Blog Católico, para os Católicos

BLOG CATÓLICO, PARA OS CATÓLICOS.

"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

domingo, 2 de agosto de 2020

VISTES A IGREJA CATÓLICA, E NÃO ACREDITASTES NELA.



Num momento vacilante, o Apóstolo Tomé afirmara que só acreditaria no Ressuscitado, se O visse com os seus próprios olhos. Exprobrou-lhe esta incredulidade o Divino Mestre, dizendo-lhe: “Porque Me viste, Tomé, creste; Bem-aventurados os que não virem e crerem” (Jo., 20, 29).

Ainda hoje, muitos asseveram afoitamente que só acreditam no que veem. Atestam com esta frase balofa, que não prestam fé a nada, nem no que enxergam.

Pois, está ali, à vista de todos, o Corpo Místico de Cristo, a IGREJA CATÓLICA.

A Igreja Católica, fundada por Jesus Cristo, é um perpétuo prodígio, patente e óbvio a todos. Quem não acreditar na Igreja Católica, nem em Cristo não acredita. São claríssimos a este respeito os termos Daquele cuja palavra não volta atrás:

“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; quem não ouvir a igreja, seja para vós como um pagão e um publicano; quem vos ouve, a Mim me ouve; quem vos despreza, a Mim despreza, e quem Me despreza, despreza Aquele que Me enviou” (Mt. 16, 18; 18, 17).

Palavras categóricas estas, demonstrativas, que a Igreja de Cristo deve possuir caracteres distintivos de verdadeira Igreja. E a Igreja Católica é detentora destes caracteres em toda a sua plenitude: ela é Una, Santa, Universal, Apostólica.

Una – é a Igreja Católica, porque todos os seus membros formam um só Corpo, com o mesmo Chefe invisível, Jesus Cristo, com o mesmo Chefe visível, o Papa, com a mesma fé, os mesmos Sacramentos, o mesmo Governo, que abrange todos os quatro âmbitos do Orbe.

Santa – é a Igreja Católica em seu fundador Jesus Cristo, o Santo dos Santos, o Autor de toda a santidade; em sua finalidade, que é o Culto divino e a Santificação das almas imortais; em sua Doutrina, em seus Preceitos e Mandamentos, em seus Conselhos e Sacramentos.

Santa – é a Igreja em seus filhos espirituais, fiéis seguidores que forem de suas Diretrizes. E se na Igreja Santa há filhos perversos, degenerados, incoerentes, é Ela quem os lastima mais sentidamente, quem os corrige, profliga e até condena.

Universal – é a Igreja Católica, porque enche a terra de um extremo a outro. Abrange todos os tempos ainda anteriores à vinda de Cristo, porque só pela fé Nele podiam salvar-se os justos daqueles tempos e desde então continua a missão de Cristo sobre a terra. Estende-se a todos os lugares, porquanto já foi ou será pregada a Doutrina Cristã em toda a parte do mundo.

Apostólica – é a Igreja Católica, porque suas Colunas são os Apóstolos, discípulos de Nosso Senhor; porque é regida pelos Sucessores apostólicos: o Papa Romano e os Bispos; porque crê e ensina tudo o que creram e ensinaram os Apóstolos.



Esta Igreja pode ser vista e conhecida por todos.

Em face dos seus caracteres distintivos de verdadeira Igreja, ninguém pode se desculpar, nem mesmo aqueles que baboseiam:

Eu só creio naquilo que eu vejo!

A Igreja Católica, que há 20 séculos, vem palmilhando um caminho, semeado de espinhos e de cruzes; que há vinte séculos vem iluminando com o facho da fé as trevas do paganismo; que há 20 séculos vem progredindo e se dilatando a golpes de sacrifícios inauditos; que há vinte séculos vem desfraldando aos quatro ventos o lábaro da civilização cristã, a despeito dos ataques infernais e da barbárie infrene – a Igreja Católica é um fato incontestável, claro como a luz meridiana; é um farol à vista de todos e que aponta ao mundo desnorteado o rumo certo a tomar; é uma montanha luminosa, que não pode, de forma alguma, ficar escondida; é um sol esplendoroso, que envia seus raios benéficos de um polo a outro da terra.

Aprouvesse aos céus, que aqueles que dizem só crer o que enxergam, abrissem amplamente os olhos para contemplar detidamente a magnífica estrutura da Igreja Católica e, sem vislumbre de dúvida, acabariam como acabou o Apóstolo São Tomé: de joelhos no templo suntuoso da Igreja Católica, fundada pelo Salvador, que afirmou ao Apóstolo:

Porque Me viste, Tomé, creste; Bem-aventurados os que não virem e crerem!…


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Fonte: Frei Benvindo Destéfani, O.F.M., Viver Com a Igreja, 1ª Parte, Cap. 22, pp. 102-104. Tipografia de S. Francisco, Bahia, 1941.


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