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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sábado, 23 de junho de 2012

HOMENAGEM A SÃO JOÃO BATISTA.


Concepção de São João Batista

Vox clamantis in deserto.
Isaias cap. XL.
Eri enim magnus coram Domino.
Evang. sec. Luc. Cap. I.


Isaías tinha anunciado o Precursor do Messias, e na visão do futuro tinha clamado: “Consolai, consolai o Meu povo, disse o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém e chamai-a: a sua malícia está acabada, a sua iniquidade foi expiada; já recebeu das mãos do Senhor o dobro por todas as culpas”.

E, subindo mais alto ainda no seu entusiasmo, acrescentará: “Eis a voz do que clama no deserto; aparelhai o caminho do Senhor: endereçai no ermo as veredas do nosso Deus. Os vales serão levantados: os montes e outeiros serão abatidos... e as asperezas ficarão planas!”

“A glória de Deus será manifestada”[1] A época veio, e a promessa cumpriu-se.

Havia entre os Judeus um sacerdote chamado Zacarias, da família de Abia, uma das vinte e quatro, em que Davi distribuiu os ministros da lei e os sacrificadores. Isabel, sua mulher, descendia da raça de Arão. Conformes, ambos, com os Mandamentos de Deus, viviam, guardando os seus Preceitos.

Já adiantado em anos, e, abundantes dos bens da terra, para completa ventura da sua velhice, só lhes faltava a doce consolação de abençoarem um filho, desejado fruto do mais ditoso enlace.

Apesar da mágoa causada pela nódoa da esterilidade, Isabel, elevando o espírito ao Senhor, não abria a boca aos queixumes. Consumia as tristezas consigo, e não cessava de pedir Àquele, que a um aceno do Seu braço onipotente fizera de Sara infecunda a mãe de uma geração numerosa, como as estrelas do céu e as areias do mar.

Desde que foram instituídas, as famílias sacerdotais serviam no Templo aos turnos; os diferentes ministros do culto eram tirados à sorte: e cada Levita desempenhava as funções, que ela designava.

Sucedeu cair, então, a sorte em Zacarias, e encarregá-lo da oferta do incenso no altar dos perfumes, durante a festa dos Tabernáculos. Um véu corrido dividia o altar do santuário sacratíssimo, vedado a todos, menos ao Sumo Pontífice, o qual entrava só uma vez por ano, cobrindo o rosto diante da Majestade de Deus.


Já o fumo subia com fragrância, já o povo, ajoelhado no vestíbulo, erguia as suas orações ao céu[2], quando Zacarias, no momento de oferecer os aromas vê, de repente, o Anjo do Senhor ao lado do altar. Turvou-se o ancião; o temor e o respeito tolheram-lhe os membros. “Não receies, Zacarias (disse o enviado celeste), a tua súplica foi ouvida. Isabel, tua mulher, dará à luz um menino, que chamarás João, e nele terás o regozijo da tua alma. Muitos se hão de alegrar com o seu nascimento, porque será grande aos Olhos do Senhor. Não beberá vinho, nem licor, que possa embriagar, e já no ventre de sua mãe estará cheio do Espírito Santo. Converterá ao seu Deus muitos dos filhos de Israel e virá adiante Dele no espírito e virtude de Elias, para unir os corações dos pais aos filhos, reduzir os incrédulos à prudência dos justos, e preparar ao Senhor um povo perfeito”.

Duvidando Zacarias, respondeu ao Anjo:

-        “Por onde conhecerei que é certo, sendo eu velho, e minha mulher idosa?”

O Anjo redarguiu:

-        “Sou Gabriel, e assisto na presença de Deus. Fui enviado para te dar a boa nova. Em castigo de não creres nas minhas palavras, que a seu tempo hão de cumprir-se, desde aqui ficarás mudo, não recobrando a fala senão no dia em que sucederem as coisas que revelei”

Desapareceu o Anjo, e ainda ele falava, já o sacerdote sentia os efeitos da sua admoestação. Entretanto, o povo, lá fora, esperava por Zacarias, maravilhado da demora. A final, quando saiu, rodearam-no, apertando-o com perguntas; mas vendo que não podia responder, entenderam, que tivera alguma visão no Templo, o que ele próprio confirmava por gestos e sinais[3].

Acabados os dias do seu turno, recolheu-se o sacerdote a casa e pouco depois concebeu Isabel; mas no auge do seu jubilo ocultava-se, dizendo: “É a graça do Senhor, no dia em que se dignou pôr termo ao meu opróbrio”; e persistiu no segredo cinco meses, até serem evidentes os indícios da gravidez. Desde que não admitiram dúvida, a esposa de Zacarias tornou a apresentar-se com espanto e admiração de muitos, que não compreendiam como em tão avançados anos houvesse alcançado de Deus a bênção, que a fizera mãe.


Nascimento de São João Batista

Et postulans pugilarem scripsit, dicens:
Joannes est nomen ejus. Et mirati sunt universi.
Evang. sec. Luc. cap. I


Chegada ao termo da gravidez, deu Isabel à luz um filho, e os vizinhos e parentes vieram regozijar-se com ela, acompanhando-a nos louvores com que não cessava de exaltar a Deus.

Ao oitavo dia vieram todos outra vez para assistirem à circuncisão do menino, e depois dela, segundo o uso, quiseram lhe por o nome, e davam-lhe o de seu pai; mas, Isabel acudiu logo e recusou, dizendo: “Chamar-se-á João!”

Insistiam eles observando, que em toda a sua linhagem não existia um só daquele nome; mas, desenganados de não a poderem persuadir, voltaram-se para Zacarias, fizeram-lhe sinal para que decidisse. Então este pedindo as suas memórias escreveu: “João é o seu nome”.

E, repentinamente, desprendeu-se-lhe a língua, e levantando a voz bendisse o Senhor.

Quantos presenciaram tantas maravilhas, e quantos as ouviram referir, ficaram tomados de espanto: e uns e outros clamavam: “Quem julgais que virá a ser este menino?”

Ao uso da palavra Zacarias juntou ali o dom da profecia. Inspirado do Espírito Santo, abriu os lábios para  revelar os prodígios futuros; e o cântico, que encerra a promessa do Evangelho, e a pintura da Igreja nos seus dias gloriosos, desatou-se da sua boca:


“Bendito seja o Senhor Deus de Israel, que visitou e remiu o seu povo, e nos suscitou um Salvador poderoso na casa de Davi, seu servo, pois nos tinha prometido pela boca dos Profetas, nos passados séculos, que nos livraria de nossos inimigos e da mão de todos os que nos aborrecem, para favorecer a nossos pais, e se lembrar do seu santo pacto, e do juramento feito a Abraão, para que, livres de opressores, o sirvamos sem temor em santidade e justiça por todos os dias da nossa vida”. E iluminado pela luz da visão divina, voltando-se para seu filho, acrescentou: “E tu, menino, profeta do Altíssimo serás chamado, porque irás diante da face do Senhor a aparelhar os seus caminhos, para dar conhecimento da salvação ao seu povo em remissão dos pecados, e não por merecimento nosso virá este bem, mas pelas entranhas da misericórdia de Deus, que fez que do alto nos visitasse este sol no Oriente para iluminar os que viam nas trevas e na sombra da morte, e para dirigir os nossos passos no caminho da paz!”

O Messias representado nesta figura sublime não é o conquistador e o guerreiro onipotente, que os Fariseus esperavam, mas sim o Salvador pacífico e o Cordeiro imaculado, vindo para remir as culpas, e pagar o peso delas com o Sangue do maior sacrifício.

À antiga sucede a nova época! As trevas, que vestiam de escuridão a sociedade velha rasgam-se; e a claridade do novo astro ilumina a terra e aponta o céu. A Religião do Amor substitui as falsas seitas e os terrores; e o homem, que antes morava na sombra da morte, vê no mundo o seu desterro, e pela imortalidade vê no paraíso a verdadeira pátria.

Eis a ideia, que Zacarias nos dá do reinado do Messias; e depois a vida de Cristo, a Sua Doutrina, e a pregação dos Apóstolos não fizeram senão confirmá-la.

Os locais, onde tantas maravilhas sucederam não podiam deixar de ser assinalados pela devoção desde os primeiros tempos. As duas casas de Zacarias, tanto a que viu o nascimento do Precursor, como a que ouviu as saudações de Isabel e de Maria na Visitação, foram convertidas em santuários. Situadas a curta distância, de modo que do alto de uma se descobre a outra, ambas foram preferidas por solitários desenganados das vaidades terrenas para refúgio das tempestades humanas, e teatro de oração e penitência.

O convento de São João, colocado na coroa de uma subida, e rodeado de montes, abriga hoje dentro dos seus muros o lugar venerado, em que veio ao mundo àquele que foi aurora do saudável dia da nova era. O santuário não está no pavimento da igreja; é necessário descer doze degraus para baixo da terra, e entrar em uma capela lajeada de finos mármores. Dentro está um altar preciosamente adornado, e debaixo dele venera-se o lugar da natividade do Batista, designado por uma estrela de pedra, que sempre iluminam seis lâmpadas de prata[4].

Daqui à residência de campo, onde a Virgem Maria foi recebida por Isabel, o caminho é breve, saindo-se por uma vereda orlada de oliveiras frondosas. Logo, a dois tiros de espingarda adiante está a fonte de Nephtoa, correndo por três canais de lavor antigo; e depois de subida uma encosta íngreme, nas faldas de uma dilatada montanha, acha-se sobre um outeiro, o lugar em que passou a bela cena da Visitação. Ainda no tempo do Fr. Pantaleão d'Aveiro, em memória do soberbo Mosteiro de Religiosas ali edificado, restavam neste cabeço as paredes da igreja e a capela mor inteira, com pinturas de boa mão.

Ao santuário desce-se por uma escada de vinte degraus até uma casa debaixo da terra da grandeza de razoável capela, com seu altar de pedra ao nascente. Aí, quer a tradição, que fosse o encontro da esposa de Zacarias com sua Prima, e o lugar em que a Senhora entoou o formoso cântico do “Magnificat”[5]. Pareceu útil dar esta leve ideia do lugar, e sempre que o assunto o exigir seguiremos a mesma regra, descrevendo os pontos notáveis pelos fatos que recordam. Alivia-se mais assim a severidade à narração, e une-se de algum modo o agrado curioso de uma viagem rápida pelos lugares mais estimados dos leitores.


Infância de São João Batista

Et erat in desertis usque
in idem ostentionis suae ad Israel.
Evang. Sec. Luc. cap. I.

A mão do Senhor estava com o filho de Zacarias desde menino[6]; e à proporção que ia crescendo, fortificava-se na virtude. Em todas as ações mostrava que fora eleito por Deus para ser a voz das Suas maravilhas.

A idade em que se acolheu ao deserto não é conhecida; mas, foi sempre opinião unânime da Igreja, que ele o habitou desde os mais tenros anos. Dotado do uso da razão já no ventre de sua mãe, o Espírito de Deus assistia nele, O servia-lhe de guia, preparando-O para a missão sublime a que era destinado. Os exemplos de austeridade e os exercícios de penitência a que se entregava, longe dos homens, devem servir de lição aos varões apostólicos, para adquirirem a força de se vencerem a si, e de chamarem ao caminho do céu os que mais se desviam dele, correndo pelas veredas do vício e das paixões!

O deserto, a que João se retirou desde a infância, é triste e espantoso, asseguram alguns dos que o visitaram. Entre as rochas e penedos, de que está coberto, houve antigamente um mosteiro, feitas as celas como ninhos de gaviões e andorinhas, ajudados de alguma indústria humana.

Mostra-se uma casa pequena, ou antes, gruta, aberta na rocha viva, com um leito de pedra, à feição de poial, aonde se diz que dormia o Santo. Por duas frestas, rasgadas, uma ao sul, outra ao poente, entra a luz. A porta fica igual com o teto. Cinco à seis passos ao lado no mesmo penedo, nasce uma fonte pequena, que de fora não dá mais sinal de si do que sentirem-se as gotas de água caindo, e ver-se o lugar todo cheio de umidade. Contemplando o lugar, dir-se-ia que de propósito fora disposto pela natureza para a vida angélica do Precursor. Ao redondo, vão grandes matas de alcaparras, e para baixo segue o rochedo muitas vezes quase a prumo; o vale angustiado entre duas ásperas montanhas, que se lhe abre aos pés, é tão medonho e escuro, que faz tristeza só olhar para ele e para o sombrio e vasto arvoredo, que o veste[7].

Um viajante moderno não pinta, porém, os locais com tão severas tintas; e tendo visto pelos seus olhos o que descreve, merece-nos o conceito de verdadeiro e de bom observador. No quadro, que nos traça, o deserto de São João não é a penedia árida, e a floresta povoada de feras e de aves de rapina, que alguns autores representaram. O ermo, aonde se criou a infância e robusteceu a juventude do filho de Zacarias, encerra uma dessas deleitosas solidões, que a alma deseja muitas vezes para descansar do mundo, e viver consigo[8]. Há em volta dela vales enfeitados de arbustos e de flores, searas de trigo, e uma vegetação viva e suave, que atrai, e parece separar-nos das regiões assoladas pela maldição de Deus. A alfarrobeira cresce com frequência nestes lugares. A gruta a que se recolhia São João é um rochedo côncavo, suspensa na encosta de um outeiro elevado. Acima da gruta jazem as ruínas de uma igreja. Ao lado corre a fonte onde o filho de Zacarias apagava a sede.


O ermo, em todo ele, não contém a menor cabana, nem o mais leve indício de habitação. As aves do céu, os rouxinóis, as cotovias, e os pardais, são os únicos moradores da selva, os que a atravessam com os seus voos, e a animam com as suas vozes. No resto a solidão mais completa!

Por estes lugares cheios de silêncio é que o Precursor passava coberto de uma pele de camelo presa numa correia do couro, colhendo o mel silvestre e os gafanhotos, de que se  nutria. E ainda hoje o caminhante, em presença da profunda paz desta paisagem santa, afiando os ouvidos para subitamente, parecendo-lhe que no meio dos trinados dos pássaros, escuta aquela austera voz do deserto, que a dezenove séculos dizia às gerações corrompidas do mundo velho: “Aparelhai o caminho do Senhor; endireitai no ermo as veredas do nosso Deus!”

Desde a infância, João cumpriu à letra a palavra do profeta quando disse que se veriam os meninos brincando com as serpentes. Destinados a admirarem o Salvador do mundo, os seus olhos afastaram-se de tudo o mais, reputando-o menos digno. As entranhas dos desertos foi respirar ares livres da podridão do século e das cidades, procurando morada áspera, mas aberta, donde pudesse contemplar o céu a todas as honras, adorar a Deus, e contando com a vista os exércitos de estrelas, que brilham durante a noite, considerar na grandeza do Criador, e na baixeza da criatura.

Enquanto não chegava a hora de anunciar o reinado do Messias, e de padecer pela verdade, buscou este refúgio, para conversar com os Anjos, e ouvir sem pavor a voz de Deus, quando o chamasse como a Moisés, dizendo: “Estou aqui!”

Um dos Santos Padres mais antigos e veneráveis, São Pedro Alexandrino, assegura como coisa aceita geralmente, que João Batista se refugiara no deserto para escapar à barbaridade de Herodes, que não contente de buscar a Jesus, menino, para lhe dar a morte, queria também descarregar a espada sobre o Precursor; e acrescenta, que iludido na sua crueldade pela fuga do Batista com sua mãe, o tirano se vingara em Zacarias, que mandou assassinar entre o Templo e o altar dos holocaustos. Cristo, repreendendo a dureza dos Hebreus, cita de feito um Zacarias como o último dos justos sacrificados; e ainda no quinto século a piedade dos fiéis no lugar do Templo, aonde a Tradição aponta o crime, mostrava algumas pedras, no pavimento, vermelhas com a indelével nódoa do sangue!

Seguindo o preceito do Anjo, que o anunciara, João nunca bebeu vinho, nem provou licor espirituoso, excedendo na mortificação dos apetites os rigores impostos aos Nazarenos. O mesmo pão lhe parecia regalo demasiado.

Para comover os Judeus endurecidos, pôs-lhes o Senhor diante dos olhos o exemplo de uma vida superior a todas as fraquezas da terra, para que, ensinada por esta voz do deserto, a verdade penetrasse melhor no coração do século, recordando a grande imagem do profeta Elias.

Antes do Messias, que vinha trazer a paz e a esperança ao mundo novo, era preciso que a penitência encerrasse as portas do mundo velho, e que o mais santo depois de Cristo e da Virgem, sua Mãe, aparelhasse o caminho, e chamasse os homens transviados!


_________________________

Fonte: Obras Completas de Luiz Augusto Rebello da Silva, Escritos Religiosos I – “Fastos da Igreja” – Vida de Jesus Cristo, Vol. II, pp. 23-26; 33-36; 37-41; Sociedade Editora: Livraria Moderna - Typographia, Lisboa, 1907. 

[1]   Isaías, cap. 40, v. 1 a 4. Damos o sentido, e não a tradução literal.

[2]   O povo orava no vestíbulo do Templo. Dentro, na parte em que estava o altar dos perfumes, só entravam os sacerdotes (Êxodo, cap. 30, v. 7; Levítico, cap. 16, v. 17).

[3]   Evangelho de S. Lucas, cap. 1. Seguimos, mas não copiamos, o Texto Sagrado. No que não implica omissão ou erro de doutrina, reservamo-nos o direito de expor também as tradições autorizadas, desenhando os personagens e as localidades pela descrição dos viajantes, e segundo os retratos dos historiadores.

[4]   Fr. Antônio do Sacramento – Viagem à Jerusalém, II Parte.

[5]   Fr. Pantaleão d'Aveiro – Itinerário  da Terra Santa, cap. 56. – Frei Antônio do Sacramento – Viagem à Jerusalém, II Parte.

[6]   S. Lucas, cap. 1, v. 66.

[7]   Fr. Pantaleão d'Aveiro – Itinerário da Terra Santa, cap. 56.

[8]   Poujoulat – Correspondência do Oriente, Tomo 4, carta 96.

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