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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

terça-feira, 6 de outubro de 2020

SÃO BRUNO, FUNDADOR DA CARTUXA.


Esses homens, de quem o mundo não é digno,

passaram a vida errantes pelo deserto, pelos

montes, pelos antros e pelas cavernas da terra.

(São Paulo ao Hebreus, c. XI, 38)


São Bruno, nascido em Colônia, em 1035, de pais nobres e virtuosos, foi cônego e professor em Reims, onde brilhou como orador, poeta, filósofo e teólogo; depois foi para Paris, onde um prodígio horripilante o determinou, com seis dos seus amigos, a ir pedir numa solidão a São Hugo de Grenoble, que lhes deu a Cartuxa, onde lançou os fundamentos da Ordem fervorosa, austera e sábia dos Cartuxos. Morreu numa solidão da Calábria, em 1108.



Meditação Sobre a Vida de São Bruno


1. Tendo São Bruno resolvido preparar-se bem para a morte, por uma vida santa, deixou o mundo e foi para a solidão. O mundo é um dos maiores inimigos da salvação e a solidão nos dá meio de triunfar dele em nós, afastando-nos dos objetos, que nos arrastam a pecar. Deliciosa solidão! Se os homens conhecessem a alegria inefável que dás aos que te procuram, as cidades despovoavam-se e os homens iriam procurar Jesus no fundo dos mais horríveis desertos. A solidão é a morada habitual do Salvador – Tertuliano.

2. Depois de ter vencido o mundo, é preciso vencer a carne, esse inimigo, que por toda a parte nos segue e constantemente nos ataca a virtude. Para vencer esse inimigo servia-se São Bruno do silício, do jejum e de outras austeridades. Não pensemos que a penitência é só para os religiosos: Vivendo no mundo, temos dela maior necessidade do que eles, quer para expiar os pecados, quer para resistir às tentações, que de contínuo nos assaltam.

3. Ao Demônio, que é o terceiro inimigo que temos de vencer, opôs este ilustre solitário a oração. Passava uma grande parte do dia e da noite em oração e em contemplação; as consolações, que experimentava nestes piedosos exercícios, transformavam-lhe a solidão num verdadeiro Paraíso. Retiremo-nos a exemplo seu, para a solidão, para escapar aos perigos do mundo e saborear as delícias do amor de Deus. Tendo encontrado a contradição na cidade, fugi e fui habitar na solidãoSalmos.


Oremos: Senhor, que os méritos de São Bruno, vosso Confessor, venham em nosso auxílio, e que a sua intercessão nos alcance o perdão das graves ofensas que temos cometido para com a vossa Majestade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.


___________________

Fonte: Rev. João Estevam Grossez, S.J., Vida dos Santos – com uma Meditação para cada dia do Ano, 2ª Parte, 06 de Outubro, pp. 207-208. União Gráfica Editora, Lisboa/Pt, 1928.


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