COMEMORAÇÃO DE SANTA PRISCA,
Virgem e Protomártir da Igreja Romana.
Intróito (Sl. 118, 95-96)
Os pecadores rondaram-me para me perder, mas eu, Senhor, meditei nos vossos ensinamentos: a todas as perfeições eu via um limite; porém, os vossos Mandamentos são imensamente vastos (T. P. Aleluia, aleluia). Sl. Bem-aventurados os que são puros nos seus caminhos, que andam na lei do Senhor. V. Glória ao Pai.
Oremos
Fazei, Vos suplicamos, Senhor Onipotente, com que, venerando o nascimento de Santa Prisca, Virgem e Mártir, nos alegremos com seu aniversário e aproveitemos do exemplo de tão nobre fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo… Amém.
Leitura do Livro da Sabedoria
(Eccli. 51, 13-17)
Senhor meu Deus, Tu exaltaste a minha habitação sobre a Terra e eu roguei-Te que me livrasses de ser arrebata pela torrente da morte. Invoquei o Senhor, Pai do meu Senhor, para que não me abandonasse no dia da minha tribulação e durante o domínio dos soberbos. Louvarei incessantemente o Teu Nome, e celebrá-lo-ei nas minhas ações de graças, pois foi atendida a minha oração, e livraste-me da perdição e salvaste-me no tempo calamitoso. Por isso, Te glorificarei e cantarei os Teus louvores, e bendirei o Nome do Senhor.
Continuação do Santo Evangelho,
segundo São Mateus.
(13, 45-52)
Naquele tempo: Disse Jesus a seus discípulos a seguinte parábola: O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, o qual, quando um homem o acha, esconde-o, e, pelo gosto que sente de o achar, vai, e vende tudo o que tem, e compra aquele campo. O reino dos Céus é também semelhante a um negociante, que busca boas pérolas. E, tendo encontrado uma de grande preço, vai, e vende tudo o que tem e compra-a. O reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede lançada ao mar, que colhe toda a casta de peixes. Quando está cheia, tiram-na para fora, e, sentados na praia, escolhem os bons para vasos, e deitam fora os maus. Será assim no fim dos séculos: virão os Anjos, e separarão os maus do meio dos justos, e lançá-los-ão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isto? Eles responderam: Sim. E Ele disse-lhes: Por isso, todo o escriba instruído no reino dos Céus, é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.
Exortação
S. Prisca, contemporânea de S. Pedro e S. Paulo.
Santa Prisca, filha de pais muito ilustres, nasceu na cidade de Roma.
Desde menina fez-se notar pelo seu amor à Religião de Jesus Cristo. Contava apenas treze anos e já tinha por único entretenimento a oração e a visita das igrejas, que os cristãos possuíam para o culto.
Achando-se uma ocasião num oratório dos cristãos, foi surpreendida pelos emissários do Imperador Cláudio, à presença do qual foi conduzida no meio dos maiores ultrajes e ameaças do povo pagão.
Vendo o Imperador a sua tenra idade, e julgando que a heroína facilmente se deixaria vencer, mandou que a levassem a oferecer sacrifício aos deuses no templo de Apolo. Bem longe de se intimidar, Santa Prisca, respondeu que só Jesus Cristo era digno de adoração e que, portanto, desprezava os odiosos ídolos dos pagãos. Ordenou, então, o feroz Cláudio, que ali mesmo a esbofeteassem. Conduziram-na em seguida para um cárcere, onde a esperava o tormento cruel dos açoites.
Exasperou-se o Imperador, vendo a admirável firmeza da tenra virgem, cuja fé, robustecida pelos duros martírios que padecia, mais e mais se afirmava, fazendo com que Prisca sempre e em alta voz confessasse a Jesus Cristo. Por último, Cláudio, ardendo em cólera, ordenou que fosse degolada. Esta sentença foi executada no ano 54. A pura alma de Prisca voou ao Céu, onde segue o Cordeiro sem mancha, entoando magníficos hinos de louvor, que só às virgens é dado cantar.
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Fonte: Pe. Croiset, “Ano Cristão”, Vol. I, dia 18 de Janeiro, p. 220. Traduzido do Francês e adaptado às últimas reformas litúrgicas pelo Pe. Matos Soares, professor do Seminário do Porto. Tip. “Porto Medico”, Ltda. Porto. 1923. Cfr. Missal Quotidiano e Vesperal, por Dom Gaspar Lefebvre, beneditino da Abadia de S. André, pp. 1222;1156-1159; Desclée de Brouwer & CIE, Bruges (Bélgica), 1952.
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