Blog Católico, para os Católicos

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Por que Devemos Honrar a Santissima Virgem Mãe de Deus?



Dos Motivos de Devoção a Maria Santíssima
 
A própria Trindade adorável deu-nos o exemplo das homenagens a prestar a mais pura, santa e sublime das criaturas.

O Pai celeste, tratando-A como sua Filha predileta, dotou-A, desde a sua Conceição Imaculada, de dons, de prerrogativas, de favores imensamente superiores aos dos Santos Anjos e dos Eleitos reunidos.

Deus Filho, escolhendo-A para sua Mãe querida, consagrou-lhe inteira obediência e amor filial; cada dia saudava-A, agradecia-lhe, honrava-A com o respeito mais sincero e a mais terna afeição. Que belo Modelo a seguir!

O Espírito Santo, predestinando Maria para sua Esposa puríssima, entregou-lhe todos os bens da Redenção, a fim de que, enriquecida além de toda medida, pudesse fornecer a todos os homens o necessário e o superabundante na ordem da salvação. Ah! Não pode haver maior honra, confiança e ternura por parte do Criador para com uma simples criatura.

Também a Igreja, inspirada por seu divino Fundador, nunca julgou exorbitar, elevando o culto de Maria à altura em que A colocou. Cada ano consagra-lhe dois meses inteiros: Maio e Outubro, e celebra grande número de festas em memória da sua Conceição, do seu Nascimento, da sua Vida, de sua Morte, de seus Privilégios e de suas Virtudes. Todas as semanas reserva-lhe o Sábado; e três vezes ao dia convida os fiéis a saudá-lA ao som do Angelus, recordando-nos assim o Mistério inefável em que Maria, tornando-se Mãe de Deus, se tornou também nossa Mãe e nossa Advogada Onipotente junto ao Todo-poderoso. E quantos Santuários são dedicados a essa gloriosa Rainha, e sob quantos títulos é Ela invocada em todo o Orbe Católico! A Igreja Universal confirma assim o que os Doutores e os Santos têm escrito sobre o poder e a bondade de Maria.

Rainha e Mãe nossa, considerando o que a adorável Trindade, a Santa Igreja e todos os verdadeiros discípulos de Jesus têm feito por Vós, cubro-me de confusão ao pensar em minha tibieza em Vosso serviço. Obtende-me a graça:

1º de honrar-Vos como a Virgem Imaculada, a Mãe do Verbo Encarnado, a Soberana do Céu e da terra, a mais perfeita imagem criada do Ser incriado;

2º de amar-Vos como a mais pura, a mais Santa das criaturas e a Cooperadora do Salvador na nossa Restauração espiritual;

3º de suplicar-Vos e invocar-Vos como a Dispenseira dos Dons celestes e a Medianeira da nossa salvação. Qui me invenerit inveniet vitam et hauriet salutem a Domino.




Dos Bens que nos Advêm da Devoção a Maria Santíssima

Se é desnaturado o filho que não ama a sua mãe, que nome nos darão os Anjos se não amarmos a Maria? Não foi Ela que gerou para a graça e para a glória no excesso da Sua dor? E depois disso não se tornou Ela a nossa nutriz na ordem da salvação? Quem a invocou jamais sem ser por Ela socorrido? Todos os pecadores, quebraram as cadeias de sua escravidão, pela intercessão de Maria. Todas as almas inocentes que perseveraram no bom caminho devem esse privilégio as Suas preces.

Os Santos que hoje se acham na glória, um S. Efrém, um S. Bernardino de Sena, um S. Filipe Néri, um S. Afonso e tantos outros, reconhecem que, depois de Jesus, devem a sua coroa à divina Mãe. Os Doutores prestam-lhe homenagens e proclamam-nA, com S. Cirilo, a Lâmpada Inextinguível e a Rainha da Fé Católica. As Virgens atribuem-lhe a honra da sua virgindade, os Mártires, a da sua paciência, e Todos os Santos, a das suas virtudes. “Por Ela, diz ainda S. Cirilo, o Céu inteiro triunfa, os Anjos e os Arcanjos se alegram, os Demônios são banidos, e todo o Gênero Humano se coloca no caminho que o leva à eterna beatitude”.

Como poderás então, alma presumida, atribuir aos teus méritos e à tua fidelidade o pouco de bem que operaste? Donde te vêm o perdão dos pecados e a vitória nas tentações, e a paz interior que gozas? Não é daquela a quem dás o doce nome de Mãe, e que é a Dispensadora dos Bens celestes? Dize-lhe, pois, com humilde reconhecimento:

Ó Mãe da divina graça! Se recebi a verdadeira fé, uma educação cristã, se escapei do contágio do século e não fui, como tantos outros, a triste vítima das ciladas de Satanás e dos suplícios eternos, devo-o, depois de Jesus, a Vossa proteção e ao Vosso amor maternal. Quisera ter a linguagem dos Anjos e dos Bem-aventurados para vo-lO agradecer. Ao menos proponho-me por gratidão: ler e meditar muitas vezes as Vossas alegrias, as Vossas dores e as Vossas glórias; saudar-Vos e implorar-Vos, a exemplo de S. Afonso, todos os quartos de hora; trabalhar na minha santificação, na intenção de agradecer-Vos e sob a Vossa doce e eficaz direção. Amém.

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