"Je renverse tout, je fauche tout.
Je suis fils d'un sans-culotte,
je porte en mon coeur la Liberté,
l'Égalité gravées, et la haine des rois"
(Le maréchal-ferrant de la Vendée,
gravure XVIIIº. Bibl. Nat., Paris)
O Ponto de
Partida: A Revolução Francesa
O insuspeito escritor e historiador Césare Cantú deixou escrito que, na
infeliz e anti-católica Revolução Francesa, na época da Assembleia Nacional,
mais precisamente em 5 de Outubro de 1789, "uma massa de povo, composta
em grande parte de mulheres, entre as quais se achavam indivíduos de trajes
mudados, invadiu a casa da câmara e de lá marchou para Versalhes. La
Fayete, que melhor que ninguém podia salvar a corte, foi arrastado pela Guarda
Nacional; o palácio foi invadido, não sem derramamento de sangue, e o rei
prometeu transferir a sua residência para Paris; foi precedido pela turba
vitoriosa e por megeras desguedelhadas, lançando vociferações..." ("História
Universal", Vol. XXVIII, 18ª Época, Cap. I, pp. 26-27, Editora das
Américas S.A., São Paulo, 1966).
Égalité
Uma ordem publicada em 1799 exige que qualquer mulher "que deseje
vestir-se como um homem" deva solicitar autorização à prefeitura.
A senadora pede a revogação de uma ordem do século XVIII, ainda em
vigor, que proíbe o uso de calças para as mulheres em Paris.
"Senhoras, se vocês forem parisienses e usarem calça comprida,
vocês estão fora-da-lei. Mas não por muito tempo mais". É o desejo
de Maryvonne Blondin, senadora (PS) de Finisterra. Ela apresentou no Senado, em
14 de Junho, um projeto de lei pedindo a revogação da ordem polícial que
proíbe o uso de calças compridas para as mulheres em Paris. Desde o 26 de
Brumário do ano IX (17 de novembro de 1799), é preciso, teoricamente, solicitar
a autorização à polícia e justificar por razões médicas o fato de cobrir as
pernas.
"Eu descobri essa lei, este ano, eu fiquei espantada," disse
Maryvonne Blondin. ", Por isso, apresentei um projeto de lei em Junho, e
aguardo para saber quando será analisado. Isso vai depender da carga de
trabalho legislativa que nós teremos.»
A proibição foi imposta em Paris porque é lá que nasceu o movimento dos
Sans-culottes (1792), figura emblemática da Revolução Francesa. Esses
revolucionários reivindicam o uso de calças em oposição às “culottes”
(calcinhas) da classe média. Na sequência, as mulheres, queriam elas também
reivindicar o uso da calça – o que lhes foi então formalmente proibido.
Um texto anti-constitucional
Revolução Francesa
O texto do 26 Brumário ano IX, embora não mais aplicado, ainda está em
vigor hoje. E isto, apesar da inclusão na constituição de 1946 do princípio da
igualdade de direitos entre homens e mulheres. Na verdade, o artigo 3 do
preâmbulo da Constituição de 1946 afirma que "a lei garante às mulheres,
em todas as áreas, direitos iguais aos dos homens."
Outros antes de Maryvonne Blondin tentaram revogar a ordem. Em 1887, a
feminista Rose Marie Astié de Valsayre tinha de fato encaminhado o pedido ao
Parlamento. Demanda arquivada, sem sequência ou resultado. Em 2004, o deputado
da UMP MP Jean-Yves Hugon havia solicitado a sua supressão e à pediu a Ministra
da paridade, Nicole Ameline. Ela lhe havia respondido que o alcance de tal
medida seria «meramente simbólica.».
A mesma reação por parte da Prefeitura de polícia de Paris em setembro
de 2010. O Conselho de Paris havia solicitado a exclusão do texto. A proibição
da calça comprida, remetendo a uma ordem policial pode ser cancelada pela
Prefeitura. Mas esta informou que a revogação da ordem ofensiva, remetendo a
uma "Arqueologia legal", não era prioridade. Silêncio profundo desde
então.
Na Assembléia Nacional e no Senado, as mulheres eleitas têm o direito
de comparecer vestindo calça comprida apenas desde 1980. Em 1972, a assessora
técnica do Ministro Edgar Faure, Michèle Alliot-Marie, foi objeto de polêmica.
Enquanto se preparando para entrar no plenário da Câmara , de calça comprida,
ela foi barrada por um oficial de Justiça. Sem se perturbar, a futura ministra
respondeu: "se minhas calças o incomoda, eu as tiro o mais rápido
possível."
Trad. Rachel Moreno.
Feminismo e Liberalismo:
Filhos do mesmo Pai e da mesma Mãe.
► "Na vanguarda vai a Rússia, onde com o Código Soviético de 1926
se atingiu o cúmulo das aberrações feministas, pois nesse Código proclamam-se
coisas deste gênero: 'É abolida toda a distinção entre Matrimônio e Amor
Livre; os matrimônios que facilmente se contraem − basta fazer o registro que,
de resto, não é obrigatório − são de igual modo facilmente solúveis, pois,
basta exprimir o desejo para readquirir a própria liberdade; a poligamia não
constitui um delito; os Matrimônios incestuosos não são puníveis; nenhuma
autoridade é reconhecida ao marido sobre a esposa ou ao pai sobre os filhos; a
maternidade não inclui a adesão da vida da mãe à do filho; nenhum dever flui da
união conjugal, a não ser o da sustentação, nem há obrigação de coabitar, nem
de fidelidade recíproca; o aborto é autorizado oficialmente e regulado pelos
poderes públicos; concede-se aos homens e às mulheres a independência plena
quanto ao traje...
... o feminismo (no plano social) se manifesta naquele conjunto de fatos
e atitudes que demonstram a tendência da mulher moderna para alcançar a
igualdade absoluta e plena de títulos e de direitos no confronto com o homem,
não só no que se refere às profissões tradicionalmente reservadas ao homem,
mas também relativamente às leituras, ao 'Flirt' livre, ao uso de roupas
masculinas, ao fumar ostensivamente em público, a certos jogos preferidos,
aos desportos violentos − fonte de graves perturbações no organismo feminino,
com a agravante da ostentação do físico, que enfraquece aquelas qualidades
morais e sentimentais que ligam a mulher à idéia da família e dos filhos...
Denunciamos, portanto, como sintomas de feminismo detestável, todas as
deformações físicas ou morais, todas as caricaturas de uma vida masculina
adotada pela mulher, todo aquele mimetismo ridículo 'masculinizante' que
manifesta em muitas mulheres modernas o extravio dos conceitos mais elementares
acerca da dignidade da mulher, o que incide funestamente no pudor e que
subverte as virtudes mais essenciais daquela que, pela natureza e por Deus,
foi fadada para ser esposa e mãe" (R. Pe. Francesco M. Gaetani, S.J.,
"A Família", Cap. XII, Pont. II).
Masculinização da Mulher
► "O Papa Pio XII, em discurso que proferiu dirigindo-se às jovens
italianas, lamentou e condenou os costumes depravados da masculinização da
mulher. − Nada mais sensato, nada mais justo, nada mais
profilático moralmente falando!
... Sabem as gentis leitoras destas linhas, que o que faz a mulher
ser mulher e, por conseguinte, merecedora do nosso respeito e do nosso apreço,
é aquele encantador complexo de feminilidade que lhe outorgou a sua
natureza. − Desde a hora em que a mulher manda 'às urtigas' este
halo suave e perfumado de sua feminilidade, a mulher deixa de ser mulher
para se 'fantasiar' numa entidade híbrida e furta-cor, deixando muito de ser
mulher sem ser nada de um homem, − a não ser na 'fantasia'.
Nem me venham afirmar que esta masculinização agrada e enfeitiça
o homem.
Em absoluto. O homem diante da mulher masculinizada, apenas se recreia
com aquela sua visão. Falo aqui do homem mundano; − porque um
sensato e respeitador da sua consciência e da sua moral, esse diante desses
aspectos híbridos, só sente náusea e repulsa (O Domingo − Semanário − Pia
Sociedade de São Paulo)" (R. Pe. Geraldo Vasconcellos, ob. cit., Cap. V,
p. 193).
Famílias Desestruturadas
► "No assalto ao grande baluarte da sociedade, da Pátria e da Religião,
o qual é a Família, pululam os estratagemas utilizados, aliás, com a maior
eficiência e êxito, sem que contra isso se insurjam os REFORMADORES, antes,
alguns os estimulam e dão apoio com sua presença, quando é o caso.
De uma parte é a corrupção da juventude, quer masculina, quer feminina.
Aí estão por toda a parte os cabeludos e outros.
Aí estão as modas inconcebíveis de poderem ser parte integrante da vida
dos lares brasileiros, como são os trajes masculinos para as mulheres, e as
atuais saias de curteza despudoradas, etc., etc..." (D. José Maurício da Rocha, Bispo de Bragança, Carta Pastoral "A
Igreja Vítima da Revolução Universal", de 21 de Novembro de 1967).
Orientações Morais
► "Qué te diré de esas chicas que visten pantalones masculinos, fuman y beben como ellos, y en todo su atuendo y ademanes imitan al
sexo contrario?
Los pantalones de hombres, usados por las chicas, en algunos casos no solamente son aconsejables, sino dignos de
alabanza. En ciertos trabajos, principalmente del campo, en la práctica de
algunos deportes, verbigracia, montañismo, esquí, etc., esos pantalones dicen
bien en una chica y en esos casos están mejor que la falda (n.c: deve-se
entender esta orientação, como trajes de baixo). Pero los pantalones
masculinos usados como prenda de vestir para la calle y el paseo, desdice y
suponen poca sagacidad en las que los utilizan. No digamos de pantalones
ceñidísimos, con una blusa también así, con los que resaltan vivamente las formas
femeninas, porque éstos ya son francamente reprobables bajo el aspecto moral.
El hombre busca en la mujer precisamente las cualidades que él por su naturaleza
no posee. Busca femineidad, dulzura, delicadeza. Esto es lo que le atrae.
Mujer-hombre, no la quiere. Para hombre, se basta él...
Esta tendencia feminista − en su conjunto − es
una manifestación o de un sentido masculinizante morboso o de un pasionismo
adquirido o por adquirir, desbordante y excéntrico, o − y esto es lo más
corriente − de un snobismo estridente y neurótico. En cualquier sentido
esta tendencia masculinizante es la negación del ornato más preciado de la mujer,
que es su delicadeza, su sencillez, su suavidad, su amor, con el que reina en
el hogar y en la sociedad. La joven donde está bien, es dentro del carácter
con que la dotó el Creador, es decir, su femineidad" (R. Pe. Jorge
Loring, S.J., "Para Salvarte − Ellas", Cap. 68, pp. 145-147, 26ª
edición, Editorial Sal Terrae, Santander, 1962).
La Indumentaria Masculina
en la Mujer
► "Un hombre de la calle me manifiesta su deseo de saber mi opinión
sobre la indumentaria masculina que ha visto adoptar a algunas mujeres,
sobre todo jóvenes, este verano. Percibe que es innovación que no le gusta,
pero no acierta a distinguir si es su sentido estético el que se rebela
contra la novedad o es su sentido moral que aprecia en la indumentaria
masculina de la mujer algo que choca con los dictados fundamentales o al menos
comúnmente admitidos de la moral cristiana. Y quiere conocer mi opinión para
formar su juicio sobre este asunto particular.
El hombre de la calle − Es interesante el
tema. Precisamente yo tenía una curiosidad semejante también. He tenido
ocasión de pasar unos días este verano fuera de España y he podido observar
que esa costumbre se va generalizando. Y yo, en efecto, como el señor de su
consulta, me he preguntado: Es eso moral? No es moral?
Moralista − Con mucho gusto voy a tratar de satisfacer
con este motivo su curiosidad. Este asunto de la indumentaria masculina de la
mujer ofrece dos aspectos, a mi juicio: uno estético y otro moral. Y casi
puede decirse que los dos marchan paralelamente, el uno con el otro. La regla
general suele ser esa. Lo moral casi siempre es estético. Y lo antiestético
casi siempre empieza por divorciarse de la moral. Estéticamente, a Vd. eso le
gusta?
─ Sin razonármelo mucho, porque hablo de esto por puras impresiones
sensibles, me inclino a que no.
─ Aplaudo su gusto. Todavia en la mujer extranjera, la francesa por
ejemplo, la inglesa mucho más, puede pasar la novedad, considerada sólo
estéticamente. La mujer del Norte tiene una silueta más fina, una
configuración como si dijéramos más estilizada y la misma angulosidad de sus
formas parece que rima un poco mejor, o al menos no rima tan mal, con la indumentaria
masculina, trazada para la línea recta más que para la curva. Pero en la mujer
española, de líneas amplias, de curvas opulentas, llena y redonda, de una
configuración externa parcamente sutil, como si dijéramos menos inmaterializada,
la indumentaria masculina desentona más. Más agilidad en los movimientos desde
luego presta. Por eso en el extranjero es algo corriente, al menos en alguna
determinada esfera social, que la mujer use dentro de casa, para las
operaciones matinales de limpieza y arreglo del hogar, una especie de 'sor',
que facilita su trabajo, le produce economía y le permite conservar en mejor
estado su traje de calle. Esto está muy de acuerdo con los orígenes del traje
corto, o sea, el traje que los hombres usamos hoy. Porque usted, tan culto
como parece, creo que sabrá quién introdujo en Europa el traje corto.
─ Pues no lo sé. Y me gustaría conocerlo, aunque no sea más que por mera
curiosidad.
─ Pues voy a decírselo. Ya sabe Vd. por la historia que el traja, que
llamamos hoy romano, es una importación del Oriente. Roma heredó de Grecia y
ésta de los países representantes de la cultura oriental: Persia, Egipto,
Caldea, el mundo judío, el traje comúnmente usado en el Oriente y que todavia
en esos países perdura hasta hoy. Traje compuesto de túnica, clámide o manto,
como los sacerdotes de la Iglesia romana hoy, que en esto, como en tantas
cosas, la Iglesia se ha mantenido fiel a la tradición. Pero cuando los
bárbaros vinieron sobre Roma (godos, vándalos, hunos y lombardos) en el siglo V
y después sobre toda Europa, impusieron su traje, como impusieron todo lo
demás, y el traje de los bárbaros, viniendo de los bosques, como venían, ya
puede suponerse que no sería el traje oriental de túnica y manto, sino que fué
lo que debía ser: un traje de calzón corto y jubón, como lo permitía el
boscaje umbrío y la selva espesa de donde procedían.
─ Muy interesante todo eso. Y casi se advierte ya la consecuencia que
antes no se atrevía Vd. del todo a deducir: que el hombre adoptó ese traje
porque le facilitaba su trabajo y le concedía una mayor libertad a sus
movimientos y que la mujer sigue conservando el traje llamado oriental porque
ella no está hecha para el trabajo material y... tampoco estaba destinada a
disfrutar de tanta libertad de movimientos como el hombre.
─ Va Vd. tomando el asunto un poco a broma, amigo, o por lo menos lo va
mirando desde un aspecto puramente social. Y ya puestos en ese terreno me
complacería decirle que, aun socialmente considerado el problema, el vestido
guarda siempre desde el punto de vista estético y social íntima analogía con la
persona que lo usa. Un uniforme de soldado no debe parecerse al uniforme del Magistrado
o del religioso. No sólo debe ser cómodo de llevar, es decir, que debe facilitar
y no servir de estorbo a los movimientos peculiares de la persona, sino que ha
de guardar estrecha relación con el carácter social que tiene y con las
funciones que ejerce o representa. Si falta esa proporción na hay estética
posible. Porque la belleza es orden y el orden es proporción.
El vestido para la mujer forma parte de su personalidad. Cada ceremonia
solemne, religiosa o civil, cada día importante de la vida de la mujer va
señalado por un vestido especial, el que esa ceremonia pide. La tentación más
fuerte que, según sus biógrafos, debió de vencer Santa Catalina antes de
emitir sus votos solemnes, fué sin duda la idea del traje que hubiera podido
vestir el día de su boda.
El vestido para la mujer es el blasón que publica su posición
social, es la prueba del afecto que le tienen sus deudos, es la
revelación más auténtica de sus gustos, de su elegancia, de su ingenio,
hasta de su capacidad creadora.
─ Me gusta mucho todo eso que va Vd. exponiendo, pero creo que vamos
alejándonos de lo que constituía nuestro objeto principal, que era el de saber
si desde el punto de vista moral era reprochable o no la indumentaria
masculina de la mujer.
─ No nos hemos salido del tema, aunque a Vd. le parezca otr cosa, porque
lo que está conforme con la función social de la mujer y lo que responde a
su auténtica y verdadera personalidad es moral, y lo que la falsea y la
contradice... no puedo serlo. Pero vamos a concretar estas ideas, ya que
las consideraciones generales le entram tan difícilmente en la cabeza.
A mí no me parece moral que la mujer se vista de hombre, como no me parecería
moral que el hombre se vistiera de mujer. La indumentaria masculina en la
mujer acusa más las formas, imprime a sus movimientos un aire más provocativo
y priva a la mujer de su mejor arma defensiva, su mayor encanto, que es el
pudor, que con la indumentaria viril no tiene sitio donde refugiarse. Además la
mujer con la indumentaria masculina pierde respeto. El traje largo lo infunde.
No hay más que advertir la gravedad que imprimen en el ánimo nuestras ceremonias
religiosas, parte de cuya gravedad no cabe que se debe al hábito litúrgico,
oriental, largo, que revela majestad e infunde reverencia.
Además el traje influye en los usos y en los hábitos personales. Un niño
que adopte la costumbre de vestirse de niña empezará poco a poco a adquirir
costumbres de niña y a hacer lo que hacen las niñas, con lo cual perderá su
carácter viril y acabará poco a poco con su propia personalidad. Es esto
cuestión de herencia? De tradición?
No me atrevería yo a asegurarlo. El hecho, que es innegable, consiste en
que el traje imprime unas costumbres de acuerdo con su forma y con su
configuración, como se las imprime al soldado el uniforme militar y el traje
talar al sacerdote.
La mujer vistiéndose como los hombres acabaría, por el forzoso influjo
del vestido sobre las acciones y sobre las costumbres, por adoptar gestos y
acciones y aire de varón. Y yo creo que Dios no quiso, al formar a la mujer,
hacerla como el hombre, porque entonces tendríamos con el hombre bastante. A
la mujer creo que quiso hacerla mujer. Y su designio debió de ser que hombre y
mujer, ya que se diferenciaban fisiológica y psíquicamente, se diferenciaran
también socialmente. Y claro es que también en el traje; que el traje, ya lo
hemos dicho, guarda relación con la función social que se ejerce y la situación
social que en el mundo se ocupa" (R. Pe. Francisco
Peiró, S.J., "Problemas de cada día", Vol. I, Part. I, Cap. I, pp.
11-15, Ediciones Ares, Madrid, 1955).
O Pensamento de
São Francisco de Sales
sobre o Travestimento
nos Trajes
► "Vestir-se com as roupas do sexo a que não se pertence, e
expor-se assim à viagem com homens, isso é não somente além, mas contrário às
regras ordinárias da modéstia cristã" (São Francisco
de Sales, "Tratado do Amor de Deus", Liv. VIII, Cap. XII).
A Retidão dos
Pais é herdada pelos Filhos
Amélia Bloomer e Mary Walker
► "A nossa mãe velava atentamente por nós afastando até a sombra
do mal. Pouco depois do nascimento de Teresa, todas as meninas brincavam
aos batizados, no jardim. A criada Luíza teve a idéia de fazer de mim o
padrinho e de me vestir de menino. Eu tinha então 4 anos. O desfile
começava, quando a nossa mãe chegou e fez acabar o desfile ralhando a Luíza
por esta exibição 'masculina'.
Ela queria, no traje, a mais perfeita decência, descendo os vestidos
abaixo dos joelhos" (Irmã Genoveva da Sagrada Face, O.C.D., −
Maria Celina, "A Mãe de Santa Teresa do Menino Jesus", Cap. I, Art.
"Educação dos Filhos", p. 21, Livraria Apostolado da Imprensa,
Porto, 1960).
A Santa Intolerância de São
Simeão Estilista
► "Nunca permitiu que
mulher alguma entrasse na clausura do seu eremitério, isto é, no recinto do
muro que cercava a sua coluna. A violação desta proibição custou à vida a uma
dama, que, tendo-se disfarçado com trajes de homem, por curiosidade ou por imprudente
devoção ali tentou entrar. Mal, porém, tinha posto o pé na soleira da porta,
caiu fulminada pela morte" (R.
Pe. Croiset, ob. cit., Vol. I, 4 de Janeiro, p. 59).
Uma Questão de Amor
“Para que a mulher seja amada do homem, não deve
ela ter nenhum traço masculino nem na sua pessoa moral nem na sua pessoa
física” (Rev. Pe. Geraldo Pires de Souza, C.Ss.R., “As Três Chamas do Lar”,
Cap. III, 24, p. 52, 2ª Edição, Ed. Vozes Ltda, 1939).
"Non induetur mulier veste virili, nec vir utetur veste feminea;
abominabilis enim apud Deum est qui facit haec" (Liber Deuteronomii, Cap. XXII, 5; Biblia Sacra − Juxta Vulgatam Clementinam,
pp. 185-186, Typis Societatis S. Joannis Evang., Desclée et Socii Edit. Pont.,
Romae − Tornaci − Parisiis, 1927).
"A mulher não se vestirá de homem nem o homem se vestirá de mulher;
porque aquele que tal faz é abominável diante de Deus" (Deut. 22, 5; Bíblia Sagrada − Traduzida da Vulgata Sixto-Clementina e
anotada pelo Pe. Matos Soares, p. 222, 9ª Edição, Ed. Paulinas, 1957).
Mas essas determinações
do Deuteronômio
não é ditada
pelas circunstâncias do tempo,
hoje inexistentes?
► Resposta: Comentadores da Sagrada Escritura de reputação
mundial − entre outros, Cornélio a Lápide, Fillion, Simon Prado − colocam esse preceito do Deuteronômio também entre as
obrigações da Lei Natural, e o que é Lei Natural é válido para todos os
tempos.
Cornélio a Lápide, no comentário a este versículo do
Deuteronômio, declara que semelhante troca "per se indecens est...
Optima, enim, pudicitiae custodia est vestitus honesta".
Fillion coloca este Preceito entre as obrigações de
direito natural (cfr. La Sainte Bible
commentée - Vol. 1, p. 625). E cita em abono de sua opinião mesmo autores
pagãos, como Sêneca. Esse moralista estóico dizia que vivem "contra
a natureza os homens que trocam à veste pela de mulher"(Ep. 122).
Santo Ambrósio, considerado um dos maiores Padres da
Igreja, nota que a diversidade de sexo é da própria natureza, de maneira que,
mesmo entre as aves e bichos, vestiu Deus diversamente o macho e a fêmea. Eis
o que afirma o Santo Doutor: "Não se conserva a castidade, quando não
se guarda a distinção dos sexos" (Ep. ad Irineum, apud Cornélio a
Lápide). O mesmo Cornélio a Lápide declara que o Preceito do Deuteronômio,
embora cerimonial, procede da natureza.
A Sagrada Escritura considera "abominável"
tudo quanto na sociedade significa uma inversão da ordem estabelecida por
Deus. Por exemplo, no mesmo Livro do
Deuteronômio, capítulo 12, 31, diz que as oferendas que os pagãos faziam dos
próprios filhos aos ídolos são "abominações". No Levítico, 18, 29,
depois de condenar a fornicação, o adultério, a sodomia, o incesto e a bestialidade,
diz: "Todo aquele que fizer ‘abominações’ tais perecerá do meio do
povo". ─ Chamando
de "abominável" a troca de veste está o Deuteronômio a indicar um
procedimento que se opõe profundamente à disposição de Deus.
Essa proibição não foi introduzida
para se opôr aos cultos idolátricos
e, portanto,
com um alcance apenas ocasional?
► Resposta: a) Entre os comentadores recentes, Alberto Clámer, (que
após a morte de Luis Pirot assumiu a direção da Bíblia, editada na França por
Letouzey et Ané), lembra essa interpretação, mas nega que foi a existência
de cultos idolátricos dos cananeus, a causa desta advertência do
Deuteronômio; aliás, ele nega que nos cultos dos cananeus e fenícios tenha
havido a abominação do travestimento.
b) Embora
estudos recentes mostrem que a determinação do Deuteronômio não foi motivada
pelas abominações atribuídas aos cultos cananeus, não obstante, mesmo supondo
essa interpretação, é fácil ver que o travestimento é em si abominável.
Santo Ambrósio, no seu comentário mostra que o
"abominável" fulminava não só a falsidade do culto − a idolatria − mas também a falsidade na
natureza disfarçando o sexo pela veste. “A simulação, diz o grande
Doutor, tanto é torpe no falar como no vestir, e a falsidade na fé
(culto idolátrico) é tão execrável como a falsidade na natureza (veste
contrária ao sexo)” (Epist. ad Irineum apud Cornélio à Lápide).
Aliás, a Sagrada Escritura, nessa suposição, condena
três coisas, umas ligadas às outras: o culto idolátrico, as perversões sexuais
e a perversão no vestir: uma condenação não exclui as outras, mas as envolve,
já que uma perversão acarreta as outras
(cfr. Sum. Theol. I-IIae.q.102, a.6 ad 6).
Razões mais explícitas
da Gravidade desse abuso
► Santo Tomás de Aquino diz que
uma ação é moralmente boa ou má conforme o objeto que ela busca: se ele for
bom, será boa; se for mau, será má. "Tornaram-se abomináveis, como as
coisas que amaram" diz a Sagrada Escritura (Oséias 9, 10).
Uma pessoa faz um ato moralmente mau, na sua essência,
se o objeto que tem em vista não lhe convém à natureza (Sum. Theol.
I-IIae.q.18, a.1,2,3).
Ora, diz Santo Tomás, um traje é conveniente se
corresponder à condição da pessoa que dele se serve. Entre essas condições
está o sexo. Logo, o uso de uma roupa que é própria de outro sexo, é em si
mesmo pecaminoso, pois não convém a um sexo a indumentária de outro; não só
por ser contrário ao costume, como principalmente por não conformar-se ou adequar-se
às formas físicas e ao modo de ser do outro sexo.
Daí, conclui ele, em si mesmo é pecaminoso uma mulher
trajar vestes viris, e inversamente.
Em primeiro lugar, a principal desordem está no anti-natural de uma veste masculina num
corpo feminino. É uma aberração contra as diferenças de ordem natural
estabelecidas por Deus.
Em segundo lugar, vem o exibicionismo sensual, que leva à luxúria.
Essas duas desordens escandalizam, porque quebram o
senso das harmonias, das diferenças e do pudor. Há uma malícia em o homem
querer algo contra a boa ordem natural.
Pio XII dizia que o "homem pensa com a roupa
que veste". A Sagrada Escritura, mais autorizadamente, diz: "O
vestido do corpo dá a conhecer qual o homem é" (Eclo. 19, 27). A
mentalidade, o espírito que essa moda − de usar traje de outro sexo − revela no mundo de hoje,
é de uma inconformidade e até de revolta contra as diferenças impostas por Deus
na ordem natural. E a ordem natural exige que as diferenças entre os sexos
sejam manifestadas, de maneira digna e honesta, pelo modo diferente de
vestir, adequado a cada sexo.
Segundo Santo Tomás, a desigualdade e diferença entre
os seres na criação, têm por fim manifestar as perfeições de Deus, para que o
homem possa assim elevar-se das coisas visíveis às perfeições invisíveis de
Deus (São Paulo) − Ora,
destruídas as diferenças e desigualdades naturais, destrói-se no mundo a
semelhança com Deus, e um mundo onde as diferenças e desigualdades tivessem
desaparecido, ou ficassem encobertas, seria um mundo onde o homem não poderia
ter o senso das perfeições de Deus. Uma das características dominantes da
mentalidade do mundo moderno, que o faz anti-cristão, e, no fundo, ateu, é
justamente a tendência para a padronização e o igualitarismo. A igualdade
entre os sexos é uma das inúmeras manifestações desse espírito igualitário que
leva ao panteísmo e ao ateísmo (cfr. Carta Circular de 30/8/1981 − D. Antônio de Castro Mayer).
O mundo de hoje perdeu a noção de que todas as coisas
devem ser ordenadas de acordo com a disposição de uma ordem imposta por Deus,
para serem sinais e símbolos das coisas sobrenaturais.
O Argumento de Santo Tomás de
Aquino
► Resposta: É o segundo argumento que nos leva a concluir pela
iliceidade grave do uso de veste do sexo oposto: o texto de Santo Tomás na Suma
Teológica, II-IIae.q.169 a.2, ad 3 diz: "o vestuário exterior deve
corresponder à condição da pessoa, de conformidade com o uso comum. Por isso, em
si mesmo, é pecaminoso uma mulher trazer trajes viris, ou inversamente;
sobretudo, porque pode ser essa uma causa de lascívia, o que a Lei Antiga
especialmente proibia, porque os gentios usavam destes travestimentos pela
superstição da idolatria. Pode-se, porém, proceder desse modo e sem
pecado, se o exigir a necessidade: quer para ocultar-se dos inimigos, quer por
falta de outras roupagens, quer por outro motivo semelhante".
Santo Tomás recorda os princípios da moralidade da
veste, que por sua vez se baseiam nos princípios da moralidade em geral: o que
convém à natureza de um ser é bom... O traje viril não convém à natureza da
mulher. Logo, em si mesmo, pela própria natureza das coisas, é imoral. E
é gravemente imoral porque Santo Tomás diz simplesmente que é em si mesmo
pecaminoso: se entende pecado grave. E porque somente em
necessidade extrema se permite seu uso: para salvar a vida ou a liberdade ou
por falta de outras roupas, ou outro motivo semelhante.
Outro Argumento:
Ocasião próxima de Pecado contra a
Castidade
► Resposta: Santo Tomás, na citação acima, se refere de modo
especial ao "perigo de lascívia" no uso do traje de sexo oposto. De
fato, nas circunstâncias concretas de hoje, o uso do traje masculino pela
mulher fere gravemente as exigências do pudor e da castidade.
O teólogo Vermeersh dá como "vestes
proibidas", pecaminosas, entre outras, aquelas "que se apegam de tal
maneira ao corpo que, ou exibem toda a forma do corpo ou acentuam as
características sexuais...” (Teol.
Moralis-Princípia-Consiliae-Responsa. De Ornatu muliebri, nº 126; cfr. Zalba:
Theol. Moralis V. II, 236 1b; Dicionário de Theol. Moralis − Verbete: "vestido").
Ora, quem observa o traje masculino usado pelas
mulheres hoje, percebe a clara preocupação e a tendência para o exibicionismo
provocante. Aliás, não seria essa a razão por que tal moda se propagou tanto?
Muitos Moralistas Clássicos afirmam
que o uso do traje masculino
pela mulher
é apenas Pecado Venial
e uma razão leve justifica seu
uso
► Resposta: Pode-se afirmar, com toda certeza, que esses
moralistas não trataram "ex-professo" da questão, mas a ventilaram
muito superficialmente, de passagem. A razão é que o problema não se punha para
eles da maneira generalizada e grave como nos nossos dias. Eles não se deram ao
trabalho de estudar profundamente a questão recorrendo às fontes teológicas
mais autorizadas para tirar conclusões e luzes para analisar em todo o alcance
a gravidade e o significado da corrupção indumentária como se apresenta hoje.
Poucos discutem o texto do Deuteronômio, referem-se ao comentário de Santo
Ambrósio e citam Santo Tomás. Apenas, em letras miúdas, repetem-se nas notas
com que dão a avaliação moral, sem argumentar.
Ora, há uma regra que diz que as afirmações e
sentenças que tratam "ex-professo" e de maneira mais desenvolvida,
devem prevalecer sobre as afirmações ligeiras e ditas de passagem. Logo,
prevalecem sobre todas essas pequenas notas dos moralistas, o que dizem Santo
Ambrósio, Santo Tomás e os princípios da moral aplicados ao caso presente.
Compreende-se perfeitamente isso, porque a
explicitação de muitos pontos da moral, a aplicação dos princípios à prática,
depende das situações de transgressão à Lei de Deus.
Um exemplo: esses mesmos moralistas, quando se referem
à honestidade das vestes, começam em geral apelando para critérios
secundários: costumes, intenção, etc. Ora o critério básico seria aquele da
classificação do corpo em partes gravemente provocantes, menos provocantes,
não provocantes: a veste que não cobre as partes gravemente provocantes, etc.,
seria imodesta. Ora, eles não conheciam esses critérios? Conheciam, e até citam
em outras circunstâncias, mas, como no tempo deles, as vestes não feriam os
princípios básicos da decência, então não lhes ocorria fazer tal aplicação,
que hoje é indispensável.
As pessoas hoje estão habituadas
com essas Vestes,
e por isso, já não se
impressionam mais com elas,
não despertando nenhuma Tentação
► Resposta: Admitindo, em muitos casos, que essas vestes já não
sejam mais uma tentação, e tenham perdido seu poder de sedução, isto não
acontece porque os homens estejam curados da luxúria, mas ao contrário, é
porque a desordem dos instintos nelas encontra alimento. Pois, quando não
contidos pela ascese e pela Graça, tendem a se fixar na desordem, a que foram
lançados pelo Pecado Original. É inegável que estes trajes, em muitos casos,
despertam nos instintos desejos de perversões maiores.
É preferível em muitas circunstâncias
que a Mulher use Calças Compridas,
à Saia,
sobretudo em certos trabalhos:
é mais decente e recatado
► Resposta: A tendência moderna para igualar a mulher ao homem
vai fazendo desaparecer o modo de ser diverso entre um e outro, a distinção
das funções e trabalhos para cada sexo, de acordo com sua natureza.
Por essa razão, a mulher não deve assumir funções que
não pode exercer com traje feminino, pois não seria função própria para ela.
Se uma donzela cristã está na grave necessidade de se
manter num trabalho que lhe imponha a veste masculina, deve tomar medidas que
atendam às três condições que, segundo Santo Tomás e os teólogos, são exigidas
nesta situação:
a) Que a
intenção seja boa;
b) não haja
perigo de sensualidade;
c) não haja
escândalo.
Intenção Boa:
Ter uma finalidade honesta e justa: No caso mencionado, sustentar a família ou
a si mesma.
Perigo de Sensualidade: Evitar os inconvenientes do traje masculino na
ostentação das formas do corpo, sobrepondo a esse traje uma outra peça (um
jaleco, por exemplo).
Perigo de Escândalo: Procurar atenuar ao máximo a aparência masculinizante da veste, e,
restringir seu uso ao mínimo necessário para evitar:
a) Que esse
uso excepcional dê motivo a enfraquecer as convicções e a resistência das
pessoas que rejeitam o travestimento;
b) que não
seja fator de estímulo na propagação do uso do traje masculino pela mulher.
A Igreja, em nossos dias, está
empenhada
em problemas mais fundamentais para
o homem e para a Fé.
Por que tanta preocupação com
coisas tão comezinhas,
como vestes, modas, etc.?
Passou a época de ocupar-se
com coisas
tão secundárias e sem importância.
A visão da Igreja hoje é
outra,
não se detém mais
em exterioridades e casuísmos.
► Resposta: A questão da
modéstia no vestir não é fundamental no sentido lógico: na ordem lógica, dos
princípios, de fato, ela não vem em primeiro lugar. Mas não se pode dizer que
não é fundamental no sentido que não tem nenhuma importância. Assim não se
pode dizer que, numa casa, o importante é só o alicerce, porque o alicerce é o
fundamental da casa, e daí concluir que as paredes e o telhado não têm
importância.
A Sagrada Escritura prova que não é uma questão
desprezível quando pela boca de São Paulo diz: "Quero que as mulheres se
apresentem em trajes honestos, decentes e modestos (...) ataviando-se com
recato e modéstia" (I Tim. 2, 9).
Os Documentos da Igreja acima citados também provam
que a Igreja sempre deu muita importância às questões ligadas ao recato no vestir.
O Pe. Bernardes, em "Luz e Calor" observa:
"As várias disposições e acidentes que tocam o corpo, afetam a seu modo
também o espírito... Se o teu vestido for pobre e roto, repara que o teu espírito
recebe daqui alguma disposição diferente da que tem quando o vestido é novo e
asseado: e assim nas demais coisas" (Parte I, Doutrina IX). Em outras
palavras, tudo quanto toca ao homem é importante ao homem no que tem de mais
elevado em si.
Se a questão das vestes é tão sem importância e
secundária, por que não ceder em algo tão sem importância para obter algo tão
importante, como seja participar dos atos religiosos e dos Sacramentos? Se é
secundário, por que não ceder no secundário ao Sacerdote, seguindo uma Tradição
Milenar que a considera importante?
Os critérios para julgar uma
veste indecente são relativos,
variam de acordo com os tempos,
os costumes e os lugares.
Antigamente, por exemplo, usar um vestido
pouco acima dos tornozelos,
era escandaloso.
► Resposta: A moral não é relativa, ela tem seus princípios
objetivos. Portanto, há um critério objetivo para se avaliar da moralidade da
veste (ver Cap. XV, p. 118).
Se, de fato, há uma certa relatividade no que diz
respeito à veste, essa relatividade existe nos aspectos acidentalmente
agravantes ou atenuantes, não naquilo que é fundamental.
Se antigamente se exigia que as vestes das senhoras
fossem até os pés, não era porque a moral exigisse isso como o mínimo absoluto,
mas porque os costumes mais recatados assim o impunham. E os pregadores e moralistas
percebiam nas novas modas mais curtas tendência de um incipiente nudismo.
Exigiam mais do que o mínimo para impedir que as vestes chegassem ao menos que
o mínimo exigido pela moral.
O que se pode admitir é que as Normas e critérios que
definem a moralidade da veste eram antigamente menos explícitos em seus
pormenores e que, com as novas situações de transgressões da modéstia pela
moda, é que foram se definindo mais explicitamente. Não que evoluíram num sentimento
de estabelecer critérios contrários.
Conclusão
Como a sociedade teria um ambiente recatado e virtuoso
se fossem postas em prática as Normas da Modéstia ensinadas pela Santa Igreja!
No entanto, elas fazem parte da finalidade específica da Igreja.
O traje masculino extenua o recato próprio da mulher, e convida à
sensualidade, na maioria dos casos, por ser muito ajustado. Em qualquer
hipótese, não constitui elemento que convide à santidade, que é o objetivo da
Igreja (D. Antônio de Castro Mayer).
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Fonte: Acessar o ensaio "Reminiscência sobre a Modéstia no Vestir" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".
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