Os últimos raios do dia desaparecem; as sombras da noite começam a cobrir a terra; é a hora da partida; é necessário que eu Vos deixe, ó Jesus; Jesus, que me haveis abençoado este dia cobrindo-me com o vosso manto. Jesus, que tendes enchido minha alma com as vossas graças; ah! como os Apóstolos sobre o Tabor, levantarei aqui a minha tenda; é muito doce cerrar os olhos e repousar o coração à sombra do vosso Tabernáculo!... É muito doce orar, chorar e gemer aos pés do vosso altar!... Como vossa Santíssima Mãe é saudada com três saudações pelo bronze (dos sinos), assim minha alma, ó Jesus, depõe a vossos pés a tríplice expressão do seu mais puro amor. Eu Vos amo, ó Jesus, muito mais do que posso exprimir; amo-Vos e separando-me de Vós, divino Mestre, eu Vos deixo meu coração! Oh! por que não sou esta afortunada lâmpada, cuja doce e trêmula luz vai aclarando esta hora santa, durante a noite!... E ainda por que não sou uma daquelas flores que com seu perfume embalsamam o ar do vosso Templo?!...
Anjos do santuário, guardas de honra da divina Eucaristia, dizei a Jesus, que o meu coração não cessará de velar durante a noite e que cada uma das suas palpitações será uma prece, um perfume, uma espiral de incenso que se elevará a Ele.
Adeus, meu Jesus, dai-me vossa benção e defendei-me contra os inimigos de minha alma. Em vossas mãos encomendo o meu espírito, guardai-o durante o tempo e na eternidade!...
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