“Em meio a esses flagelos,
elevavam-se
homens orgulhosos e rebeldes, inimigos da Cruz de Cristo, homens de sentimentos
terrestres que não tinham por Deus senão o próprio ventre. Esses homens, em
lugar de se aplicarem à reforma dos costumes, negavam os Dogmas, multiplicavam
as desordens, relaxavam, para si e para os outros, o freio da licença; ou pelo
menos, desprezando a direção autorizada da Igreja, para lisonjear as paixões
dos príncipes e dos povos mais corrompidos chegavam por uma espécie de servidão
a derrubar a Doutrina, a Constituição e a Disciplina da Igreja. E depois,
imitando
os ímpios a quem se dirige a ameaça: 'Ai de vós que chamais mal ao bem e
bem ao mal',
chamavam reforma a essas rebeliões sediciosas e essa perversão da
Fé e dos Costumes, e se intitulavam a si mesmos reformadores. Porém, na
realidade eles eram corruptores pois, atrofiando, à força de dissenções e de
guerras, as energias da Europa,
preparavam as revoltas e a apostasia dos
tempos modernos” (São Pio X, Carta Encíclica “Editae Saepe”, de 26 de Maio
de 1910, por ocasião do tricentenário da Canonização de São Carlos Borromeu).
“... Certamente é uma boa ação
assistir aos
Protestantes em suas necessidades ou doenças, e
favorecê-los, sobretudo com a esmola espiritual, para que cheguem a reconhecer
a verdade;
mas, assistir a certas funções religiosas do erro, é mau, é trair
a Fé Católica” (Beato Pio IX, Audiência à Deputação Francesa, em 12 de
Junho de 1871).
“O Protestantismo não é
senão outra forma da verdadeira religião cristã, na qual se pode agradar a Deus
do mesmo modo que na Igreja Católica [cfr. Enc. “Noscitis et Nobiscum”, de 8 de
Dezembro de 1849]” (Beato Pio IX, “Sílabo Contendo os Principais Erros
da Nossa Época”, de 8 de Dezembro de 1864).
“... Estes exemplos preclaros de
inquebrantável sujeição aos príncipes, baseados nos santíssimos Preceitos da
Religião Cristã, condenam a insolência e a maldade dos que, instigados por
torpes desejos de liberdade sem freios, outra coisa não se propõem do que
calcar os direitos dos príncipes e reduzir os povos à mísera escravidão,
enganando-os com aparências de liberdade.
Este foi o objetivo dos valdenses,
dos begardos, dos wiclefitas e de outros filhos de belial que foram a desonra
do gênero humano, tantas vezes anatematizados pela Sé Apostólica. Sem outro
motivo senão
o de se congratularem com Lutero por haver rompido todo vínculo
de dependência, esses inovadores se esforçam audazmente por perpetrar as
maiores maldades...” (S.S. o Papa Gregório XVI, Carta Encíclica “Mirari vos”,
de 15 de Agosto de 1832).
“Essas provas da bondade
intrínseca da Igreja são tão brilhantes e sublimes quanto perenes. Vemos, no
entanto, como na Idade Média e nos primeiros séculos, nos tempos presentes esta
Igreja, assaltada e até certo ponto mais dura e dolorosamente que nunca.
Em consequência de uma série de causas históricas, bem conhecidas, a Pseudo
Reforma ergue no século XVI o estandarte da revolta e, resolvida a ferir a
Igreja no coração, atirou-se audaciosamente contra o Papado. Rompendo o vínculo
da antiga unidade de Jurisdição e de Fé, que reunia o povo sob uma só proteção
materna em um só redil, aumentando-lhe, sem cessar, pela harmonia das ideias, a
força, o prestígio e a glória, introduziu nas fileiras cristãs uma desagregação
lamentável e perniciosa...” (S.S. o Papa Leão XIII, Carta Encíclica
“Parvenu”, de 19 de Março de 1902).
“Esta ousadia de homens tão
falsos que ameaça cada dia a sociedade civil com maiores ruínas, e que
estremece a todos com inquietante preocupação, tem sua causa e origem nas
peçonhentas doutrinas que, difundidas entre os povos como boas sementes em
tempos passados, produziram em seu tempo frutos tão danosos. Bem sabeis,
Veneráveis Irmãos, que a guerra cruel iniciada contra a Fé Católica pelos
inovadores, desde o 16º século e que vem recrudescendo diariamente até o
presente, tinha por fim unicamente afastar toda Revelação e toda Ordem
Sobrenatural, para abrir a porta aos inventos e delírios da razão” (S.S. o
Papa Leão XIII, Carta Encíclica “Quod Apostólici Muneris”, de 28 de Dezembro de
1878).
“Desde os três primeiros séculos
e desde as origens da Igreja, período em que o Sangue dos Cristãos fecundou
toda a terra, pode-se dizer que nunca a Igreja correu tão grande perigo como o
que se manifestou nos fins do século XVIII. Então uma filosofia em delírio,
a
continuação da heresia e a apostasia dos inovadores, adquiriu sobre os
espíritos um poder de sedução, provocando transformação total, com o propósito
determinado de destruir as bases cristãs da Sociedade, não somente na França,
mas pouco a pouco em todas as nações” (S.S. o Papa Bento XV, Carta Encíclica
“Anno Jam Exeunte”, de 7 de Março de 1917; cfr. “A Paz Interior das Nações”,
[PIN 486], Ensinamentos Pontifícios, apresentação e índices pelos Monges de
Solesmes, Desclée et Cie, 1962).
“O primeiro a levantar a
bandeira da rebelião contra a Fé Católica, e principal autor dos males que
amarguraram a Igreja neste tempo foi Lutero. Com seu sistema perverso de
submeter a Palavra de Deus ao exame e juízo de cada um, causou mais dano à
Religião Católica, do que todos os hereges da idade passada; de maneira que,
com justiça, se pode chamar este apóstata, o primeiro entre os precursores do
Anticristo...
Oprimir aos outros com a
calúnia e a tirania, ridicularizar e desprezar as coisas mais augustas e santas
(II Tes. 2, 2-4); soberba, desregramento, ambição, petulância, cinismo
grosseiro e brutal, crápula, intemperança, desonestidade, eis os dotes do
caráter deste corifeu do Protestantismo (Nat. A. Gott, etc.). No ano de
1869 levantaram-lhe na Alemanha uma estátua como se fosse um insígne benfeitor
da humanidade” (São João Bosco, “História Eclesiástica”, 1954).
“O que o Demônio fazia entre
os luteranos, era tirar-lhes todos os meios de se afervorarem, assim os ia
perdendo.
Minha filha, agora mais do que
nunca, hão de fazer o contrário do que eles (os protestantes) fazem”
(Palavras de Nosso Senhor à Santa Teresa d'Ávila, “Opúsculos”, 1951).
“Que sucede no século XVI? Os
países da Europa se abrasam no fogo de uma guerra fratricida. Na Alemanha, um
astro sinistro se interpõe entre as almas e o Sol da verdade. Lutero e seus
sequazes dão o brado de guerra, o alvo de seus ataques é a Autoridade da
Igreja... Qual o fruto dessa rebelião? A destruição da comunhão de ideias. As
nações se afogam no sangue, as almas se vêem envolvidas nas trevas do erro, e a
heresia, como rio que transborda, arrasta as massas populares, a nobreza, os
tronos e até os ministros do altar. Portanto, os canais através dos quais Deus
derrama as graças sobre as almas estão envenenados!” (Santa Teresa de los
Andes; “Sombra e Luz na Idade Moderna – Demolidores e Criadores”, 1918).
O que disse Martinho Lutero
sobre a Revolução Protestante
Escreve Lutero: “Confesso-o,
que minha doutrina foi causa de numerosos escândalos; não negarei sequer que o
novo estado de coisas, frequentes vezes, faz-me tremer, particularmente quando
minha consciência me repreende por ter perturbado a antiga ordem da Igreja, que
era tão tranquila e tão pacífica sob o Papado, e por ter feito nascer com
minhas doutrinas, a discórdia e os tumultos” (“Obras de Lutero”,
Wittenberg, Tomo II, pp. 128-287).
O próprio Lutero escreveu: “Agora
vemos que o povo está se tornando mais infame, mais avarento, mais cruel, mais
luxurioso, pior em tudo, do que quando estava sob à obediência do Papado...”
Ele chama à sua cidade de
Wittenberg: “Uma Sodoma de imoralidades”, acrescentando que “seus habitantes,
pela metade, eram adúlteros, usuários, ladróes e velhacos, e que as autoridades
cruzavam os braços, não se sentindo com forças para pôr ordem a este estado de
coisas” (Grisar, “Luther”, 4, 210-215).
“O Protestantismo veio-nos
da Alemanha e sobretudo de Genebra. Ele foi bem denominado. Era impossível
qualificar a Reforma de Lutero com uma palavra diferente de protesto,
porque ela é protesto contra a Civilização Cristã, protesto contra a Igreja que
fundara essa Civilização, protesto contra Deus, do qual essa Civilização
emanava. O Protestantismo de Lutero é o eco sobre a terra do 'Non Serviam'
de Lúcifer. Ele proclama a liberdade, a dos rebeldes, a de Satã: o Liberalismo.
Ele diz aos reis e aos príncipes: 'Empregai vosso poder para sustentar e para
fazer triunfar minha revolta contra a Igreja e eu vos entrego toda a autoridade
religiosa' [Oeuvres de Luther', XII, 1522 e XI, 1867]” (Mons. Henri
Delassus, “A Conjuração Anticristã...”, Tomo II, 1910).
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