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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sábado, 11 de abril de 2020

INTER MORTUOS LIBER - LIVRE ENTRE OS MORTOS. (Psalm. 87, 5)



Três prisões atam a todos os que deste mundo partem: a do pecado: porque nenhum de per si é inocente, nem está livre da pena, se Cristo não lhe perdoa e o justifica; a da morte: porque não podem por forças próprias resistir à região da vida; e a do Inferno: porque não está na sua mão ir para este, ou aquele lugar, ou sair dele, até que o ordene poder superior. Só Cristo esteve desatado de todas estas prisões, e por isso, diz de Si pelo Real Profeta: Que foi entre os mortos livre; livre do pecado, porque era a mesma Inocência e Santidade; livre da morte, porque a ela se sujeitara voluntariamente, e na Sua mão estava ressuscitar quando quisesse; livre do Inferno, porque quando ali desceu, estava como Rei, e não como cativo; antes, libertando muitos cativos, os levou Consigo para aumentar o Seu triunfo: Ascendens in altum captivam duxit captivitatem.1


Pondera que pasmo causaria àqueles Príncipes do Reino das Trevas, e Potestades infernais; e pelo contrário, que alegria e consolação aos Pais do Limbo, ver ali uma Alma tão Senhora daquele lugar, refulgindo raios de incomparável claridade; e onde todos estavam presos, nem jamais se tinha visto liberdade, estar ela tão livre e dominante! 


Ó meu amorosíssimo JESUS: eu adoro e glorifico vosso poder, liberdade, domínio e virtude; e confesso que era bem, que pois o amor Vos fizera como cativo entre os vivos, a virtude Vós fizesse livre entre os mortos. Rogo-Vos com todas as veras que posso, que aqui entre os vivos me purifiqueis de toda a dívida do pecado; para que no mesmo ponto em que pagar a da morte, possa ir gozar da liberdade dos filhos de Deus, que é vossa visão  Bem-aventurada. Amém.


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Fonte: Ven. Pe. Manoel Bernardez, "Luz e Calor" - Obra Espiritual para os que Tratam do Exercício de Virtudes e Caminho de Perfeição", 2° Parte, Opúsculo III, Meditação XXVI, Ponto III, pp. 386-387. Nova Edição, Lisboa, 1871.

1. Ad Ephes. 4, 8.

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