1. Confessais que Maria Santíssima é a Obra-prima do Criador, Filha predileta de Deus Pai, que n’Ela tem as Suas complacências? Confessamos, sim!
2. Confessais que Ela é a mais formosa entre as criaturas, e a Mãe queridíssima de Deus-Filho? Confessamos, sim!
3. Confessais que Maria Santíssima está acima de todos os Espíritos angélicos, e que é a Esposa puríssima do Espírito Santo? Confessamos, sim!
4. Confessais que Maria é a Rainha dos Anjos e dos Santos, Senhora dos Céus e da terra pelo inefável título de Mãe de Deus? Confessamos, sim!
5. Confessais que Maria é Imaculada na sua Conceição e que logo no primeiro instante do seu ser foi adornada com maior graça do que todos os Bem-aventurados? Confessamos, sim!
6. Confessais a Virgindade de Maria antes do parto, no parto e depois do parto? Confessamos, sim!
7. Confessais que Nossa Senhora correspondeu fielmente à graça com a maior continuidade e intensidade possíveis? Confessamos, sim!
8. Confessais que a Santíssima Virgem cooperou com o seu Divino Filho na Obra da nossa Restauração e Redenção? Confessamos, sim!
9. Confessais, que como fiel Esposa do Espírito Santo, com Ele coopera para a nossa Santificação? Confessamos, sim!
10. Tendes a Maria, como nossa Mãe na ordem da graça, proclamada como tal por Jesus Cristo na Cruz ao entregá-lA a São João e nele a todos os homens? Temos, sim!
11. Acreditais, portanto, que Ela é o Canal de todas as graças e que d’Aquela que nos deu Jesus receberemos todas as demais graças? Acreditamos, sim!
12. Quereis, pois, prestar a tão Soberana Rainha, a cujo império está submetido tudo o que existe abaixo de Deus, o culto devido às suas excelsas prerrogativas? Queremos, sim!
13. Consagrai-vos a esta divina Senhora e Mãe como escravos por amor, para viver submetidos à sua vontade? Consagramo-nos, sim!
14. Quereis fazê-lA depositária de tudo o que sois e tendes no corpo e na alma, para que Ela disponha de tudo como Dona e Senhora? Queremos, sim!
15. Quereis dar glória ao Senhor escolhendo para ir até Deus o mesmo caminho que Ele escolheu para vir até nós, isto é, a Virgem Santíssima? Queremos, sim!
16. Quereis viver por Maria, com Maria, em Maria e para Maria? Queremos, sim!
17. Quereis viver no seu puríssimo seio, para reproduzir em vossas almas do modo mais perfeito, a imagem de Jesus Cristo, lançando-as n’Aquele molde divino? Queremos, sim!
18. Amais estas cadeias que vos ligam no tempo e na eternidade, à Mãe do Amor Formoso? Amamo-las, sim!
Amamo-las, sim, querida Mãe!
E desejamos que a nossa vida inteira seja a homenagem do amor e da dependência dos nossos corações; neste espírito, aceitamos de antemão a morte, para dar, com essa destruição do nosso corpo, o último e supremo testemunho da nossa escravidão à vossa soberania, que com todo o gosto aceitamos e reconhecemos agora, para depois a continuar a cantar e a louvar para glória de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Assim seja.1
EXEMPLO2
Uma vocação devido à Ave Maria
Nascido na ilha Maurícia, de pais ingleses e protestantes, M. Tuckwel tem em si um exemplo tocante das misericordiosas antecipações da graça.
Na idade de seis anos ouviu recitar a Ave Maria, decorou-a e repetiu-a diante de sua mãe. Ela ralhou e o advertiu que não repetisse mais semelhante louvores a Maria, porque eram uma das superstições papistas. O menino obedeceu: mas, daí a algum tempo, lendo na Bíblia, acertou com a passagem de São Lucas, que narra a Saudação do Anjo à Maria. Como a mãe não soube lhe resolver a dúvida, voltou a recitar a Ave Maria.
Aos 13 anos, ouvindo falar contra o culto da Santíssima Virgem, protestou dizendo: “Que contradição a vossa! Quando a Bíblia vos manda e a todas as gerações, glorificar a Maria e chamá-lA Bem-aventurada”.
Ouvindo isto, sua mãe levantou-se e disse com violenta emoção: “Esse menino será nossa vergonha: ele acabará católico”.
De fato, logo que foi livre, M. Tuckwel se fez instruir e abraço o Catolicismo. Um dia que ele instava com sua irmã para segui-lo, esta lhe disse, mostrando-lhe os filhos: “Vês estes meninos, sabes se eu os amo: pois, eu lhes cravaria um punhal no coração antes do que deixá-los entrar nessa religião”. Maria quis também triunfar desta oposição, e a venceu. M. Tuckwel viu, uma vez, sua irmã em grande consternação; pois, seus dois filhos estavam com o croup, e a morte era iminente. Dize comigo a Ave Maria, e Maria os salvará! Vencida pela dor, a mãe ajoelhou-se e disse com o irmão: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, agora, por nós pobres pecadores”: e seus filhos escaparam.
M. Tuckwel deixou, então, o seu cargo de oficial para pedir as Ordens Sacras. Hoje, ele é um Sacerdote conhecido no mundo católico.
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1. Dr. D. Ildefonso Rodriguez Villar, “Pontos de Meditação sobre a Vida de Nossa Senhora”, Apêndice, pp. 439-440. Livraria Figueirinhas, Porto, 1946.
2. “Mês de Maria”, traduzido das Palhetas de Ouro, por Mons. Dr. José Basílio Pereira, 26º Dia, pp. 86-87. Editora Mensageiro da Fé Ltda, Salvador/BA, 1946.
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