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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A Inquietação e a Realização do Espírito Humano


Ó Jesus Cristo, amável Senhor, por que, em toda a minha vida amei, por que desejei outra coisa senão Vós? Onde estava eu quando não pensava em Vós?

Fizeste-nos para Ti [Senhor], e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em Ti.


Com um secreto e doloroso sofrimento, provocas em mim a inquietude, para que eu me mantivesse insatisfeito, até que Te tornasses uma certeza ao meu olhar interior.


Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu Te amei! Eis que habitavas dentro de mim e eu Te procurava do lado de fora! Eu, como um monstro, lançava-me sobre as belas formas das Tuas criaturas. Estavas comigo, mas eu não estava Contigo. Escravizavam-me longe de Ti as Tuas criaturas, que não existiriam se em Ti não existissem. Tu me chamaste, e Teu grito rompeu a minha surdez. Resplandeceste e brilhaste e a Tua luz afugentou a minha cegueira. Espalhaste a Tua fragrância e, respirando-a, suspirei por Ti. Eu Te saboreei, e agora eu tenho fome e sede de Ti. Tu me tocaste, e agora eu estou ardendo no desejo de Tua paz.


Ah! Senhor Jesus! Que, pelo menos, a partir deste momento o meu coração somente deseje a Vós e por Vós se abrase. Desejos de minha alma, correi, porque já bastante tardastes; apressai-vos para o Fim a que aspirais; procurai em verdade aquEle que procurais. Ó Jesus, anátema seja quem não Vos ama. Aquele que não Vos ama seja repleto de amarguras. Ó doce Jesus, sede o amor, as delícias, a admiração de todo coração dignamente consagrado à Vossa glória. Deus de meu coração e minha partilha, Jesus Cristo, que em Vós o meu coração desfaleça, e sede Vós mesmo a minha vida. Acenda-se em minha alma a brasa ardente de Vosso amor e se converta num incêndio todo divino, a arder para sempre no altar de meu coração; que inflame o íntimo do meu ser, e abrase o âmago de minha alma; para que no dia de minha morte, eu apareça diante de Vós, inteiramente consumido em Vosso amor... Amém”.


Fonte: Textos coligidos das Obras de Santo Agostinho: “Confissões”, Liv. I, I. 1; Liv. VII, VIII. 12; Liv. X, XXVII. 38; Oração “Tu es Christus, Pater meus”).


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