nem para os Judeus, nem para os Gentios,
nem para a Igreja de Deus"
(1 Cor. 10, 32).
Deixaríamos de amá-lo, e adorá-lo como nosso Deus e Salvador, e de agradecer-lhe tão estupendo benefício?
Deixaríamos de compungir-nos e arrepender-nos de nossos pecados, pelos quais Jesus Cristo padecia e morria? Deixaríamos de oferecer-nos inteiramente a Deus, em Cristo e por Cristo, e de pedir-lhe o perdão pelos merecimentos de seu Filho espirando na Cruz, esperando consegui-lo por Ele?
Em fim, deixaríamos de mostrar até no nosso exterior modéstia, devoção e compunção? Pois eis aqui os sentimentos e afetos de que devemos estar animados quando assistimos ao tremendo, e adorável Sacrifício da Missa.
1ª) Uma Fé reta e sincera, que nos faz crer, e que de algum modo nos descobre os grandes Mistérios, que se encerram neste Divino Sacrifício;
2ª) o Temor à vista dos nossos pecados, e ao mesmo tempo a Confiança à vista de Jesus Cristo, que se oferece por nós ao Eterno Pai;
3ª) a Reverência e o Respeito a esta Divina Oblação, o respeito a Deus Padre, e que a Igreja o oferece pelo seu Ministro; e juntamente com Cristo e por Cristo, a Igreja e cada um dos cristãos se oferece a Deus para aplacá-lo, e para obter a sua misericórdia;
4ª) a detestação, o arrependimento e a dor dos nossos pecados, com os quais ofendemos a Deus, e para expiação dos quais Cristo se oferece;
5ª) o desejo de unir-nos à intenção da Igreja na oblação deste Sacrifício, que é oferecido em nome de todos. A Igreja oferece a Santa Missa, para adorar e honrar a Deus com o Culto Supremo que Lhe é devido; para pedir e obter de Deus o perdão e a expiação dos pecados; e para impetrar graças de benefícios, etc.; esta deve ser a mesma intenção dos que assistem à Santa Missa;
6ª) em fim, a atenção, a devoção e o interior recolhimento.
1ª) A decente e modesta compostura nos vestidos;
2ª) o silêncio e modéstia;
3ª) uma postura que indique respeito, devoção e humildade.
Estas são em suma as disposições com que se deve assistir ao Santo Sacrifício da Missa.
Daqui devemos inferir com o Catecismo de Montpelier (Part. III, Sec. II, Caps. 7, 9, 20), que não ouvem bem a Santa Missa, e que pecam contra a Reverência devida ao Divino Sacrifício:
1º) Os que a Ele assistem de um modo escandaloso, com as suas imodestas distrações, com posturas indecentes, com conversas pouco edificantes (e talvez indecorosas) e com enfeites totalmente profanos (e descompostos; o que por desgraça se vê em muitas igrejas) mostram que não tem algum sentimento de Religião;
2º) os que se achando em pecado mortal assistem à Santa Missa sem algum afeto à penitência e sem algum desejo de se converter. Segundo a presente Disciplina, não há lei alguma da Igreja que proíba aos pecadores (à exceção dos excomungados) assistirem ao Santo Sacrifício da Missa; eles, pois, devem assistir a Ela nos Domingos e Dias Santos: a Igreja obrigando os pecadores a assistir a Santa Missa, pretende que eles o façam com sentimentos de Fé, de Humildade e de Compunção, para moverem a Deus a que lhes conceda o Dom da Penitência e da inteira conversão, que eles devem desejar e procurar..." ("Manual das Missões e Devocionário Popular", por um Presbítero da Congregação da Missão, pp. 45-48, Ed. Cat. Benziger & C., Einsiedeln (Suíça), 1908).
'Vê, minha filha, estou atado a este lenho, inundado de Sangue, coberto de Chagas, para pagar o escândalo de teus trajes inconvenientes. Tu, por ironia cruel, apareces aqui ostentando tua elegância; não te envergonhas de mostrar-te a Meus olhos nesse estado em que escandalizas meus fiéis? Toma cuidado para que teu luxo e tua vaidade não te lancem ao fogo do Inferno!'
A garridice, o luxo é como um archote que acende desejos ilícitos até no coração dos justos; que fogo não acenderá nos levianos e impuros! As pessoas adornadas com tanto cuidado são sempre perigosas: desviam do altar a atenção dos homens e são a causa de distrações e pensamentos criminosos. Quem prepara o veneno comete um pecado mortal, mesmo que não o tome aquele a quem é destinado; o mesmo acontece com estas pessoas: pecam pelo único fato de expor os outros à tentação. Sua falta é ainda mais escandalosa, quando assim se apresentam na Santa Missa. Como responderão por suas vítimas no dia do Juízo? Acrescenta a isso que são uma ocasião de pecado para outras senhoras, a quem servem de figurinos de imitação" (Ven. Pe. Martinho de Cochem, "Explicação da Santa Missa", Cap. XXX, pp. 332-333, 2ª edição, Typ. de S. Francisco, Bahia, 1914).
afirma Pe. Bevilacqua,
parece ter sub-entrado
a necessidade de converter-se ao mundo"
(R. Pe. João Calábria, "Instaurare Omnia in Christo",
Part. II, Cap. "A Renúncia às obras de Satanás").
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