À Santa Catarina de Sena disse um dia Jesus, sobre o juízo dos justos e dos pecadores: “Tanto uns, como outros, não têm depois da morte outros juízes senão a si mesmos; o juiz de cada um é a própria consciência. Os maus morrem no ódio, os justos no amor, os arrependidos na confiança da misericórdia divina.
Após a morte, cada um segue instintivamente o seu destino, que eles pressentem já antes mesmo de haverem abandonado inteiramente o corpo. Aos bons guia-os a luz do amor, da fé e da esperança no Sangue do Calvário; os arrependidos, confiados na misericórdia divina, seguem para o Purgatório; os condenados, são seguidos pelo ódio e pelo desespero.
Muitos pecadores há que na hora da morte obtêm tal contrição, que até o Purgatório mesmo lhes é perdoado”.1
A esta mesma Santa, revelou um dia Nosso Senhor, os terríveis suplícios por que passam no Inferno as desgraçadas almas que lá caem. “Minha filha, lhe disse Jesus, a língua não pode jamais exprimir o que aí sofrem as desgraçadas almas. Aí vão e levam o orgulho, o ódio, o amor-próprio, a cupidez, a voluptuosidade, a ambição, a injustiça, as crueldades e as devassidões”.
São quatro os seus suplícios: primeiro, privação da visão de Deus; segundo, o verme do remorso; terceiro, a visão do Demônio; quarto, o fogo que arde e não consome e que arde eternamente.
E à Santa Maria Madalena de Pazzi, disse também Jesus: “Reina entre os condenados, um ódio eterno. Quanto mais aumenta o seu número, mais os seus sofrimentos aumentam, pois que os novos que chegam aumentam a raiva que os anima uns contra os outros”.2
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Fonte: Rev. Pe. Geraldo Vasconcellos, “Lições Edificantes – Coleção de Trechos Escolhidos de Revistas, Livros e Jornais”, VIII Parte, Cap. “Juízo”, pp. 387-388. 1951.
1. Ibidem, pp. 457-458.
2. Cônego Dr. Ananias Corrêa do Amaral, “Manual da Pia União das Filhas de Maria”.
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