(137-140 a.d.)
Tem o Senhor cumprido Sua promessa de conservar e defender Sua Igreja, suscitando homens oportunos nas diversas provações. Um destes foi Higino, filho de um filósofo pagão de Atenas. Embora reduzida pelas armas à condição de escrava da onipotente Roma, era a Grécia o centro da civilização antiga. Seus filhos foram os mestres de seus senhores. O grego era a língua corrente e em grego foram escritas muitas páginas do Novo Testamento.
Santo Higino governou por menos de 4 anos. Enviou 7 Bispos a diversas regiões. Muito sofreu em seu pontificado, por causa das perseguições e das heresias, que já se manifestavam, a turvar com princípios errados e com discussões teológicas a caridade e a paz características dos primeiros cristãos.
Santo Higino, portanto, condenou as doutrinas de Márcion, de Cérdon e de outros heresiarcas. Contou com o válido auxílio de São Justino, filósofo brilhante de seu século, pagão convertido que terminou seus dias Mártir de Cristo.
O Santo Pontífice dedicou-se também à determinação mais precisa dos graus da Hierarquia (eclesiástica). Já se achava esta constituída desde os tempos dos Apóstolos e por regulamentações sucessivas, mas a perseguição de Trajano havia trazido confusão. Talvez o Papa tenha estabelecido as Ordens Menores, das quais não se têm notícia até então.
O nosso Santo estabeleceu também o costume de haver padrinho e madrinha no Batismo; ordenou que não se erigissem templos sem ordem expressa do Bispo e proibiu o uso profano de tudo o que servisse ao Culto Divino.
O Martirológico recorda o martírio deste Santo no dia 11 de Janeiro, mas ficou desconhecido o gênero de sua morte.
Fonte: Pe. Iran Corrêa, S.D.B., “Biografias dos Papas – Guardiões Vigilantes dos Textos Sagrados através dos Séculos”, 11 de Janeiro – S. Higino, p. 31. Editora das Américas, São Paulo/SP, 1952.
Nenhum comentário:
Postar um comentário