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Há uma pintura que, segundo a Tradição, nos foi dada por São Lucas, à qual se atribuem numerosas graças outorgadas pela Santíssima Virgem Maria, e na qual teria o Evangelista retratado aquele belo ideal que formamos da Mãe de Deus. Cedrenius e Niceforo, sobre este assunto escreveram:
"A Santíssima Virgem Maria, era de uma estatura mediana, mais alta do que baixa. Seu rosto, de forma um pouco ovalada, era moreno. Os cabelos, louros; as sobrancelhas, negras e graciosamente arqueadas; os olhos vivos; as pupilas escuras; o nariz um pouco comprido; os lábios de carmim; as mãos e os dedos, compridos e delgados. Modesta, ao mesmo tempo que grave em todas as suas maneiras, falava só quando se via obrigada pela necessidade. Quando ouvia os que Lhe falavam, fazia-o sempre com gosto, demonstrando-lhes respeito e deferência. Afastada do fausto e da vida de moleza, simples e cheia de humildade, repreendia com dignidade e com doçura, sem se rir e sem se encolerizar. Vestia com simplicidade e tinha habitualmente a cabeça coberta com um véu".
Em poucas palavras, era tal o resplendor divino que brilhava no seu semblante e até nas suas menores ações, que São Dionísio, o Areopagita, disse quando viu Maria: Se não acreditasse na Unidade de Deus, tê-la-ia tomado por uma divindade.
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Fonte: Pe. Fr. Mateus Maria do Souto, Missionário Capuchinho, "Verdade e Luz", Vol. II, Introdução. Casa do Castelo - Editora, Coimbra, 1952.
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