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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

SODOMIA – PEDERASTIA – HOMOSSEXUALISMO: O PECADO CONTRA A NATUREZA, É O COMPÊNDIO UNIVERSAL DE TODAS AS IMPUREZAS. 1ª PARTE.


“… e Conhecereis a Verdade,

e a Verdade vos tornará livres (do pecado)”

(João 8, 32).



1ª Parte


O Divino Espírito Santo ensina:


1. A Sodomia é um Pecado que brada ao Céu pedindo vingança.1


Disse, pois, o Senhor2: O clamor de Sodoma e de Gomorra aumentou, e o seu pecado agravou-se extraordinariamente. Descerei, e verei se as suas obras correspondem ao clamor que chegou até Mim, ou, se assim não é, para o saber.”3

Comentário: “Deus, tendo aparecido sob a forma humana, usa a linguagem de um juiz humano, que se quer informar antes de dar a sentença; porém, já conhecia perfeitamente os crimes de Sodoma, como se vê no versículo 20”.4


2. O Santo Patriarca Abraão afirma que o sodomita é um ímpio.


E, aproximando-se (Abraão de Deus), disse5: ‘Perderás Tu o justo com o ímpio?… Longe de Ti, que faças tal coisa, e mates o justo com o ímpio, e o justo seja tratado como o ímpio, isto não é próprio de Ti; Tu, que julgas toda a terra, de nenhuma sorte farás tal juízo’. E o Senhor disse-lhe: ‘Se Eu achar no meio da cidade de Sodoma 50 justos, perdoarei por amor deles a toda a cidade...’.”

Comentário: Neste “diálogo sublime… vê-se de um modo claro a eficácia da oração e a bondade de Deus”.6 Vê-se também que, “Deus está pronto a salvar a cidade, não por causa da justiça dos seus habitantes, mas pelo ‘pequeno resto’ de justos que nela se encontram”, pois, o Divino Espírito Santo falou pela boca do Profeta Isaías nestes termos: “Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse conservado alguns da nossa linhagem, teríamos sido como Sodoma, e ter-nos-íamos tornado semelhantes a Gomorra”.7 O Profeta Ezequiel,8 dá a entender que, mesmo para Sodoma condenada existe uma salvação possível. Deve-se entender que, esta possível salvação, está condicionada à graça do arrependimento, da oração e da penitência.

Parou de falar Abraão, e desapareceu o Senhor;9 Abraão não se decidiu a passar mais adiante com suas súplicas, já pelo sumo respeito que lhe causou o Senhor, já porque acreditava que numa cidade tão populosa como Sodoma, não deixaria de haver sequer 10 justos; mas, desgraçadamente, não se acharam senão 4, que foram seu sobrinho Lot, a mulher deste, e suas duas filhas; e o Senhor levou a efeito seu castigo.

Nesta memorável passagem, vemos que 10 justos haveriam bastado para salvar a uma cidade tão populosa e tão criminosa como Sodoma, e se Abraão houvesse baixado para 5, talvez houvéssemos de ver, que bastavam 5 justos para salvá-la. Ó cristãos! Quanto pode na estimação de Deus a presença dos justos! Quanto interessa aos homens, aos povos e aos reinos o abrigarem justos no seu seio! Quanto deveríamos todos desejar que se aumentasse este precioso número! E quanto não deveríamos trabalhar cada um de nós por pertencermos a ele! Os justos cobrem, como escudo, os pecadores e os povos em que habitam; suspendem os raios da divina justiça que os seus delitos provocam, e conseguem da sua misericórdia tempo para se converterem; e isto quer dizer, que as obras dos justos, ou dos que estavam na graça de Deus, são propiciatórias e pertencem à Comunhão dos Santos”.10


3. A perversidade dos Sodomitas.


Mas, antes que se fossem deitar os Anjos na casa de Lot, os homens da cidade, desde os meninos até aos velhos, e todo o povo junto cercaram a casa (de Lot). E chamaram por Lot, e disseram-lhe11: ‘Onde estão aqueles homens que entraram em tua casa ao cair da noite? Faze-os sair para que os conheçamos’. Saiu Lot, fechando nas suas costas a porta e disse-lhes: ‘Não queirais, vos rogo, meus irmãos, não queirais fazer este mal’.”

Comentário: “Faze-os sair para que os conheçamos”. Para os hebreus, esta palavra significa bem mais do que pura percepção intelectual. Inclui ideia de participação, experiência e, por este motivo, se aplica particularmente a designar o ato sexual. Neste sentido, o homem conhece a mulher: Gên. 4, 1.17; I Sam. 1, 19-20; Jz. 11, 39; 19, 22-30; 20, 1-6 ss; Judit. 16, 26; Mat. 1, 25; Luc. 1, 34.


Lot disse ainda: “Tenho duas filhas, que ainda são virgens; eu vo-las trarei, e abusai delas como vos agradar, contanto que não façais mal algum a estes homens; porque se acolheram à sombra do meu telhado”.12

Comentário: “Lot emprega todos os esforços para defender os seus hóspedes. Chega a sacrificar os seus deveres de pai, ofendendo deste modo a Deus, embora a sua culpa possa ser um pouco atenuada pela perturbação em que se encontrava, segundo diz Santo Agostinho”.13 Ele devia resistir até a morte.

Os sodomitas respondem para Lot: “Retira-te para lá… Tu entrastes aqui como estrangeiro; será talvez para nos julgares? A ti, pois, trataremos pior do que a eles. E forçavam Lot com grande violência; e já estavam a ponto de arrombar a porta. E eis que os (dois) homens (que estavam dentro) estenderam as mãos, e introduziram Lot em casa, e fecharam a porta. E feriram de cegueira os que estavam fora, desde o mais pequeno até ao maior, de sorte que não podiam encontrar a porta”.14


4. A justa recompensa da Impenitência na Sodomia: A destruição eterna.



Sendo a Sodomia, a suma universal de toda a impureza, é de justiça que, ela seja banida para as maiores profundezas do horror sempiterno, longe o máximo possível da Pureza divina, angélica e humana. O sodomita condenado, passará toda a eternidade no mais profundo abismo do Inferno. Ele procurou, nesta vida, o máximo extremo oposto da vida da graça, é de todo justo que, lhe seja permitido continuar a sua trágica trajetória, rumo a sempiterna desgraça. Tal vida, tal fim.

Um pouco mais à frente, veremos que a Sodomia é um pecado tão asqueroso que, os próprios Demônios não o podem suportar.


Justa Recompensa


E (os Anjos) disseram a Lot: ‘Tens aqui algum dos teus?…, faze sair desta cidade todos os que te pertencem, porque nós vamos destruir este lugar, visto que o clamor (dos seus crimes) aumentou diante do Senhor, o qual nos enviou para que os exterminemos’… Fez, pois, o Senhor da parte do Senhor chover sobre Sodoma e Gomorra enxofre e fogo (vindo) do Céu; e destruiu estas cidades, e todo o país em roda, todos os habitantes das cidades (homens e mulheres, velhos e crianças), e toda a verdura da terra… Ora, Abraão, tendo-se levantado de manhã, foi ao lugar onde antes tinha estado com o Senhor, e olhou para Sodoma e Gomorra, e para toda a terra daquela região, e viu que se elevavam da terra, cinzas inflamadas, como o fumo de uma fornalha...”.15


________________________________

1.  “Os pecados que bradam ao Céu e pedem vingança a Deus são quatro: 1º homicídio voluntário; 2º pecado impuro contra a natureza; 3º opressão dos pobres, principalmente órfãos e viúvas; 4º não pagar o salário a quem trabalha” (Catecismo Maior, ou, Terceiro da Doutrina Cristã, publicado por Ordem de São Pio X, Parte V, Cap. VI, Parág. 963, p. 174; Editora Vera Cruz, São Paulo, 1976).

2.  Gên. 18, 20-21.

3.  Bíblia Sagrada, 13ª Edição Portuguesa, traduzida da Vulgata e Anotada, pelo Pe. Matos Soares; Edições Paulinas, São Paulo, 1961.

4.  Pe. Matos Soares.

5.  Gên. 18, 22-33.

6.  Pe. Matos Soares.

7.  Isaías 1, 9.

8.  Ezequiel 16, 53-55.

9.  Gên. 18, 33.

10.  “O Catecismo da Doutrina Cristã Explicado, ou, Explicações do Catecismo de Astete, as quais convém igualmente ao de Ripalda”, por D. Santiago José Garcia Mazo, 1ª Parte, Explicação LXXIV, pp. 74-76; obra traduzida em Português por D. José de Urcullú, 6ª Edição, Livraria Chardron de Lello & Irmão – Editores, Porto, 1905.

11.  Gên. 19, 1-17; cfr. Juízes 19, 1-30.

12.  Gên. 19, 8.

13.  Pe. Matos Soares.

14.  Gên. 19, 9-11.

15.  Gên., 19, 12-29.


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