Deus de meus pais, Deus de
misericórdia, que tudo criastes por vossa Palavra, e que por vossa Sabedoria,
formastes o homem, dai-me aquela Sabedoria que está assentada junto de vosso
trono, e não me excluais do número de vossos filhos, porque eu sou vosso servo
e filho de vossa serva: homem fraco, de curta vida, e pouco capaz de entender
vossa Santa Lei. Por muito douto que alguém pareça, será considerado como coisa
nenhuma, se nele não repousa vossa Sabedoria. Enviai-me-a, pois, do vosso
Santuário, que é no Céu, e do trono de vossa grandeza, para que esteja em mim,
trabalhe comigo, e por ela saiba eu o que é de vosso agrado; porque é a ciência
e a inteligência de todas as coisas; ela me guiará com circunspecção em todas
as obras; proteger-me-á com o seu poder e todas as minhas ações Vos serão
gratas. Dai-me esta Sabedoria, ó meu Deus, e enviai vosso Espírito Santo, para
que Ele ilumine os que estão obcecados no erro, traga ao caminho da verdade os
que dele andam afastados, e ensine a todos os homens a conhecer-Vos e amar-Vos,
e a praticar a vossa Lei, que é a verdadeira sabedoria que nos dirige no uso
dos meios que nos destes ao nosso verdadeiro fim – a vida eterna. Amém.
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Fonte: “Cartilha ou Compêndio da Doutrina Cristã – Ordenada por Perguntas e Respostas”, por Antônio José de Mesquita Pimentel, Bacharel formado pela Universidade de Coimbra, Ab. de Salamonde no Arcebispado de Braga, Cap. Devoção, p. 229. 18ª Edição atualizada, Livraria Chardron, de Lello & Irmão Ltda. Porto, 1872.
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