BLOG CATÓLICO PARA OS CATÓLICOS.

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sábado, 6 de setembro de 2025

SÃO JOSÉ PADROEIRO DA IGREJA UNIVERSAL.


Uma bela prova do grande interesse e amor com que os Cristãos corresponderam à voz da Igreja, acha-se nos livros e opúsculos que se imprimiram e se imprimem ainda em honra de São José; no grande número de igrejas e altares a Ele dedicados, nas inúmeras imagens e quadros representando os acontecimentos de sua vida, encontrados nas igrejas e em todas as famílias cristãs, e principalmente no desejo universal, solenemente manifestado em 1870.

Em 1870, reuniram-se em Roma os Bispos de todo o mundo, para um Concílio Geral, e, em seu nome e nos dos fiéis confiados a seus cuidados, renovaram as súplicas já feitas no Concílio de Constança, em 1414, a fim de que São José fosse constituído Padroeiro da Igreja. O Santo Padre Pio IX, desejando colocar-se a si próprio e aos fiéis sob o poderoso patrocínio do Santo Patriarca José, e satisfazer aos desejos dos Bispos, declarou-O solenemente Padroeiro Universal da Igreja. Daí se conclui que a Igreja, ao dar tal título ao Santo, não dez senão secundar o desejo por muito tempo radicado no coração de todos os fiéis.

Mas, antes ainda do Concílio, já escrevia o mesmo Pio IX: É racional colocar o Corpo Místico do Salvador, a Igreja, sob a poderosa proteção d’Aquele que velou sobre Jesus e Maria. Os sustentáculos da Igreja nascente, José e Maria, retomem nos corações o lugar que jamais deveriam ter perdido, e o mundo será salvo outra vez. O amor de Jesus pela Igreja, é o prolongamento de seu amor a Jesus e Maria. A nossa salvação lhe é tão cara quanto a preservação do Divino Infante.

Padroeiro significa protetor, defensor, custódio. Deus, em geral, não age diretamente, mas por meios secundários: Anjos e Santos. O Santo de quem Deus se utiliza para defender um país ou una cidade, é chamado o padroeiro de tal país, ou cidade. Esses Santos, porém, são chamados padroeiros locais ou particulares, porque não destinados a defender todos os Cristãos. São José, ao contrário, foi destinado a estender sua poderosa proteção sobre toda a Igreja, a defender todos os Cristãos, razão esta de chamar-se Padroeiro Universal. O que os padroeiros particulares fazem em relação a um país ou cidade, São José o faz para com todos, ou seja, a todos assiste, protege e defende, servindo-lhes de Advogado e Pai.

O título de Padroeiro Universal foi convenientemente atribuído a São José pelas relações que teve com Maria. Pio IX, em 1854, ao definir o dogma da Imaculada Conceição, colocara preciosíssima gema na fronte da Virgem. Mas, nova glória na Esposa, requeria também nova glória no Esposo, e a Igreja lhe concedeu essa glória, proclamando-O Padroeiro Universal da Igreja. Por isso, Pio IX não é somente o Papa da Imaculada, mas também, o Papa de São José.

O conceder tal título a São José foi ainda mui oportuno, por parte da Divina Providência. A Providência O constituíra, neste mundo, Chefe da Sagrada Família; mas este era o princípio da grande família, a Igreja, que conta atualmente 315 milhões de filhos (Anuário Pontifício de 2025: 14 bilhões de católicos). Ora, se a Sagrada Família era princípio de nossa Igreja, e Deus concedera São José por Guia àquela pequenina Igreja, desejando salvá-La por seu intermédio, devia certamente conferir-lhe uma importante missão na grande Igreja, seu Corpo Místico.

Se na terra foi São José o custódio do Corpo Real de Deus, deve ser agora o custódio de seu Corpo Místico, a Igreja. Assim como foi Esposo de Maria, Esposa do Espírito Santo, deve ser agora o Esposo da Igreja, Esposa de Deus. Então salvou Jesus, deve agora salvar e defender o Papa, o Representante de Jesus, como Chefe da Igreja; então salvou a Sagrada Família das perseguições, deve agora, do Céu, salvar toda a Igreja.

Tudo quanto dissemos até agora, mostra-nos São José, em suas ações, semelhante ao sol. Esta grande luz, ao extinguir-se a noite, começa a dar-nos a aurora e surge depois no horizonte, para irradiar sua luz vital sobre toda a terra. A medida que se ergue, aumenta o calor, a luz, que ao meio-dia atingem o máximo.

Com o culto a São José, sucedeu quase o mesmo. Apenas em segurança a fé em Jesus Cristo, teve a sua aurora, em seguida despontou sob forma particular, depois em forma pública, e foi sempre crescendo, até atingir em nosso século o meio-dia, ou seja, o máximo desenvolvimento.

Não demoremos a incluir-nos na multidão dos devotos de São José e, sendo Ele o Padroeiro Universal da Igreja, a Ele roguemos que A defenda dos assaltos dos Inimigos, que A assista, guie e salve, assim como assistiu, defendeu e salvou a sua Santa Família.


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Fonte: Pe. Tarcísio M. Ravina, da Pia Sociedade de São Paulo, “São José – Na Vida de Jesus Cristo, na vida da Igreja, no Antigo Testamento, no Ensino dos Papas, na Devoção dos Fiéis, nas Manifestações Milagrosas”, 2ª Parte, Cap. “São José Padroeiro da Igreja Universal”, pp. 125-128; Edições Paulinas, Recife, 1954.


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