Santa Teresa de Jesus
e o Protestantismo
“Nesse tempo tive conhecimento das desgraças da França e do mal que lá tinham feito aqueles luteranos. Era uma aflição para mim e chorava diante do Senhor, pedindo-Lhe remédio, como se pudesse alguma coisa. Teria dado a minha vida mil vezes para salvar uma só das almas que por lá se perdiam…”.1
“Tinha eu lido em certo livro que é imperfeição ter imagens primorosas, e andava querendo desfazer-me de uma que tinha na cela. Mesmo antes, parecia-me ser conforme à pobreza só ter alguma de papel; e como um dia destes li isso, já não as quisera de outra qualidade. E, estando bem descuidada deste assunto, foi-me dito: ‘Não era boa essa mortificação. Que coisa é melhor: pobreza ou caridade? Se melhor é o amor, tudo o que a ele me movesse não deixasse eu de lado, nem o tirasse às minhas monjas, pois o livro se referia a molduras ricas e ornamentos custosos, e não propriamente às imagens. O que o Demônio fazia entre os luteranos, era tirar-lhes todos os meios de se afervorarem, e assim os ia perdendo. Meus cristãos, filha, agora mais do que nunca, hão de fazer o contrário do que eles fazem’.”2
Santa Teresinha do Menino Jesus
e os Hereges
“Adormeci um segundo durante a oração. Sonhei que faltavam soldados para uma guerra.
Você disse: É preciso enviar Irmã Teresa do Menino Jesus. Respondi que preferiria que fosse para uma guerra santa. Finalmente, parti assim mesmo.
Oh! não, não teria medo de ir para a guerra. Com que felicidade, por exemplo, teria partido para combater os hereges, no tempo das cruzadas. Ora! Não teria tido medo de levar um tiro!
E eu que desejava o martírio, é possível que morra numa cama?”3
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1. S. Teresa d’Ávila; cfr. Marcelle Auclair, “Santa Teresa de Ávila – A Dama Errante de Deus”, 2ª Parte, Cap. V, p. 123. Livraria Apostolado da Imprensa, Porto, 1959.
2. Santa Teresa de Jesus, “As Relações e Favores”, nº 30, p. 819; cfr. Obras Completas, Edições Loyola, São Paulo, 1995.
3. Santa Teresinha do Menino Jesus, “Novissima Verba – Últimas Palavras”, palavras dirigidas à Madre Inês de Jesus em 4 de Agosto de 1897, p. 1153; cfr. Obras Completas, Edições Loyola, São Paulo, 1997.
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