De modo particular, novamente lembramos aos Nossos amados filhos a reverência que, tradicionalmente, se deve à Santíssima Eucaristia, reverência com que fazemos profissão de fé na Presença Real e Substancial do Deus humanado no Sacramento do Altar. De acordo com o costume tradicional, que, segundo a Sagrada Congregação do Culto Divino, onde existe, deve ser conservado, recebam os fiéis, a Sagrada Comunhão sempre de joelhos, e as senhoras e moças com a cabeça coberta, e jamais se aproximem dos Santos Sacramentos em vestes que desdizem do respeito e reverência para com as coisas sagradas. 1
E em outro lugar:
Ainda sobre a recepção da Sagrada Comunhão mantenha-se o costume tradicional, que manda às senhoras e moças, que se apresentem com a cabeça coberta. Outro hábito imemorial, fundado na Sagrada Escritura, 2 que não deve ser modificado. São Paulo recorda a veneração e o respeito aos Anjos presentes na igreja, que as senhoras significam com o uso do véu. Nada mais belo, mais ordenado, mais encantador do que a mulher cristã, que reconhece a hierarquia estabelecida por Deus, e manifesta externamente sua adesão amorosa a semelhante disposição da Providência. 3
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Fonte: Coletânea de Cartas Pastorais de D. Antônio de Castro Mayer, intitulada "Por Um Cristianismo Autêntico". Editora Vera Cruz, São Paulo/SP, 1971.
COERÊNCIA COM
A TRADIÇÃO APOSTÓLICA:
“E, se é vergonhoso para a mulheres
tosquiar-se ou rapar-se,
cubra a sua cabeça”. 4
► "Sede meus imitadores, como eu também o sou de Cristo. Eu vos louvo, pois, irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e guardais as minhas instruções, como eu vo-las ensinei. Porém, quero que saibais que Cristo é a Cabeça de todo o homem; e o homem a cabeça da mulher; e Deus a Cabeça de Cristo (como homem). Todo o homem que faz ou que profetiza com a cabeça coberta, desonra a sua Cabeça. E toda mulher que faz oração ou que profetiza, não tendo coberta a cabeça, desonra a sua cabeça; porque é como se estivesse rapada. Portanto, se a mulher não se cobre, corte o cabelo. E, se é vergonhoso para a mulher tosquiar-se ou rapar-se, cubra a sua cabeça. O homem na verdade não deve cobrir a sua cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não foi feito da mulher, mas a mulher do homem. E o homem não foi criado por causa da mulher, mas sim a mulher por causa do homem. Por isso, a mulher deve trazer sobre a cabeça o (véu que é o sinal do) poder (a que está sujeita, e também) por causa dos Anjos. Contudo, nem o homem existe sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no Senhor. Porque, se a mulher foi tirada do homem, também o homem é concebido pela mulher; mas todas as coisas vêm de Deus. Julgai vós mesmo: É decente que uma mulher faça oração a Deus, não tendo véu? E não vos ensina a própria natureza que é desonroso para o homem deixar crescer os cabelos? Pelo contrário, é glória para a mulher deixá-los crescer; porque os cabelos foram-lhe dados como véu (para se cobrir). E, se alguém quiser contestar (o que digo), (fique sabendo que) nós não temos tal costume, nem a Igreja de Deus". 5
A Notória Negligência das Mulheres
não é de Hoje:
► São João Bosco ensina: "São Lino, 6 durante os 10 anos de seu Pontificado, além do que trabalhou na pregação e propagação do Evangelho, aplicou-se com zelo em combater os erros... 7 Ainda que tenham sido aqueles tempos de muito fervor, havia alguns que iam à igreja vestidos como para ir ao teatro. São Lino, em vista disto, renovou o preceito de São Paulo, e estabeleceu que todos deviam ir à igreja com modéstia, e as mulheres com a cabeça coberta". E continua o Santo: "Lei muito sábia, que seria para desejar fosse exatamente observada em nossos dias para que cessasse o escândalo de que somos desgraçadamente testemunhas, vendo tantas mulheres na igreja vestidas com tanta vaidade e de cabeça descoberta". 8
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1. Carta Pastoral "Aggiornamento e Tradição", de 11/04/1971.
2. Cfr. 1 Cor. 11, 5 e ss.
3. Circular Sobre a Reverência aos Santos Sacramentos, de 21/11/1970.
4. 1 Cor. 11, 6.
5. 1 Cor. 11, 1-16.
6. Sucessor de S. Pedro, a.d. 67.
7. Dos hereges da época.
8. História Eclesiástica, 1ª Época, Cap. VI.
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