São José, diz São Bernadino de Sena, é como a chave do Antigo Testamento, pois nele o merecimento dos Patriarcas atingiu, por assim dizer, o termo das promessas. Só ele, com efeito, possui realmente o que a bondade divina prometera aos justos da Antiga Lei e é figurado com razão pelo Patriarca José, que distribui aos pobres o pão. É no entanto, maior de que ele, porque, mais que fornecer aos Egípcios o pão da vida material, é, alimentando Jesus com as vigílias e os suores do seu trabalho, proporcionar aos eleitos o Pão do Céu que dá a vida eterna.
Leitura do Livro de Gênesis (49, 22-26).*
[O texto desta Epístola é da bênção que Jacó deu ao seu filho José]
José é rebento duma árvore fértil, à beira da corrente: seus ramos sobem por cima da parede. Arqueiros o provocam: Lançam-lhe flechas e atacam-no. Mas o seu arco fica teso; as cadeias, que lhe ligavam braços e mãos, quebraram-se, por mão do Deus poderoso de Jacó. Saiu dali para ser o pastor, o fundador do povo de Israel. O Deus de teu pai será teu protetor; o Onipotente te cumulará de suas bênçãos do Céu: O solo que hás de habitar será abençoado; ali brotarão do abismo as fontes; as mães serão fecundas. As bênçãos de teu pai sobrepujam as que recebeu dos avós até vir o Desejado das colinas eternas. Derramem-se essas bênçãos sobre a cabeça de José, sobre a fronte do Nazareno, consoante o julgam seus irmãos.
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*Da Missa votiva de São José.
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