"Predita por Jesus, a sua Ressurreição contém em si o duplo caráter de milagre físico e de profecia realizada. De todos os milagres operados por Jesus, a sua Ressurreição foi o maior. Foi ela que reuniu de novo e transformou os Apóstolos dispersos e desanimados. É o ponto central e essencial de toda a pregação apostólica; ser Apóstolo é ser testemunha da Ressurreição de Cristo: Atos I, 22; III, 15; IV, 33; XIII, 30-31; I Cor. IX, 1 e XV, 11.
A razão disso, é porque ela constitui a suprema confirmação divina, a síntese e a coroa de todos os milagres. É o grande sinal apontado por Jesus, o critério máximo da Divindade da Religião Cristã, o argumento básico da nossa fé. "Se Cristo não ressuscitou", escrevia São Paulo, "é vã a vossa fé..." (I Cor. XV, 14-17). - É sobre a Ressurreição de Cristo que se alicerça a Igreja toda*.
* É conhecida a resposta de Barras a Laréveillère-Lepeaux, fundador da teofilantropia: 'Sua religião não medra? Há, porém, um meio infalível de lhe assegurar o bom êxito: faça-se crucificar numa sexta-feira... e procure ressuscitar no domingo seguinte!' (Apud Duplessy, Apologétique, II, p. 295)".
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Fonte: Pe. Pedro Cerruti, S.J., "Síntese da Teologia Católica", Vol. II, "O Cristianismo - em sua Origem Histórica e Divina", II Parte, Cap. III, Art. 4°, Ponto 314, pp. 409-410. PUC-RJ, 1963.
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