Numa região da Alemanha setentrional, um Sacerdote chegara a apostatar, aceitando um lugar de pastor protestante.
Um dia, estando hospedado em casa de outro pastor numa grande cidade, foi anunciado que um homem estava para morrer e parecia precisar muito de socorros espirituais.
Não podendo sair o dono da casa, o nosso apóstata foi visitar o enfermo.
Numa casa miserável e obscura estava um velho em estado desolador. O pastor leu alguns trechos da Bíblia; mas o moribundo respondeu: “Estou perdido! Para mim não pode haver perdão! Ai de mim!”
Em vão, o pastor procurava confortá-lo.
O moribundo repetia: “Ninguém pode me auxiliar! Minhas culpas foram enormes! Devo ser condenado!”
– Mas, pelo amor de Deus – disse o pastor – por que dizeis isto?
Depois de muita resistência, o velho revelou que era um Sacerdote católico, apóstata, e que os seus pecados o faziam desesperar do perdão de Deus.
Aquela confissão fez uma impressão tremenda na alma do pastor que o ouvia, o qual reconhecendo naquele quadro o estado de sua alma, sentiu renascer a antiga fé e disse: “Amigo e irmão, eu posso ajudar-te, com o auxílio de Deus. Eu também sou um renegado, um excomungado, mas sou sempre um Sacerdote, e posso abrir o Céu a um moribundo”.
Aquelas palavras foram uma mensagem do Céu que consolou o enfermo, que recebeu a absolvição e morreu na paz de Deus. Mas, o pastor abandonou o Protestantismo e se converteu imediatamente. Voltando-se aos colegas de mentiras, disse: “Adeus, meus senhores! Eu volto à Igreja Católica, que tão perfidamente abandonei. A misericórdia de Deus me chama à penitência e ao Céu. Deus queira iluminar a vós também”.1
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Fonte: Rev. Pe. Geraldo Vasconcellos, “Lições Edificantes”, Coleções de Trechos escolhidos de Revistas, Livros e Jornais, Cap. II - Protestantismo, p. 77. Gráfica Cerbino, Niterói/RJ, 1951.
1. O Lutador, de 19 de Janeiro de 1936.
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