhos).

Te ergo quáesumus, tuis fámulis súbveni, quos pretióso sánguine redemísti.

Aetérna fac cum Sanctis tuis in glória numerári.

Salvum fac pópulum tuum, Dómine, et bénedic hereditáti tuae.

Ete rege eos, et extólle illos usque in aetérnum.

Per síngulos dies benedícimus te;

Et laudámus nomen tuum in saéculum, et in saéculum saéculi.

Dignáre, Dómine, die isto sine peccáto nos custodíre.

Miserére nostri, Dómine, miserére nostri.

Fiat misericórdia tua, Dómine, super nos, quemádmodum sperávimus in te.

Inte, Dómine, sperávi: non confúndar in aetérnum.


V. Benedicámus Patrem et Fílium cum Sancto Spíritu.

R. Laudémus et superexaltémus eum in saécula.

V. Benedíctus es, Dómine, in firmaménto caeli.

R. Et laudábilis, et gloriósus, et superexaltátus in saélula.


V. Dómine, exáudi oratiónem meam.

R. Et clamor meus ad te véniat.

V. Dóminus vobíscum.

R. Et cum spíritu tuo.

Oremus...


Em Português


A Vós, ó Deus, louvamos; a Vós por Senhor confessamos.
A Vós, ó eterno Pai, adora toda a terra.
A Vós todos os Anjos; a vós os Céus e todas as potestades.
A Vós os Querubins e Serafins proclamam com incessantes vozes:
Santo, Santo, Santo é o Senhor, Deus dos Exércitos.
Cheios estão os Céus e a terra da Majestade de vossa glória.
A Vós o glorioso coro dos Apóstolos.
A Vós o louvável número dos profetas.
A Vós confessa a Santa Igreja por toda a redondeza da terra.
Pai de imensa Majestade.
Ao vosso adorável, verdadeiro e único Filho.
E também ao Espírito Santo Consolador.
Vós, ó Cristo, Rei da glória.
Vós sois eterno Filho do Pai.
Vós, para remirdes o homem, havendo de tomar sua carne, não duvidastes entrar no ventre de uma Virgem.
Vós, triunfando da espada da morte, abristes aos fiéis o reino dos Céus.
Vós estais sentado à Mão direita de Deus, na glória do Pai.
Cremos que haveis de vir como Juiz.

Por isso, Vos rogamos, socorrais a vossos servos, remidos com o Vosso precioso Sangue. (diz-se de joelhos)

Fazei com que sejamos do número dos vossos Santos na glória eterna.
Salvai, Senhor, o vosso povo e abençoai a vossa herança.
E governai-os e exaltai-os eternamente.
Todos os dias vos bendizemos.
E louvamos vosso Nome sem fim, pelos séculos dos séculos.
Dignai-vos, Senhor, preservar-nos de todo o pecado neste dia.
Tende misericórdia de nós, Senhor, compadecei-vos de nós.
Venha, Senhor, a vossa misericórdia sobre nós, segundo temos esperado em Vós.
Em Vós, Senhor, esperei, não seja eu confundido eternamente.


V. Salvai o vosso servo.
R. Que espera em Vós, meu Deus.
V. Ouvi, Senhor, a minha oração.
R. E chegue a Vós o meu clamor.
V. O Senhor seja convosco.
R. E com o vosso espírito.


Oremos: Ó Deus, cuja misericórdia não tem limites e cujo tesouro de bondade é infinito, nós redemos graças a vossa piíssima Majestade pelos benefícios que nos haveis concedido, suplicando sempre a vossa clemência, para que, aos que concedeis o que pediram, não desampareis jamais, e os disponhais para receberem os prêmios eternos. Por Cristo nosso Senhor. R. Amém.

Oremos: Nós vos pedimos, Deus nosso Senhor, que façais os vossos servos gozar de perpétua saúde de alma e corpo e que pela intercessão gloriosa da Bem-aventurada Virgem Maria sejam livres da presente tristeza e gozem da eterna alegria.

Olhai, Senhor, para este rebanho que desprezou o mundo e a concupiscência da carne, se detenha humildemente sob a asa da vossa proteção: e protegei suas almas devotas tanto com o sinal de vossa invictíssima Cruz, quanto as vestis com o santo hábito interior de nossa santa religião, para que sejam ornados pela fé, seguros pela esperança e inflamados pela caridade. Fazei-os, Senhor, desprezar o mundo e o que está no mundo, e derramai o orvalho de vossa bên†ção sobre aqueles que vos procuram para seu Esposo e verdadeiro Pai, porque abandonaram a milícia de Satanás; livrai-os de todos os pecados, fortalecei seu coração nas tentações e afastai igualmente sua mente dos desejos depravados, para que livres das ilícitas concupiscências, sigam a Cruz nua, e qual outra Madalena, fugindo do mundo, gozem aqui a participação da vida celeste e no fim recebam a vida eterna, juntamente, com os vossos santos, a qual os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem subiu ao coração do homem. Pelo mesmo Cristo nosso Senhor. R. Amém.


_______________________________

1.  Concede-se indulgência parcial ao fiel que faça devotamente o Sinal da Cruz, proferindo as palavras costumeiras: "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito. Amém". Manual das Indulgências – Normas e Concessões, Concessão 55, p. 65. 2ª Edição, Editora Paulos, São Paulo/SP, 1990.

2.  Indulgência parcial. Manual das Indulgências, ob. cit., Concessão 62, p. 72.

3.  Goffiné – Manual do Cristão, traduzido da 14ª Edição francesa, por um Padre da Congregação da Missão, pp. 275-276. Colégio da Imaculada Conceição (Botafogo), Rio de Janeiro, 1940.

4.  Indulgência parcial. Manual das Indulgências, ob. cit., Apêndice, p. 78.

5.  “Vademecum”, 3ª Parte, Cap. “Tempo do Natal”, pp. 290-292; Editado pela Direção Geral das Missionárias “Servas do Espírito Santo”, Tipografia do “Lar Católico”, Juiz de Fora-MG, 1958.

6.  Missal Quotidiano e Vesperal, por D. Gaspar Lefebvre, O.S.B., “Te Deum”, pp. 1963-1965. Desclée de Brouwer & Cie, Bruges (Bélgica). 1951.



quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

SANTOS AVISOS AOS SACERDOTES DA IGREJA CATÓLICA.

 


Exemplos para Excitar os Padres

a Celebrar todo Dia,

Salvo caso de Legítimo Impedimento.



Fazer o Serviço do Senhor com Perfeição, pois:

Maldito o que faz a obra do Senhor frouxamente”

(Jer. 48, 10).


Ó Sacerdotes de Cristo, procedei de tal modo que, antes de tudo, seja simples e pura a vossa intenção, e que só tenhais a Deus em vista.

Com esta finalidade, renovai, ao menos mentalmente, antes de começar a Santa Missa, as quatro intenções ensinadas anteriormente, e em vosso memento, depois de feita a aplicação devida, oferecei brevemente o Sacrifício ao Altíssimo, para os fins a que foi instituído, isto é, para honrar a Deus, agradecer-Lhe, dar-Lhe reparação, e obter de sua bondade todos os bens.

Ponde em seguida todo o cuidado, a fim de celebrar com o máximo de modéstia, recolhimento, e atenção possível, calmamente, sem vos apressardes, mas empregando todo o tempo necessário para pronunciar bem todas as palavras, para executar integralmente todas as cerimônias com a gravidade e dignidade convenientes. Pois, se as palavras não são bem articuladas e as cerimônias bem feitas, ao invés de excitar a piedade e devoção, tornam-se para os assistentes motivo de escândalo.

Isto posto, todo Sacerdote deve tomar a firme e constante resolução de celebrar todos os dias a Santa Missa.

Se, na Igreja primitiva, os leigos comungavam diariamente, é de crer com mais forte razão que os Padres celebravam todos os dias.

Santo André dizia a seu perseguidor: Quotidie Emmolo Deo Agnum immaculatum. “Ofereço diariamente a Deus, o Cordeiro imaculado”. E São Cipriano, em uma de suas cartas: Sacerdotes qui Sacrificium Deo quotidie immolamus. “Nós, Sacerdotes, que cada dia oferecemos a Deus o Sacrifício”.

São Gregório Magno conta que São Cassiano, Bispo de Narni, tinha o costume de celebrar a Santa Missa todos os dias, e que seu capelão recebeu de Deus a ordem de dizer-lhe, que fazia muito bem, e quão agradável Lhe era a devoção do Santo Bispo, estando-lhe reservada grande recompensa no Paraíso.

Ao contrário, os Padres que, por negligência, omitem a celebração da Santa Missa, prejudicam imensamente a Igreja, de um modo que ninguém pode calcular.

É bem conhecida a sentença do Venerável Beda: Sacerdos qui absque legitimo impedimento Missae celebrationem omittit, quantum in ipso est sanctíssimam Trinitatem privat laude et gloria, angelos laetitia, Peccatores venia, justos auxilio et gratia, existentes in Purgatorio subsidio et refrigerio, Ecclesiam ipsam ingenti beneficio, et seipsum medicina et remedio.

O Sacerdote que, sem um legítimo impedimento, omite a celebração da Santa Missa, em quanto lhe é dado, priva os pecadores de perdão; os justos de graça; as almas do Purgatório de refrigério e socorro; toda a Igreja de imenso benefício, e enfim, a si próprio de medicina e remédio”.

Onde encontrareis ladrão tão audacioso que, de uma vez, cometa um roubo de tal importância, como este Padre que, omitindo sem motivo, a Santa Missa, subtrai tão grandes bens aos vivos, aos mortos e a toda a Igreja? Múltiplas ocupações não constituem desculpa.



O Bem-aventurado Fernando, Arcebispo de Granada, e ao mesmo tempo Primeiro Ministro do reino e, portanto, assoberbado de afazeres, celebrava, ainda assim, diariamente. O Cardeal de Toledo comunicou-lhe que a corte lamentava que, com tantos negócios a atender, celebrasse diariamente. “É justamente por isso, respondeu o servo de Deus. Já que suas altezas impuseram-me aos ombros fardo tão pesado, não acho, para manter-me, melhor sustentáculo, que o Santo Sacrifício da Missa, no qual vou haurir força e coragem para desempenhar minhas funções”.

Muito menos vale para escusar-me uma espécie de humildade como a de São Pedro Celestino. A ideia sublime que ele fazia deste Mistério leva-o a abster-se de celebrar diariamente. Apareceu-lhe, porém, um santo Abade e lhe disse severamente: “E que Serafim digno de celebrar encontrareis no Céu? A escolha de Deus para ministros do Santo Sacrifício não recaiu sobre os Anjos, mas sobre os homens, como tais sujeitos a mil imperfeições. Está bem que vos humilheis; mas celebrai diariamente, que tal é a vontade de Deus”.

No entanto, para que a frequência não diminua o respeito, esforçai-vos por imitar estes Santos que se salientaram especialmente pela modéstia e devoção nos Santos Mistérios.

O grande e ilustre Arcebispo São Herberto celebrava com tão extraordinário fervor, que parecia um Anjo do Paraíso. São Lourenço Justiniano ficava imóvel no altar, seus olhos pareciam rios de lágrimas, e seu espírito se empolgava todo em Deus. Entre todos, porém, distingue-se São Francisco de Sales; jamais se viu um Padre subir ao altar com mais majestade, respeito e recolhimento. Quando se revestia dos ornamentos sagrados, depunha e afastava todo pensamento estranho, e, apenas punha o pé no primeiro degrau do altar, sua fisionomia, em que se refletia o recolhimento de sua alma, assumia uma expressão toda angélica que deixava encantados os assistentes.

Mas como encontravam estes Santos tantas delícias espirituais na celebração da Santa Missa! É que celebravam como se estivessem em presença de toda a corte celeste. Assim acontecia realmente a São Bonet, Bispo de Clermont. Uma noite em que ficara sozinho na igreja, apareceu-lhe a Santíssima Virgem rodeada de uma multidão de Santos. Alguns dentre eles perguntaram à Augusta Rainha quem devia celebrar a Santa Missa. “Bonet, o meu servo bem-amado”, respondeu Ela. O Santo Bispo, ouvindo pronunciar seu nome, recuou assustado, buscando esconder-se, e a parede de pedra, sobre o qual se apoiou, por um grande milagre, amoleceu; a forma de seu corpo aí ficou impressa e ainda se pode ver. Sua humildade só lhe serviu para o tornar mais digno. Teve de celebrar em presença da Santíssima Virgem Maria, com assistência de todos aqueles cidadãos do Céu. Depois da Santa Missa a Santíssima Virgem deu-lhe uma alva de fulgente brancura e de estofo tão fino como não se pode encontrar nenhum comparável.

Ainda hoje se venera esta alva como preciosa relíquia. Com que modéstia, pergunto-vos, com que recolhimento e amor não terá ele celebrado aquela Santa Missa?




Se este exemplo, entretanto, vos parece por demais extraordinário, imitai então a conduta do glorioso São Vicente Ferrer. Diariamente ele celebrava a Santa Missa, antes de pregar a um inumerável auditório.

Ora, duas coisas ele levava ao santo altar: uma soberana pureza de alma e uma extremada compostura exterior. Para conseguir a primeira, confessava-se cada manhã; e eis o que eu quisera de vós, ó Sacerdotes, que buscais a maior honra de Deus, ao celebrar os Santos Mistérios.

É espantoso que alguns empreguem meia hora lendo livrinhos em preparação ao Santo Sacrifício, enquanto que um curto exame e um ato de viva contrição sobre qualquer pecado da vida passada, se não houver outra matéria, bastar-lhe-ia para adquirir grande pureza de coração. Esta é a preparação mais perfeita que poderíeis fazer para a Santa Missa: confessar-vos, o mais que puderdes, todas as manhãs.

Bani todo escrúpulo e não desprezeis o conselho que vos dou. Oh! Que messe abundante de méritos amontoareis então! Como me agradeceríeis ao encontrar-nos na Bem-aventurança eterna!

Para alcançar a segunda, o Santo queria que o altar fosse ornamentado com magnificência; exigia extremo asseio nos paramentos e vasos sagrados. Confesso que a pobreza de muitas igrejas escusa-as de possuir paramentos ricos, bordados a ouro e seda; quem pode, porém, dispensar o asseio e a decência convenientes? Zelo tão ardente pelos Santos Mistérios animava o seráfico São Francisco, que, apesar de seu amor à santa pobreza, queria os altares mantidos em perfeita limpeza, e mais ainda os sagrados paramentos que diretamente servem ao Divino Sacramento. Ele mesmo punha-se muitas vezes a varrer as igrejas.

São Carlos, em suas ordenações, mostra-se tão exigente em coisas que podem parecer mesquinhas minúcias, que, na verdade é de admirar.

Para terminar, a Augusta Mãe de Jesus, nosso Deus, quis pessoalmente fazer-nos compreender esta necessidade, quando em uma aparição a Santa Brígida, disse: Missa dicinon debet nisi in ornamentis mundis. “Não se deve celebrar a Santa Missa senão com paramentos convenientes, que inspirem devoção por seu asseio e decência”.



Antes de terminar este parágrafo, resta dizer algo a respeito do ministro (acólito) que serve à Santa Missa. Em nossa época dá-se aos meninos e a ignorantes este encargo, de que nem os próprios reis seriam dignos.

Diz São Boaventura que, é um mister angélico, pois muitos Anjos assistem ao Santo Sacrifício e servem a Deus neste santo Ministério.

A gloriosa Santa Matilde viu a alma de um irmão leigo envolta em deslumbrante claridade por ter-se empregado com extremo fervor em servir em todas as Santas Missas que pudera.



São Tomás de Aquino, o sol da Escolástica, conhecia bem o valor inestimável deste ofício de servir no divino Sacrifício, e não se dava por satisfeito se, depois de ter celebrado a Santa Missa, não ajudava a outra.

São Tomás More, chanceler da Inglaterra, punha suas delícias nesta santa função; e certo dia, admoestado por um grande do reino que lhe avisava de que o rei Henrique veria com desprazer ação tão pouco digna de um Primeiro Ministro, respondeu: “Não pode desagradar a meu senhor, o rei, que eu sirva o Senhor de meu rei, o qual é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores”.

Aí está o bastante para confundir essas pessoas, às vezes até piedosas, a quem é preciso pedir e suplicar para que ajudem à Santa Missa, quando deveriam porfiar e apoderar-se do missal, a fim de ter a honra de desempenhar emprego tão santo, que faz inveja aos próprios Anjos e Santos do Paraíso.



Importa, evidentemente, velar com cuidado, para que os que ajudam à Santa Missa, sejam bem instruídos quanto a seu papel.

Devem manter os olhos baixos, uma atitude modesta e piedosa; cumpre-lhes pronunciar as palavras, distintamente, docemente, em voz não baixa demais, que o Sacerdote não os ouça, nem por demais alta, que incomode os que celebram nos altares próximos.

Dever-se-ia, outrossim, excluir certos meninos muito levianos, que brincam e fazem barulho e perturbam o recolhimento do Sacerdote. Rogo a Deus que inspire aos homens prudentes dedicarem-se a este ofício tão santo e louvável. Competiria aos mais nobres e aos mais instruídos dar este belo exemplo.




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Fonte: São Leonardo de Porto-Maurício, O.F.M., “Tesouro Oculto – ou, As Excelências da Santa Missa”, conforme a edição romana de 1737 dedicada a S. S. O Papa Clemente XII.


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